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Gislene Ramos deixou o HRC ontem, por volta das 11h, com Alan Guilherme, seu quarto filho: "Não volto nunca mais para aquele hospital" |
Depois do
desespero de dar à luz sem o amparo de médicos da rede pública do Distrito
Federal, duas mulheres já estão em casa com os filhos. As mães e os
recém-nascidos passam bem. Ambas alegam que tiveram atendimento negado em duas
unidades de saúde. O parto da dona de casa Gislene Ramos Neves, 25 anos,
ocorreu na porta de um dos banheiros do Hospital Regional de Ceilândia (HRC),
por volta da 1h da última terça-feira. No mesmo dia, a jovem Tuany da Silva
Denevit Moreira, 24, teve o bebê dentro de um táxi, às margens da BR-080, com a
ajuda de policiais militares, depois de sair do Hospital Regional de Brazlândia
(HRB) sem atendimento. Na última quarta-feira, o secretário de Saúde afirmou
que abrirá sindicância para investigar o episódio de Ceilândia. A Secretaria de
Saúde informou, por meio da assessoria de comunicação, que o segundo caso será
apurado a partir de segunda-feira.
Ontem, por volta das 11h, Gislene recebeu alta, um dia depois de Tuany. O Correio acompanhou o momento em que Gislene deixou o HRC. Mesmo com o
sorriso estampado no rosto da moradora de Santo Antônio do
Descoberto (GO), ao ninar Alan Guilherme, ela não escondia a angústia vivida
por 13 horas. A dona de casa chegou a pensar que a criança não resistiria. O
desespero dela teve início ainda no município goiano. %u201CPassou pela minha
cabeça, por várias vezes, que eu poderia perdê-lo. Não volto nunca mais para
aquele hospital%u201D, desabafou a mãe.Ontem, por volta das 11h, Gislene recebeu alta, um dia depois de Tuany. O Correio acompanhou o momento em que Gislene deixou o HRC. Mesmo com o