quinta-feira, 4 de julho de 2019

INSS terá 90 serviços totalmente automatizados a partir de 10 de julho


CRÉDITO: ARTHUR MENESCAL/ESP. CB/D.A PRESS


O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terá 90 de 96 serviços totalmente automatizados a partir da próxima quarta-feira (10/7). De acordo com o órgão, o foco é facilitar a vida do cidadão que precisa se deslocar para uma agência.

Alguns serviços já são atendidos pela Central 135 de forma totalmente eletrônica, sem atendente. Um exemplo disso é o resultado da perícia médica que, em apenas 10 dias de migração para a nova forma de atendimento, recebeu 204.108 ligações, das quais 65% foram resolvidas sem a intervenção humana.

O tempo médio de atendimento (TMA) durou apenas três minutos e 20 segundos. Desde ontem, outros serviços passaram a ser realizados pelo mesmo processo: agendamento atualização cadastral; agendamento extrato de empréstimo consignado; agendamento extrato de pagamento; agendamento extrato IRFP; consulta requerimento; e informação data e local de pagamento.

Bolsonaro diz esperar Trump para encontro de direita na América do Sul


Em evento na embaixada americana, Bolsonaro disse ter feito o convite para Donald Trump durante reunião na cúpula do G-20, no Japão

Descontraído, Bolsonaro posou como astronauta em painel montando na embaixada americana(foto: Simone Kafruni/CB/D.A Press)
Ao participar de uma cerimônia de celebração à Independência dos Estados Unidos, na embaixada norte-americana em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro disse, na noite desta terça-feira (3/7), torcer para que o presidente Donald Trump visite a América do Sul e se reúna com os chefes de países do continente que "abandonaram a esquerda".

"Nessa viagem ao Japão agora (para a cúpula do G-20), fiz uma solicitação a ele (Trump). Talvez ele compareça à América do Sul, onde reuniríamos presidentes de países que abandonaram a esquerda e foram para o centro ou centro-direita", disse Bolsonaro em breve discurso.

O presidente brasileiro reafirmou a intenção de seu governo em estreitar cada vez mais os laços com os EUA. "A história diz que nas últimas décadas estivemos um pouco afastados. O nosso governo veio para deixar de lado o viés ideológico. Veio para se aproximar de vários países outros, com ideologia semelhante, na busca de dias melhores para todos nós", disse.

Bolsonaro também se comparou com Trump: "Nesses seis meses de mandato, tive o prazer de encontrar duas vezes com Donald Trump. Eu o conheci durante as primárias, e o que ele sofreu lá eu já sofri aqui, no período pré-eleitoral. E a população entendeu, contrariando especialistas e pesquisas, fazer exatamente o contrário, fazer aquilo que seus corações determinavam".

Reforma da Previdência: estados são proibidos de criar contribuição extra




Relator da PEC das aposentadorias na Comissão Especial da Câmara exclui a possibilidade de unidades da Federação exigirem novas cobranças de servidores para cobrir rombo. Novo texto também veta flexibilização nas regras para policiais

A sessão desta quarta-feira (3/7) demorou a começar e avançou pela noite: novo parecer deve ser votado nesta quinta-feira (4/7), e a expectativa é que seja encaminhado ao plenário na semana que vem(foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados )

Em sessão durante a noite, o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentou a terceira versão do parecer, na madrugada desta quinta-feira (4/7), na comissão especial que discute o assunto na Câmara. Apesar dos pedidos de policiais federais, rodoviários federais e legislativos, o deputado não flexibilizou as regras para a categoria. Estados e municípios continuam fora e, pelo novo texto, sem a possibilidade de criarem novas cobranças aos servidores para cobrir os rombos previdenciários.

O novo texto, apresentado apenas um dia depois da segunda versão, retira a opção de que governadores e prefeitos criem, por lei, contribuições extraordinárias para segurar deficits nos regimes próprios. Os deputados ficaram insatisfeitos com essa reinserção, feita no parecer apresentado na terça-feira, e pediram que todas as menções a estados e municípios fossem retiradas da proposta. No novo parecer, o relator deixa claro que a medida só poderá ser adotada pela União.

Na madrugada, deputados continuavam discutindo se votariam o parecer nesta quinta-feira (4/7). Se for aprovado nesta quinta-feira (4/7), a expectativa é que o texto seja encaminhado a plenário na semana que vem. O avanço na discussão foi garantido em acordo entre líderes partidários e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante a tarde desta quarta-feira (3/7), na residência oficial da Presidência da Casa. Prevista para as 13h, a sessão desta quarta-feira (3/7) começou com quase sete horas de atraso, depois da reunião. A oposição foi derrotada, por 36 votos a 12, ao tentar retirar a discussão de pauta desta quarta-feira (3/7).

Ao chegar à Câmara, depois do encontro com líderes, Maia explicou que os policiais federais, rodoviários federais e legislativos não conseguiram emplacar idade mínima mais suave nem novas regras de transição. As mudanças poderiam gerar um “efeito cascata” e abrir precedentes para que outras categorias pedissem regras especiais, explicou o presidente da Casa.

Comissão votará parecer da reforma da Previdência nesta quinta-feira




O relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentou a terceira versão do texto na noite desta quarta-feira (3/7). O texto foi discutido por quase cinco horas no colegiado, em sessão que se estendeu durante a noite e acabou pouco depois da 1h30 da manhã

(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Os deputados da Comissão Especial que discute a reforma da Previdência na Câmara decidiram votar o parecer na manhã desta quinta-feira (4/7), às 9h. O relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentou a terceira versão do texto na noite desta quarta-feira (3/7). O texto foi discutido por quase cinco horas no colegiado, em sessão que se estendeu durante a noite e acabou pouco depois da 1h30 da manhã.

O colegiado rejeitou todos os requerimentos de adiamento de votação, que poderiam atrasar o andamento da matéria em até cinco sessões do plenário (pelo menos uma semana). A expectativa do presidente da comissão, Marcelo Ramos (PL-AM), ao início da sessão, era de que o texto fosse votado ainda na quarta. 

Regras para aposentadoria de policiais não serão flexibilizadas, diz Maia


O presidente Jair Bolsonaro tentou uma articulação política para beneficiar policiais federais, rodoviários federais e legislativos, mas Maia disse que não há acordo nesse sentido

(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Após reunião com líderes partidários, nesta quarta-feira (3/7), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não houve acordo para flexibilizar regras para policiais na reforma da Previdência, como tentou o presidente Jair Bolsonaro, que acionou ministros para realizar uma articulação nesse sentido. A idade mínima da categoria continuará sendo de 55 anos, para homens e mulheres, como prevista no parecer do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP). O texto deve ser votado ainda na noite desta quarta na Comissão Especial.

"Em relação aos policiais, não teve acordo. Vai ficar 55 anos para policiais homens e mulheres", garantiu Maia, após o encontro, realizado na Residência Oficial da Presidência da Câmara. Policiais federais, rodoviários federais e legislativos pediam que caísse para 52 anos a idade mínima de aposentadoria para as mulheres.