O Exército Brasileiro alegou que não há nenhum
registro de desaparecimento das balas nos quartéis do Distrito Federal. A Força
Aérea Brasileira (FAB) também não tem histórico de extravio de munição
A Polícia Civil avalia enviar o inquérito
instaurado para investigar a origem dos mais de 1,2 mil projéteis de uso
restrito das Forças Armadas, encontrados em um dos braços do Lago Paranoá, para
a Polícia Federal. As balas são de uso exclusivo do Exército, Marinha e
Aeronáutica e, algumas delas, são capazes de derrubar aeronaves e perfurar a
blindagem de carros-fortes. A 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) investiga o
caso e enviou um ofício aos órgãos das Forças Armadas para que se posicionem
sobre possível extravio constatado no interior dos quartéis.
O delegado-chefe da 10ª DP, Plácido Rocha, explicou
que além das balas serem de uso restrito das três forças, em determinadas
operações a Polícia Federal também tem permissão para utilizar os projéteis. “É
necessário, no entanto, aguardar a resposta oficial dos órgãos das Forças
Armadas e esperar o resultado da perícia da Polícia Civil para saber há quanto
tempo a munição estava dentro do lago, mas é provável que o inquérito seja
enviado à Polícia Federal”, esclareceu.
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Na tarde de ontem policiais militares encontraram
250 munição sobre uma ponte na QI 17 do Lago Sul após dois pescadores
telefonarem para o 190, telefone de emergência da PM. A dupla pescava no local
quando três cartuchos
ficaram presos ao anzol da vara de um deles. Militares
encontraram mais de 30 pentes com oito balas de calibre .7mm em cada um, usadas
em fuzis. Também havia projéteis soltos.
Há uma semana, a PM recolheu, no mesmo local, 947
balas. Entre a munição, estava a de calibre .45, 5.56, 9mm, 7mm e 6.35. A
maioria delas também são usadas em fuzis e todas estavam em boas condições de
uso acondicionadas em caixas. Na ocasião, um pescador foi quem encontrou os
projéteis após encontrar uma caixa onde havia 50 munição.
O
Exército Brasileiro informou que não há nenhum registro de desaparecimento das
balas nos quartéis do órgão. Por e-mail, a Força Aérea Brasileira (FAB)
esclareceu que também não há histórico de extravio de munição nas organizações
militares da Aeronáutica localizadas no Distrito Federal. O Correio procurou
a Marinha do Brasil, mas ainda aguarda retorno.
Fonte: Correio Braziliense