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Artur Paschoali, desaparecido no Peru desde 21 de dezembro (Foto: TV Globo/ Reprodução) |
A família do brasiliense
Artur Paschoali, desaparecido no Peru em 21 de dezembro,contesta as informações
do Itamaraty sobre o auxílio nas buscas. Segundo o irmão do mochileiro, o
engenheiro civil Felipe Paschoalin, os cães farejadores e o helicóptero prometidos
pelo Ministério das Relações Exteriores, ainda não estão sendo utilizados. Ele
afirma também que apenas 20 pessoas trabalham nas buscas, 15 deles nas
montanhas da região.
"A
equipe dos bombeiros também só trabalhou no sábado de manhã. O Itamaraty
prometeu mas ainda não aconteceu. As equipes locais estão
ajudando muito, mas
não é o suficiente. Se não tiver o helicóptero a gente não tem como
andar", afirma Felipe.
Ele pede que
o Ministério das Relações Exteriores solicite às autoridades que agilize o
auxilio.
O Itamaraty
informou que está em contato constante com os pais e com as equipes de busca,
que a família de Artur conta com assistência consular e que o encarregado de
negócios da Embaixada do Brasil em Lima, Pedro Dalcero, autoridade máxima brasileira
no país andino atualmente, se reuniu com o ministro peruano do Interior,
Wilfredo Pedraza, para definir as ações de busca. O Ministério informou que
existe a possibilidade do helicóptero ser enviado ao local na tarde desta
segunda (7).
No último sábado
(5), o Itamaraty informou que 45 policiais e bombeiros estavam trabalhando nas
buscas. No dia anterior, o órgão disse que uma equipe especializada atuaria com
o auxílio de cães faregjadores.
O órgão informou, por meio da
assessoria de imprensa, que o governo do Peru está atuando com "bastante
empenho".
O Ministério
das Relações Exteriores não estuda a possibilidade de a polícia brasileira
cooperar com a busca. No sábado, o diplomata da embaixada brasileira em Lima
Carlos Garcete chegou a Santa Teresa e se reuniu com os pais de Artur. O
diplomata relatou que eles estão serenos e não demonstraram insatisfação com os
rumos dos trabalhos de busca.
Na
sexta-feira, Garcete esteve em Cusco, onde teve encontro com o comissário da
polícia local. O representante do Itamaraty levou mapas topográficos da região
onde estão sendo feitas as buscas. De acordo com o Itamaraty, os trabalhos
estão concentrados nos arredores de Santa Teresa.
No Peru, pai recebe relatos sobre o filho
Relatos de pessoas que disseram ter visto o brasiliense Arthur Paschoali, desaparecido no Peru em 21 de dezembro, apontam lugares diferentes por onde o jovem de 19 anos pode ter passado, segundo o pai do rapaz.
Relatos de pessoas que disseram ter visto o brasiliense Arthur Paschoali, desaparecido no Peru em 21 de dezembro, apontam lugares diferentes por onde o jovem de 19 anos pode ter passado, segundo o pai do rapaz.
Wanderlan
Vieira e a mulher chegaram ao Peru na semana passada para acompanhar as buscas
pelo filho. Ele afirmou que uma mulher e um homem com quem conversou
prestaram depoimento à polícia dizendo terem visto o jovem.
Uma moradora
do povoado de Fahuayaco afirmou ter preparado um prato vegetariano para um
jovem com características físicas semelhantes às de Artur, que é vegetariano.
Segundo a mulher, ele informou que faria o percurso do Caminho Inca.
“Mas depois
outra pessoa falou algo diferente. Um senhor disse que teria visto o Artur
passando por um local chamado Llaqtapa”, afirmou Vieira.
De acordo com
o pai, três equipes da polícia peruana se dividiram neste domingo (6) para
fazer as buscas em três localidades perto de Santa Teresa, onde o jovem estava
hospedado antes de desaparecer. Santa Teresa fica próxima a Machu Picchu, na
região de Cusco.
“Ainda não
encontramos nada concreto, mas estamos trabalhando com todas as possibilidades.
Acredito que se ele estivesse morto, já teria sido identificado por cheiro ou
pela presença de animais em volta do corpo”, afirmou Vieira.
Fonte: G1