segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Administrador nega participação de funcionários em grilagem no DF

Funcionários faziam limpeza de terreno, defende administrador de Santa Maria.
Polícia alega que perícia indicou desmatamento de área de proteção.

 
O administrador de Santa Maria, Márcio Gonçalves, nega que um servidor e seis funcionários da administração presos nesta sexta-feira (14) estejam envolvidos com o parcelamento irregular de terra na região administrativa.
Ao todo, 11 pessoas foram acusadas de desmatar uma área de proteção ambiental na cidade que fica a 26 quilômetros de Brasília. A pena para esse tipo de crime vai de quatro a oito anos.
“Ao chegar ao local, encontramos alguns tratores e alguns caminhões fazendo a retirada da vegetação”, informou o policial militar ambiental Rinaldo Costa Inácio.
Márcio Gonçalves afirma que o servidor e os terceirizados estavam apenas limpando entulho. “Os funcionários da administração, certamente sem nossa autorização, mas no papel da gerência de limpeza da cidade, se preocuparam em ir lá limpar o local. Pude constatar, através da vizinhança, que lá era muito sujo”, disse o administrador. O delegado responsável pelo caso, Alberto Rodrigues, contou que os quatro caminhões e as duas máquinas que estavam sendo usados pelos funcionários da administração tinham  vegetação, indício de que a área foi desmatada.
“Foi solicitada perícia, que constatou que houve desmatamento naquele dia ou bem recentemente. Inclusive, foram encontrados, próximos da associação, esses resquícios, e não somente entulho”, falou o delegado.

De acordo com a polícia, o terreno está dentro de uma área de proteção ambiental. Mas a Associação dos Produtores e Criadores Rurais de Santa Maria Terra Viva têm uma liminar que permite o uso do local. Vender pedaços do terreno é proibido.
A polícia informou que o tesoureiro da associação admitiu o parcelamento da terra. Ele teria dito que o local seria fracionado para 15 famílias.