segunda-feira, 7 de maio de 2012

Deputada diz que uma candidatura majoritária precisa ser construída




Deputada distrital pela terceira vez consecutiva, Eliana Pedrosa (PSD) tem se destacado pela vontade e garra que tem para trabalhar, seja no governo ou na oposição, ela se dedica diuturnamente ao trabalho parlamentar. Com a agenda sempre lotada, seja em eventos públicos, reuniões com a comunidade ou preparando seus projetos a deputada está sempre atenta ao que está acontecendo a sua volta, principalmente quando ouve do povo a reclamação que os políticos desaparecem depois da campanha.

Ela avalia o momento atual, como um período de inflexão, ou seja, todos devem olhar para o que estão fazendo e avaliar se está certo ou errado. Nessa entrevista exclusiva ao Brasília Agora, a deputada afirma que seu nome está à disposição para disputar um cargo majoritário, mas que uma candidatura ao GDF não pode ser imposta, tem que ser construída!

Brasília Agora – Deputada quais são seus projetos para a atual legislatura?
Eliana Pedrosa – Quero poder cumprir todas minhas obrigações como deputada distrital fiscalizando o governo e caminhando alinhada com o que a população precisa, além de votar leis que possam melhorar a vida do brasiliense. E um terceiro ponto é ter um trabalho de estar mais perto da comunidade, ouvindo as pessoas que ficam muito ressentidas com a ausência do parlamentar. Então estou correndo para no final do dia, deitar e falar: dever cumprido.

Era isso que a senhora estava fazendo agora, no Gama e no Guará?

Exatamente. Estava no Gama e agora participei na comemoração do aniversário do Guará, onde conversei com as pessoas e  ouvi muita coisa importante. Conversei com o administrador sobre a cidade e prestei homenagens a educadores, como a professora Martha que, juntamente com outro colega, desenvolveu um programa que envia para o pai do aluno através da digital da criança uma mensagem SMS do momento em que ele está entrando e saindo da sala de aula. E isso numa escola pública. Olha, que legal!
Politicamente a senhora acha que a Câmara legislativa está pior do que em legislaturas anteriores?
Cada legislatura tem as suas características. Porque são momentos diferentes. Acho que a Câmara tem qualidade, todo mundo tem trabalhado muito, mas continuamos errando em não conseguir mostrar para a sociedade o que fazemos, como fazemos e por que fazemos. Por isso esse descrédito na Casa e no nosso trabalho. Eu tenho me esforçado muito para mostrar para as pessoas tudo que eu faço em favor da cidade.
Como a senhora avalia o momento político atual do Brasil e do Distrito Federal?
Parece-me um momento de inflexão até por conta da tecnologia que tem exposto muito a questão da corrupção e isso nos ajuda a mudar o comportamento. Não existe ninguém perfeito e nem quem não erre. O político é igual a um filho: a pessoa tem que acompanhar tudo para que ele possa dar uma resposta positiva. A política tem que mexer com o coletivo e nós estamos fazendo política para o coletivo.
Foi aprovada a CPI d a Arapongagem? Como será o seu papel nesta comissão?
Sou a líder do bloco e me indiquei como suplente. Não acredito que esta CPI vá avançar. Não sei porque o governo não tem interesse. Os deputados da base falam que a arapongagem foi feita por empresas privadas, mas nós estamos ali para investigar todo mundo, o público e o privado. Sabemos que mais de 200 pessoas foram monitoradas ilegalmente e isso coloca a população do DF em uma situação muito perigosa. Como esta monitoração foi feita de forma ilegal, ninguém tem noção de quem são as pessoas e para que objetivo elas foram investigadas.
A senhora acredita no envolvimento de parlamentares no esquema de Carlos Cachoeira?
Eu não tenho como me manifestar. Eu não conheço a vida de cada um, mas pelo convívio que temos na Câmara Legislativa eu acredito que não.
O Distrito Federal está sem nomes para 2014, a senhora pretende disputar um cargo majoritário, pretende disputar o GDF?
Um cargo majoritário não é vontade de uma pessoa. É a vontade de um partido e de outros partidos, que se unem para colocar uma pessoa como candidata. Se o partido entender que deve ter candidato e que esse candidato pode ser eu, estou a disposição. Isso é uma construção, o próprio partido que estou o PSB é muito novo e tudo tem que se amadurecer até 2014, não existem candidaturas impostas. Estamos na luta diária para melhorar a qualidade de vida do DF.
A senhora sempre atuou muito na área social, principalmente quando esteve no governo. Como está este trabalho atualmente?
Obviamente como secretaria eu tinha uma ação constante até por dever de ofício. Hoje eu ajudo alguns projetos de cunho pessoal, mas a minha atuação é puramente parlamentar. Alguns projetos que tenho proposto visam ajudar este lado social, a exemplo do projeto que pretende garantir a participação das pessoas assistidas por programas do governo em atividades remuneradas em eventos como a Copa do Mundo e outros que venham a ocorrer na cidade. É o momento deles conseguirem alguma renda.

Fonte: Estação da Notícia e Brasília Agora / Blog Radio Corredor