Conseguir
vitória nas eleições anda cada vez mais caro. Os gastos da campanha para
governador este ano têm tudo para dobrar. Em 2010, as candidaturas tinham custo
previsto em R$ 67 milhões. Agora, as projeções oficiais preveem gastos de R$
143 milhões, que correspondem a R$ 776 por voto brasiliense.
Os valores correspondem
às estimativas declaradas ao Tribunal Regional Eleitoral no registro de
candidaturas. As cifras podem sofrer variações, já que se trata de limites nos
gastos. Além disso, as doações não registradas nas prestações de
contas ficam fora da contabilidade.
A
previsão de gasto de campanha de Agnelo Queiroz (PT) em 2010 ficou em R$ 35
milhões. Desta vez, estipulou-se teto de R$ 70 milhões, o dobro do valor de
quatro anos atrás.
A
coligação de Agnelo cresceu e agora ele contará com
outros 15 partidos. Nas
últimas eleições, eram 11 aliados do PT.
O
ex-governador José Roberto Arruda (PR) tentará chegar ao poder novamente com
custos estimados em R$ 22 milhões. Ao lado de Arruda, estão PRTB, PMN e
DEM.
Menos para o Senado
Foi
estipulado pela campanha de Rodrigo Rollemberg (PSB) o limite de R$ 30 milhões
em gastos para 2014. Na campanha para o Senado, em 2010, ele projetou R$ 5
milhões. O senador do PSB sairá em campanha ao lado de PDT, PSD e
Solidariedade.
O
tucano Luiz Pitiman pretende contar com R$ 20 milhões em recursos de campanha.
O valor é quatro vezes maior do que foi gasto para que o candidato do PSDB
fosse eleito deputado federal, até então pelo PMDB.
Quando
analisados os gastos de campanha de Toninho do PSOL, os valores estipulados
foram os mesmos nas duas eleições, R$ 950 mil. A diferença é que ele estará coligado
com PSTU e PCB, formando a Frente de Esquerda.
A
candidata do PCO, Percilliane Marrara, deverá ter à sua disposição R$ 50 mil
durante a campanha.
Os números de cada um
Agnelo
Gastos de campanha:
R$ 70 milhões
Patrimônio declarado:
R$ 906.583,95
Gastos de campanha:
R$ 70 milhões
Patrimônio declarado:
R$ 906.583,95
Toninho
Gastos de campanha:
R$ 950.000,00
Patrimônio declarado:
R$ 403.620,49
Gastos de campanha:
R$ 950.000,00
Patrimônio declarado:
R$ 403.620,49
Arruda
Gastos de campanha:
R$ 22 milhões
Patrimônio declarado:
$ 1.509.296,63
Gastos de campanha:
R$ 22 milhões
Patrimônio declarado:
$ 1.509.296,63
Pitiman
Gastos de campanha:
R$ 20 milhões
Patrimônio declarado:
R$ 2.641.264,00
Gastos de campanha:
R$ 20 milhões
Patrimônio declarado:
R$ 2.641.264,00
Rollemberg
Gastos de campanha:
R$ 30 milhões
Patrimônio declarado:
R$ 638.057,36
Gastos de campanha:
R$ 30 milhões
Patrimônio declarado:
R$ 638.057,36
Pelas declarações, patrimônios caem
O
candidato do PT, Agnelo Queiroz, registrou uma diminuição de patrimônio entre
2010 e 2014. Se na eleição de 2010 ele possuía R$ 1,2 milhão em bens, agora ele
registrou R$ 906.583,95.
Arruda
declarou patrimônio de R$ 1.509.296,63. O ex-governador declarou imóveis, um
carro, a participação em uma empresa e aplicações em poupança.
Rodrigo
Rollemberg apresentou em 2010, quando foi eleito senador, um patrimônio
de R$ 671.484,00. O candidato do PSB agora garante ter R$ 638.057,36. Estavam
listados terrenos, um carro, cabeças de gado, éguas e aplicações financeiras. O
que chama atenção é que foram declarados mini-trios elétricos e os bonecos
gigantes da campanha.
Antes
da candidatura a deputado federal de 2010, Luiz Pitiman (PSDB) possuía R$
2.416.967,18 em bens. Para este ano, foram declarados R$ 2.641.264,00. Pitiman
viu seu patrimônio crescer R$ 224 mil.
O
candidato do PSOL ao governo, Antônio Carlos de Andrade, o Toninho, declarou
ter em 2010 um patrimônio de R$ 155.690, que passou para R$ 403.620,49.
Saiba mais
O
registro das candidaturas, que acabou em 5 de julho, ainda está sob análise do
Tribunal Regional Eleitoral do DF.
Depois
de publicadas, as candidaturas podem ser impugnadas em cinco dias.
Em
2010, houve polêmica em registros de três candidatos ao governo, incluindo o do
ex-governador Joaquim Roriz.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília