Ministro,
que sofreu desgaste após divulgação de diálogos que mostram que ele orientou os
procuradores da Lava Jato, ficará afastado entre os dias 15 e 19
![]() |
Sergio Moro responde a questionamentos na CCJ do Senado, em junho (Pedro França/Ag. Senado) |
O ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio
Moro, ficará afastado do cargo na próxima semana “para tratar de assuntos
particulares”. O período de afastamento do ministro será de 15 a 19 de julho. O
despacho presidencial que autoriza a licença de Moro está publicado no Diário
Oficial da União(DOU) desta segunda-feira, 8, sem mais informações sobre os
motivos da decisão.
O ministro vem sofrendo desgastes com a divulgação
de diálogos que mostram que ele orientou ilegalmente os procuradores
da Lava Jato quando era juiz federal da primeira instância em Curitiba.
Na edição
da semana passada, VEJA em parceria com o The Intercept Brasil revelou
conversas inéditas que mostram que Moro avisou Dallagnol que o Ministério
Público Federal havia esquecido de incluir uma prova que reforçaria a acusação
contra envolvidos na Lava Jato. Em outra mensagem, uma delegada da Polícia
Federal diz que Moro pediu para que não
houvesse pressa em anexar aos autos uma planilha com nome de políticos
com foro privilegiado que poderia levar o caso ao Supremo Tribunal Federal
(STF).
O Ministério da Justiça e Segurança Pública
explicou, por meio de sua assessoria, que o afastamento de Moro se trata de uma
licença não remunerada prevista em lei. “Por ter começado a trabalhar em
janeiro, o ministro não tem ainda direito a gozar férias. Então, está tirando
uma licença não remunerada, com base na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990”, informou a assessoria do ministério.