quarta-feira, 2 de maio de 2012

A confissão descarada do PT: CPI tem é de pegar só a oposição. Ou: A Operação Salva-Agnelo. Ou ainda: Cachoeira tem de explodir, mas de um lado só!



Em outros tempos, a notícia seria um escândalo em si; nestes, não! Ao contrário até: há quem a tome como evidência de esperteza e prova de que o partido é mesmo organizado. A que me refiro? Manchete do Estadão de hoje informa que o governo tenta tomar as rédeas da CPI para que ela não “perca o foco”. A expressão “manter o foco” vem sempre carregada de valor positivo, não é? Confunde-se com coisa boa. Não nesse caso. Com isso, o governo e os governistas pretendem, de forma declarada, duas coisas:
a) manter a Delta longe das investigações; a ordem é impedir que diretores da empresa, com a exceção de um que está preso e de outro que está foragido, sejam convocados;
b) concentrar a artilharia em Marconi Perillo, governador de Goiás (PSDB).
Lendo a reportagem do Estadão, a gente vê que os petistas não escondem seu intento, não. Eles consideram que se trata de algo absolutamente legítimo. É evidente que confrontos entre governistas e oposicionistas não desaparecem numa CPI; também nelas as diferenças se manifestam etc e tal. Mas um mínimo de decoro se faz necessário, não é? A revelação, a céu aberto, sem subterfúgios ou considerações oblíquas, de que o governo atua para livrar a cara da Delta é tão escandalosa quanto as lambanças de que a empresa participa.
Reportagem de O Globo demonstra que era tal a proximidade de Carlinhos Cachoeira com a construtora que o contraventor se fez presente no apoio a Fernando Cavendish mesmo num momento dramático de sua vida, quando um acidente de helicóptero matou pessoas de sua família. Não se tratava, já está mais do que evidente, de esbarrões aqui e ali no chamado “mundo dos negócios”; ao contrário: eram relações sistemáticas, mediadas por dinheiro público.
Mesmo assim, os petistas anunciam: a ordem é tirar a Delta das investigações. Por quê? A resposta é uma só: porque a construtora é a empresa privada que mais recebe recursos do PAC e porque isso pode gerar um terremoto em vários estados — o Rio poderia ser, assim, ma espécie de epicentro do sismo Ninguém chega a ser Cavendish na vida acumulando poucas informações. Mais: ele já está “fazendo a sua parte”, retirando a construtora de alguns empreendimentos e se afastando, oficialmente ao menos, do comando da operação. Mas há um limite para o esmagamento.
Acreditem: o PT está decidido a impedir que Cavendish fale à CPI. Se vai conseguir ou não, aí vamos ver. O governismo tem maioria para convocar quem bem entender — e, pois, para impedir convocações também.
Tudo por Agnelo
A matéria do Estadão informa o que chegou a ser verdade até o fim de semana: o PT estaria disposto a entregar a cabeça de Agnelo desde que possa produzir o que considera um estrago maior na oposição: degolar  Perillo. Não é mais assim. Agnelo já avisou o comando do partido que não aceita ir para o sacrifício coisa nenhuma! Desde que migrou do PC do B para o PT, considera que prestou relevantes serviços ao partido e ao governo petista — com destacada atuação nos bastidores da operação que desmantelou a quadrilha de José Roberto Arruda no Distrito Federal. Agnelo atuou segundo seus métodos, que o PT nunca ignorou.
Há, sim, um pedaço do partido que avalia que, cedo ou tarde — e esse grupo teme que se dê mais tarde do que seria prudente —, Agnelo cairá em desgraça. Mas Lula, José Dirceu e Rui Falcão (esses dois são corpos distintos numa só cabeça) acham que é preciso fazer “a luta política” para preservar o governador do Distrito Federal, denunciando uma suposta conspiração contra esse verdadeiro herói da ética.
Há uma falsa questão na qual o PT e os subjornalistas a serviço do petismo se fixam: a gangue de Cachoeira estaria chantageando Agnelo Queiroz. É mesmo? Digamos que fosse apenas isso, pergunta-se: a chantagem se deveria exatamente a quê? Por que Agnelo estaria sendo intimidado pelo bando?
Fatoir Márcio Thomaz Bastos
O PT está deixando claro, sem qualquer reserva, que não quer investigar coisa nenhuma! Obedecendo ao comando inicial de Lula e de José Dirceu, o partido luta para que a comissão de inquérito se limite ao linchamento da oposição e da imprensa. Em ano de eleição e de provável julgamento do mensalão, os petistas acham que está de boníssimo tamanho. Também não escondem, nas conversas que mantêm nos bastidores, que pretendem fazer valer a sua maioria na comissão. Mais ainda: consideram que o fato de o petista Márcio Thomaz Bastos ser advogado de Carlinhos Cachoeira representa uma segurança e tanto. Bastos, já escrevi aqui, não é um criminalista qualquer — a partir dos honorários… É um estrategista. O partido tem a convicção de que nada virá de Cachoeira que agrave a situação dos companheiros. Na verdade, apostam que, se Cachoeira explodir, será uma explosão do lado de lá da linha.
É o que temos.
Por Reinaldo Azevedo

A ONGAV promoveu no dia 26 de abril, a entrega de Verdura na Vila União






No dia 26 de abril a  ONGAV (Organização não Governamental Amor e Vida) entregou cesta verde para os moradores da Vila União, Novo Gama – GO, a entrega foi feita por voluntários e pelos membros da diretoria executiva da ONGAV, esteve presente a Vereadora do Novo Gama – GO Laodiceia Dourado, que prestigiou o evento, a cesta entregue foi doada pelo CEASA – DF, todas as Frutas e Verduras entregues são todas de ótima qualidade, a comunidade ficou muito feliz por receber o alimento. A presidente da ONGAV informa que para receber a cesta basta os moradores da Vila união fazer os cadastro e na hora o morardor já sai de lá com sua carteirinha e que todas a quintas – feiras as 09:00 horas da manhã os moradores cadastrados irão receber sua Certa Verde. clik no Link aqui,e veja as fotos da entrega Cesta Verde.


Fonte: Blog da ONGAV

Grampo da PF sugere ação do vice contra o governador do DF


TRECHO DO RELATÓRIO DA OPERAÇÃO MONTE CARLO APONTA LIGAÇÃO ENTRE O VICE-GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, TADEU FILIPELLI, DO PMDB, E O JORNALISTA MINO PEDROSA, DO SITE QUID NOVE; MINO PEDROSA, EX-ASSESSOR DE CARLOS CACHOEIRA, RECEBERIA R$ 100 MIL MENSAIS PARA DESESTABILIZAR GOVERNO DO GDF

 A crise política deflagrada pela Operação Monte Carlo pode ganhar novos contornos. Um dos trechos do inquérito divulgado com exclusividade por 247 aponta para uma suposta ligação entre o vice-governador Tadeu Filipelli, do PMDB, e o jornalista Mino Pedrosa, do site Quid Nove. O trecho aparece na página 202, do anexo 7 (leia mais aqui). A informação consta do resumo de uma conversa entre o espião Idalberto Matias, o Dadá, e o policial Marcelão, que é também dono de uma agência de publicidade no Distrito Federal, a Plá. Nela, ambos comentam que o jornalista Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlos Cachoeira, teria um contrato de R$ 100 mil mensais, que seriam pagos por Filipelli. Há ainda uma anotação sobre um apartamento que teria sido dado por Cachoeira a Mino Pedrosa em Brasília. Além disso, Mino teria uma cunhada empregada no gabinete de Demóstenes Torres (sem partido/GO).
Nos últimos meses, o governador Agnelo Queiroz recebeu ataques em série. Denúncias, que antes eram publicadas em blogs de jornalistas do DF, como Edson Sombra e Mino Pedrosa, depois eram amplificadas em veículos de grande circulação nacional, como Veja e Época. Até agora, no entanto, o inquérito tem revelado que o esquema Delta-Cachoeira não conseguiu se infiltrar no governo do Distrito Federal da mesma maneira como dominava o estado de Goiás (sobre isso, leia o post de Ricardo Noblat).
CPI da Arapongagem
Como as ligações entre a Delta e o governo do Distrito Federal são frágeis, a tentativa de impeachment incorporou uma nova estratégia. Agnelo passou a ser acusado de montar uma rede de arapongas para grampear políticos, jornalistas e empresários. Entre eles, o vice-governador Tadeu Filipelli e o jornalista Edson Sombra. Sobre isso, já há até uma CPI instalada no Distrito Federal.
Nesta sexta, Filipelli representou ao Ministério Público Federal, solicitando a apuração de uma possível investigação ilegal, realizada contra ele, alegando a necessidade de defender as instituições. Ocorre que os grampos da Operação Monte Carlo revelam que o Watergate brasiliense pode ter sido montado justamente por aqueles que seriam beneficiados pela queda do governador.
Abaixo, o trecho do relatório da PF que menciona a doação do apartamento de Mino Pedrosa e o pagamento de jornalistas por Filipelli:
RESUMO
KID 9 (KlD NOVE).
FALAM SOBRE SUCESSÃO DO DIRETOR DA PCDF. ENCONTRO DE SANDRO AVELA E ERIC SEBA (FILMAGEM)
APARTAMENTO QUE CARLINHOS DEU PRA MINO PEDROSA.
============================================================
TELEFONE NOME DO ALVO
6192800078 Idalberto Matias de Araujo - Monte Carlo
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
DADA X MARCELÃO PLX
DATNHORA INICIAL DATNHORA FINAL DURAÇÃO
07/02/201213:32:54 07/02/201213:34:32 00:01:38
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
A
RESUMO
MINO PEDROSA TEM UM CONTRATO COM O FILlPELI R$ 100.000 POR MES. ENTÃO O SOMBRA DEVE ESTAR
SENDO F1NANDIADO PELO FILlPELI.
A CUNHADA DO MINO TRABALHO NO GABINETE DE DEMOSTENES (SENADOR)
============================================================
Fonte.: Brasil 247

Políticos de Brasília são modelos de incompetência nacional


 

Com o fim da polêmica que começo com a Caixa de Pandora, onde muitos políticos velhos como Arruda foram enterrados, pelo escânda-lo que virou notícia nacional, surgiram grandes lacunas no cenário político local.

Aí apareceram alguns azarões que nunca conseguiram emplacar suas candidaturas. Houve outro fenômeno importante: novatos eleitos pela força de alianças incomuns, grandes mudanças foram então anunciadas, com referência direta a um “novo caminho”. ...

Passado um ano e meio, nos parece que tudo anda na mesma pisada, um governo incapaz, uma câmara que não sabe para onde deve apontar o dedo, uma base aliada da discórdia e da incompetência que não se une pelo bem comum. Greves e mais greves, prato cheio para uma oposição nanica.

No meio desta confusão eterna, vez por outra percebemos alguns novatos crescendo à custa da incapacidade de políticos velhos como os da bancada do PT. Brasília, hoje, não tem um nome capaz de resolver este impasse governamental, são 24 distritais que nos confundem com suas opiniões equivocadas, continuam sem produzir grandes mudanças populares, poucos ou quase nenhum projeto importante foi concebido.

No ínterim, ficamos pasmos de ver uma disputa interna, quanto a quem será o novo presidente da casa e isso enquanto Agnelo se segura no cargo por força de incompetência da nossa justiça em resolver, prontamente, demandas de interesse público.

É fato que não se tem, no momento, nem oposição nem situação, tudo é volátil, políticos são assim em qualquer lugar do mundo, são sempre do partido que tem mais possibilidade de ganhar. Poderia citar nomes, todavia não será preciso, para quem domina o assunto sabe que alguns, dois ou três estão fazendo seus nomes apesar de imaturos e inseguros discursos.


Fonte: Blog do Odir / Blog do Evan / blog do Edson Sombra - 02/05/2012

Grupo de Cachoeira não queria Mailine no comando da Polícia Civil do DF


 

Ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal (PF) na Operação Monte Carlo indicam que o grupo liderado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira ficou contrariado com a nomeação da delegada Mailine Alvarenga na direção da Polícia Civil do DF. 

Num dos trechos captados em 30 de dezembro de 2010, o araponga Idalberto Matias, o Dadá, reclama de não conhecer Mailine e de não ter acesso a ela. Desaprova a decisão. ...

Dadá conversa com um homem não identificado (HNI) que também lamenta a escolha feita pelo governador Agnelo Queiroz (PT) para o comando da Polícia Civil do DF. 

A PF suspeita de que o homem não identificado seja um delegado da Polícia Civil, pelo teor da conversa. Num dos trechos, ele diz que vai chegar em Brasília no dia 10 de janeiro e pedir a aposentadoria. E se refere à Polícia Civil do DF, na conversa com Dadá, como "nossa empresa". 

A delegada Mailine Alvarenga passou nove meses no comando da Polícia. Durante todo o tempo, foi alvo de dossiês e pressões políticas para deixar o cargo. 

Em maio de 2011, numa tentativa de frear o desgaste da diretora, Agnelo chegou a declarar em entrevista ao Correio que não cederia à pressão e que manteria Mailine no cargo. 

Mailine, no entanto, caiu em novembro de 2011. No lugar dela, assumiu o delegado Onofre de Moraes, indicado pelo então chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro, que deixou o governo para se defender de suspeitas relacionadas à Operação Monte Carlo. 

Mailine foi uma escolha pessoal do primeiro secretário de Segurança do DF na gestão de Agnelo, Daniel Lorenz. 

Delegado aposentado da PF, Lorenz também não era do grupo de Cachoeira, segundo relata Dadá nas conversas. Lorenz deixou a secretaria de Segurança Pública antes de completar quatro meses no cargo. 

Nos diálogos, há uma preocupação do grupo de Cachoeira e de Dadá de que o novo grupo no comando da Segurança tratasse o guardião da Polícia Civil, sistema de interceptações telefônicas, com mão de ferro. 

Em junho, o delegado da PF Sandro Avelar assumiu a secretaria de Segurança Pública com apoio do Ministério da Justiça. Ele, no entanto, apenas recentemente conseguiu emplacar nos comandos da Polícia Civil e da Polícia Militar do DF pessoas de sua confiança, respectivamente, o delegado Jorge Xavier e o coronel Suamy Santana.


Fonte: Blog Ana Maria Campos - 02/05/2012