sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Após cinco horas de protesto por salário, grupo libera Eixo Monumental

Manifestação reuniu terceirizados, professores e servidores da saúde. Grupo ocupou pista em frente ao Buriti por volta das 11h desta sexta.

Após cinco horas de protesto por pagamento de salários e benefícios atrasados, servidores e terceirizados da educação do Distrito Federal liberaram a pista do Eixo Monumental no trecho próximo ao Palácio do Buriti. O ato teve início às 11h desta sexta-feira (9), quando servidores da saúde também integravam o protesto. O grupo deixou a via às 16h, após negociação com policiais militares

A manifestação chegou a ter a participação de 450 pessoas, segundo a Polícia Militar. No fim do protesto, o grupo reunia pouco mais de 20 manifestantes na pista. A redução aconteceu após uma reunião entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que organizou o ato, e o secretário de Trabalho, de Relações Institucionais e o secretário-adjunto da Casa Civil. A CUT orientou os manifestantes a deixarem a via, mas um pequeno grupo dito "independente" continuou a protestar.

Os manifestantes deixaram a pista do Eixo Monumental, com destino à Rodoferroviária, e decidiram acampar na Praça do Buriti, em frente à sede do Executivo. Eles afirmaram que iriam permanecer no local até receberem os salários e benefícios atrasados.
Segundo um manifestante que não quis se identificar, o
grupo que permaneceu bloqueando a pista é independente da CUT, formado por professores de carreira e temporários. Eles não receberam o salário de dezembro e os benefícios de fim de ano, e questionam o prazo definido pelo GDF, de pagar até o dia 14 apenas o vencimento básico.
Por volta das 15h30, os manifestantes ocupavam apenas duas das seis faixas, mas o Batalhão de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar mantinha toda a pista isolada na altura do Tribunal de Contas, pouco depois do Estádio Mané Garrincha. O chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, veio acompanhado por seguranças na tentativa de negociar a liberação da via, mas não houve sucesso (veja abaixo).
“Não há solução”, afirmou Doyle, em resposta a uma manifestante que cobrava promessas de pagamento. “Vocês podem continuar a manifestação, mas nós vamos desobstruir a rua porque as pessoas têm o direito de passar”, disse, pouco antes de retornar para o Buriti. O trânsito foi liberado cerca de 30 minutos depois, a partir da negociação de policiais militares orientados pelo governo e pelo comando da PM.
Promessa
Pela manhã, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que os salários de dezembro dos servidores da saúde serão depositados nesta sexta e devem estar disponíveis no sábado (10) nas contas dos trabalhadores. O pagamento dos servidores da educação deverá ser feito apenas na semana que vem. O chefe do Executivo disse ter sido uma opção difícil escolher qual área receberia primeiro os salários atrasados. Rollemberg não deu previsões acerca do pagamento dos funcionários terceirizados.

Ato de professores e terceirizados
Pouco antes das 11h, professores e terceirizados ocuparam todas as faixas do Eixo Monumental, na altura do Palácio do Buriti. Uma hora depois, o grupo ocupou cinco faixas da via oposta, que só foi liberada às 13h. Segundo a Polícia Militar,  cem homens a mais foram convocados para reforçar a segurança na via.

Os professores pedem o pagamento do salário de dezembro, das férias, dos 13º dos aniversariantes do mês passado e dos professores temporários, além da correção nos salários dos aniversariantes entre janeiro e agosto. Já os terceirizados exigem o pagamento das férias, do ticket alimentação e do vale-transporte do mês passado.



Fonte: G1