Líder do PT na Câmara, o deputado Jilmar Tatto (SP) disse nesta segunda-feira (16) que não há movimento dentro do partido, nem do Palácio do Planalto, para brecar a instalação da CPI do Cachoeira.
Ao assegurar que a bancada do PT vai assinar o requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, Tatto disse que não haverá "assunto proibido" a ser investigado --embora admita que o foco do PT seja a oposição.
Tatto defendeu a convocação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mas disse não ser "razoável" ouvir o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). O líder também disse não ser necessário convocar o ex-ministro José Dirceu por considerar que o seu envolvimento com o empresário Carlos Cachoeira ocorreu antes do período a ser investigado pela CPI.
"Qual a necessidade de se convocar o Zé Dirceu? Você tem que chamar as pessoas que estão dentro do objeto da CPI. Eu acho um exagero chamar o Agnelo. Mas é razoável chamar o governador [Marconi] Perillo. O Agnelo é diferente do Perillo até pelo fato do Cachoeira ser de Goiás", disse o líder.
Se a CPI for instalada, o governo terá ampla maioria na comissão. Das 30 cadeiras de deputados e senadores titulares na comissão, a oposição fica apenas com sete vagas.
Tatto disse que a CPI deve ser instalada até quarta-feira, já que amanhã os partidos vão continuar a coleta de assinaturas. Para que a comissão saia do papel, ela precisa do apoio de 171 deputados e 27 senadores.