sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

PT não pode mais usar ‘disfarce eleitoral’, diz líder da bancada evangélica

Para o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), presidente Jair Bolsonaro ainda tem o apoio de 70% do segmento

Deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) é o novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica | Foto: Reprodução/YouTube

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, afirmou nesta sexta-feira, 11, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT) não podem mais usar qualquer tipo de “disfarce eleitoral” para enganar o eleitorado cristão.

As declarações foram dadas em entrevista concedida ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. Segundo o deputado, o PT teve grande apoio do segmento no passado, mas essa situação mudou radicalmente. Hoje, de acordo com Sóstenes, a maioria dos evangélicos apoia o presidente Jair Bolsonaro.

“Hoje, o PT e a esquerda não podem mais tentar fazer um disfarce eleitoral como na primeira eleição do presidente Lula, quando quase todo o segmento evangélico o apoiou em nome da justiça social. Quando chegam ao Executivo, eles são ofensivos e atacam os nossos valores cristãos”, criticou Sóstenes.

“Nós fomos atacados durante os 14 anos de governos do PT. Tenho convicção de que o cristão e o evangélico, em especial, não se deixarão ser enganados pelo PT”, prosseguiu o parlamentar. 
“Nós estamos iniciando o trabalho na Frente Parlamentar com muito respeito ao governo e à aproximação ideológica da ampla maioria dos membros da bancada. Preciso ouvir os pares para, em momento oportuno, tomarmos uma decisão. A tendência natural é a maioria caminhar com o presidente Bolsonaro, mas não posso tomar uma decisão antes de ouvi-los”, completou.

Durante a entrevista, o deputado do DEM lançou dúvidas sobre as pesquisas de intenção de voto que colocam Lula na primeira colocação na corrida eleitoral.

“Eu ando, visito, converso com o segmento. Garanto a qualquer um que, em qualquer região do Brasil, o presidente Bolsonaro tem, ainda hoje, 70% do segmento”, disse. “Como isso não se reflete em pesquisas? Eu preciso entender as métricas. A coisa mais fácil é fazer pesquisa no segmento e nas igrejas.”