Audiência na Câmara vira sucessão de ataques ao governador por não
regulamentar lei contra homofobia

A audiência convocada pela deputada distrital Arlete Sampaio (PT), líder do governo na Casa, não contou com a presença de outros parlamentares e
ATÉ ELA FALA EM DECEPÇÃO
A distrital falou da sua decepção com a revogação do decreto e, sem especificar, acusou setores conservadores da sociedade pela retirada da lei. “O decreto saiu e numa ação violenta de conservadores o governo voltou atrás. Chegamos a negociar com o governador, inclusive houve uma ligação da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, para falar sobre o assunto, mas infelizmente cedeu-se às pressões”, protestou Arlete.
Participantes ligados a movimentos de lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, transgêneros e travestis (LGBTs) protestaram e acusaram o governador Agnelo e sua equipe de serem “homofóbicos, nazistas, fascistas e incompetentes”. As acusações foram rebatidas pelo coordenador chefe da Secretaria de Governo do DF, Reinaldo Chaves Gomes.
"O decreto saiu e numa ação violenta de conservadores o governo voltou atrás. Até ministra ligou, mas cedeu-se às pressões." - Arlete Sampaio, líder do governo
OFENDIDO
“Eu me sinto ofendido quando acusam o governo de homofóbico e incompetente, pois faço parte do governo. Há uma disputa na sociedade, na Câmara, no governo, mas não houve por parte do governo qualquer tipo de atitude ou ideologia fundamentalista que justificasse essas acusações”, defendeu Reinaldo. Ele mesmo explicou: “A leitura do decreto com paixão nos traiu”.
A deputada federal Érika Kokay (PT) também se mostrou insatisfeita com a atitude de Agnelo Queiroz. “Nitidamente o governador cedeu às pressões de setores homofóbicos da sociedade. Estão plantando sementes de fascismo em nossa sociedade e o governador se curvou a isso”, afirmou.
Fonte: Jornal de Brasília - 18/05/2013