Alguns
partidos defendem o "fechamento de questão", o que significa voto
obrigatório sob pena de punição, enquanto a oposição reforça o chamado
"kit obstrução". Aposentadoria de policiais é o ponto mais sensível
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Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) promete colocar a PEC da reforma para apreciação do plenário, em primeiro turno, nesta semana(foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados) |
Depois de seis meses de muita polêmica e
confusão, a reforma da Previdência chega ao plenário com o clima favorável que
outros governos tentaram, mas não conseguiram alcançar. Isso não significa que
esteja tudo cor-de-rosa. Esta segunda-feira será dedicada à contagem de votos,
com alguns partidos defendendo o fechamento de questão em favor da reforma, e a
conversas no sentido de buscar um acordo em torno das aposentadorias de
policiais, considerado o ponto mais sensível a ser avaliado no plenário
separadamente, isto é, um “destaque” a ser colocado em votação depois de
aprovado o texto básico.
Nas últimas 24 horas, evoluíram conversas no sentido de retirar essas categorias do texto para que haja um projeto em torno da força nacional de segurança. Assim, dizem alguns líderes, englobaria os segmentos que passaram a semana de plantão na Comissão Especial e saíram derrotados. Qualquer mudança só ocorrerá se houver ampliação do número de votos em favor da reforma. Até aqui, o governo se mostra confiante em ter maioria folgada de 330 votos (leia reportagem nesta página) para aprovar a reforma ainda na terça ou na quarta-feira em primeiro turno e, em seguida, quebrar o interstício (intervalo) para votar os dois turnos esta semana.