Em
15/08/16, o setor de perícia e inteligência do MPDFT, “generosamente” dotado da
estrutura necessária para se desincumbir suas atribuições, degravou as
conversas deLiliane Roriz com Valério Neves e Celina Leão.
Dali extraiu três trechos, formalizados em um laudo, da onde se conclui:
- não
constava qualquer referência aos nomes de Celina e Raimundo;
- constava um
nome feminino: “Leda”, além da seguinte frase “O Ministério
Público faz, vai mandar, vai empenhar”.
Em
20/08/16 (sábado), ou seja, cinco dias após a perícia do MPDFT, os promotores
apresentam ao desembargador que estava no plantão uma versão (não anexaram o
laudo realizado pela perícia do próprio MPDFT).
Nesta
nova versão foram enxertados os nomes Celina e Raimundo no local
em que o próprio órgão pericial do MPDFT afirmava peremptoriamente que o trecho
era ININTELIGÍVEL.
Com
isso toda a Mesa Diretora da CLDF foi afastada, foi alvo de buscas e apreensões
e, de imediato, o governo Rollemberg conseguiu aprovar projetos da
ordem de 1,1 bilhão (um bilhão e cem mil reais).
Mais
de um mês depois surge um laudo elaborado pelo IC/PCDF espantosamente
coincidente com a aquela nova versão apresentada 34 dias antes à imprensa e ao
desembargador plantonista, mas totalmente diferente do que foi elaborado pelo
setor de perícia e inteligência do próprio MPDFT. Deste laudo do IC/PCDF se
depreende que:
a)
consta os nomes Celina e Raimundo onde
no primeiro laudo era “ININTELIGÍVEL”;
b)
a formosa “Leda” é transformada em um
objeto (Mesa); e
c) a referência “O Ministério
Público faz, vai mandar, vai empenhar” desaparece. Isso mesmo.
Simplesmente SUMIU!
Diante
desses fatos incontestes refletimos e questionamos:
1.
Como os promotores poderiam “adivinhar”
que a nova versão apresentada ao desembargador plantonista no dia 20/08/19
seria espantosamente “confirmada” por um laudo da PCDF que só passou a existir
mais de um mês depois?
2.
Lembrando que o suposto aparelho
periciado ficou sob a “guarda/custódia” do MPDFT por quase 2 meses e foi
entregue totalmente desbloqueado;
3.
Por quê deselegantemente transformaram
uma moça formosa “Leda” em um objeto “Mesa”? Seria Leda amiga
“íntima” de um dos autores do enredo engendrado?
4.
Como é possível uma frase como
“o Ministério Público faz, vai mandar, vai empenhar”, simplesmente
desaparecer?
Note-se
que a frase não é “o MP”, mas “o Ministério Público...”. Relembrando, a
prova inconteste que a frase existia é o fato de que no dia
18/08/16, Liliane Roriz foi ouvida pelos promotores Marcelo
Barenco e Geraldo Mariano. Ambos estranharam tal frase e indagaram
Liliane. Ela não só a confirmou a frase como a explicou.
Diante
destes fatos, todos constantes nos autos do inquérito, só vislumbro 2
(duas) alternativas possíveis:
1ª
alternativa: ou o áudio do IC/PCDF foi adulterado/fraudado com enxertos,
supressões e alterações;
2ª
alternativa: ou depois de repousar mais de 1 (um) mês no Ministério Público, o
áudio não é o mesmo, tendo sido fabricado, sabe-se lá por quem.
Por
Dr. Guilherme Pontescom informação do MPDFT e do TJDFT.
Advogado
e Professor de Direito.
E
está operação e uma Farsa... KD a CPI do governador..