Há 60 anos (1963) o pai do ex-presidente Fernando Collor mata dentro do Senado Federal seu colega José Kairala

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Há exatos 60 anos, no dia 4 de dezembro de 1963, o senador Arnon Mello (1911-1983), pai do ex-presidente Fernando Collor, disparou contra um adversário político, errou o alvo e matou seu colega José Kairala (1924-1963).

Nesse dia, Arnon (sendo segurado à esquerda) abriu a sessão do Senado Federal com as seguintes palavras: "Senhor Presidente, com a permissão de Vossa Excelência, falarei de frente para o senador Silvestre Péricles de Góes Monteiro (1896-1972), que me ameaçou de morte". Os desentendimentos entre os senadores já era motivo de preocupação.

Ao ouvir as acusações, Péricles iniciou uma acalorada discussão e atacou verbalmente Arnon que sacou um revólver calibre 38 e disparou diversas vezes. Péricles, que também estava armado se jogou no chão, mas não foi atingido.

O pior aconteceu com o senador José Kailara do PSD do Acre, que ao tentar conter os ânimos dos senadores, foi atingido por dois projéteis e faleceu no mesmo dia no Hospital Distrital de Brasília, atual Hospital de Base.

Arnon e Péricles foram presos em flagrante, mas soltos em seguida. No ano seguinte, o Tribunal do Júri de Brasília declarou a inocência de ambos que mantiveram seus cargos. O primeiro senador a ser cassado em plenário foi Luiz Estevão por quebra de decoro parlamentar em 2000. Fotos antigas voltam à vida quando encontram cores.

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