Prefeito do Rio de Janeiro diz
que Justiça vai rever bloqueio de bens
Rio de Janeiro - O Prefeito
do Rio, Eduardo Paes, defendeu nesta sexta-feira (8/2) o presidente da Riotur,
Antonio Pedro Viegas Figueira, que teve os bens bloqueados por uma decisão
judicial, requerida em Ação Civil Pública da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela
Coletiva de Cidadania da Capital, que investiga o uso de verba pública no
projeto Bailes do Rio, no carnaval de 2011.
Paes afirmou que a prefeitura respaldou a iniciativa da Riotur: "a Justiça tomou uma decisão sem as informações corretas. Tudo está dentro da lei. A prefeitura patrocina e apoia vários eventos. O carnaval da cidade precisava ser resgatado, e os
bailes fazem parte dele. Tenho certeza de que o poder
judiciário vai rever essa decisão", disse o prefeito no lançamento oficial
do carnaval carioca.Paes afirmou que a prefeitura respaldou a iniciativa da Riotur: "a Justiça tomou uma decisão sem as informações corretas. Tudo está dentro da lei. A prefeitura patrocina e apoia vários eventos. O carnaval da cidade precisava ser resgatado, e os
Antonio Pedro, que também estava presente, disse que vai recorrer e usou o mesmo argumento para questionar a decisão: "a gente está trabalhando para fechar o tripé do carnaval, com a Marquês de Sapucaí, os blocos de carnaval, que voltaram com tudo, e o retorno dos velhos bailes de carnaval. É função da prefeitura e da Riotur promover o turismo no Rio de Janeiro. A gente promove a Marquês de Sapucaí e os blocos. Por que não promover os bailes"?
No pedido de bloqueio dos bens, a promotora Patrícia Villela questionou se a população carioca de fato se beneficiou com o financiamento. O texto diz que mais de R$ 2 milhões foram gastos para contratar a empresa L21, sem licitação, para organizar eventos particulares, cujos ingressos variavam de R$
Também são réus no processo a Riotur, o secretário de Turismo, Paulo Rocha Villela, o diretor administrativo e financeiro, Américo da Costa Borges, a L21 Participações, seu sócio majoritário, Luís André Buono Calainho, e a Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes.
Mais dois inquéritos foram abertos para apurar os bailes de carnaval de 2012 e deste ano. Os processos fazem parte da investigação sobre o emprego de verbas públicas no carnaval do Rio. Com o bloqueio de bens, o Ministério Público busca o ressarcimento dos cofres públicos, por considerar irregular a contratação da L21.
Fonte: Correio Braziliense