O Correio entrevista os procuradores José Bonifácio, Vladimir Aras,
Nivio de Freitas e Lauro Cardoso, quatro dos candidatos a compor a lista
tríplice a ser enviada a Bolsonaro
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(foto: Breno Fortes/CB/D.A Press) |
Na próxima terça-feira (18/6), cerca de 1.300
procuradores e subprocuradores da República vão às urnas participar da escolha
de três nomes que serão indicados ao presidente da República, Jair Bolsonaro,
para o cargo de chefe do Ministério Público Federal. O cargo de
procurador-geral da República é um dos mais importantes do sistema jurídico e
político brasileiro. Além de alinhar ações do Ministério Público, o ocupante
deste posto atua no Supremo Tribunal Federal e em outros tribunais pelo país.
Bolsonaro pode ou não escolher algum dos integrantes da lista tríplice,
organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Porém, o modelo, adotado desde 2001, tradicionalmente é seguido pelo chefe do
Executivo.
A maior parte dos procuradores acredita que essa forma de escolha, mesmo sem estar prevista na Constituição, reafirma a independência do Ministério Público e chancela o mandato de quem for indicado. Neste ano, 10 candidatos se lançaram na disputa. Na semana passada, o Correio Braziliense publicou entrevistas com cinco dos pretendentes e, nesta edição, apresenta os demais. Apenas o procurador Mário Bonsaglia não aceitou participar das entrevistas.
A atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pode ser reconduzida ao cargo, de acordo com a escolha pessoal do presidente. Ela não participa da votação como candidata, mas manifestou a intenção de ficar no cargo. Os candidatos falam sobre a Lava-Jato, pautas prioritárias para o MPF e sobre as recentes polêmicas envolvendo o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores da República no Paraná.