terça-feira, 24 de abril de 2012

Governo cria grupo para aperfeiçoar convênios com ONGs


Objetivo é melhorar prestação de contas e contratos de repasse. Em março, CGU divulgou lista de ONGs proibidas de contratar com a União.



O governo federal criou nesta terça-feira (24) grupo de trabalho interministerial para aperfeiçoar prestações de contas de convênios, contratos de repasse e termos de parceria com entidades privadas sem fins lucrativos - organizações não-governamentais (ONGs) e associações. O decreto foi publicado no “Diário Oficial da União” desta terça.
A Casa Civil da Presidência coordenará o grupo que será formado ainda pela Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ministério da Fazenda e Secretaria-Geral da Presidência da República.
Cada órgão será representado por titular e suplente indicados pelos ministros titulares - Gleisi Hoffmann, Jorge Hage Sobrinho, Miriam Belchior, Guido Mantega e Gilberto Carvalho - no prazo de até quinze dias a partir da publicação da portaria. Após as indicações, o grupo dos ministérios terá 60 dias para conclusão dos trabalhos.

Cada titular poderá, ainda, convidar representantes de outros órgãos públicos federal, estadual e municipal e de organizações civis. Gleisi Hoffman, ministra da Casa Civil, ainda chamará representante do Tribunal de Contas da União (TCU) para participar das reuniões.
CGU
Em março deste ano, a Controladoria Geral da União (CGU) divulgou uma lista de 164 entidades privadas que estavam impedidas de firmar convênios com o governo. Conforme a CGU, em análise de convênios existentes com essas entidades foram constatadas irregularidades "graves e insanáveis".

As entidades passaram a integrar o Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), que ficará no Portal da Transparência da CGU. As entidades também serão cobradas por meio de tomadas de contas especiais para que devolvam os valores utilizados indevidamente aos cofres públicos.

Outras portarias
O Ministério da Justiça e o Ministério da Pesca e da Aquicultura também publicaram, em novembro do ano passado, portaria no "Diário Oficial” para avaliar a regularidade dos convênios firmados com entidades privadas sem fins lucrativos, as ONGs.

Dentre as exigências da portaria do Ministério da Pesca, as entidades deveriam comprovar experiência de três anos na área de prestação. As ONGs também não poderiam ter dirigente com cargo público.

A presidente Dilma Rousseff, no final de outubro de 2011, havia determinado a suspensão por 30 dias do repasse de recursos federais às ONGs em contratos firmados até meados de setembro do ano passado.

Denúncias envolvendo organizações não-governamentais (ONGS) foram responsáveis pela saída de ministros de suas pastas, como Orlando Silva (Esporte) e Pedro Novais (Turismo). No Turismo, uma megaoperação da Polícia Federal prendeu, em agosto do ano passado, 36 pessoas por desvios em convênios com entidades.

Fonte: G1

Colisão entre carro e ônibus deixa uma pessoa morta e 4 feridas no DF


Acidente foi na DF-180, perto de Planaltina, na noite desta segunda (23). Condutor do carro teria entrando na frente do ônibus, diz polícia.

 

Um acidente envolvendo um carro e um ônibus deixou uma pessoa morta e quatro feridas, na noite desta segunda-feira (23), na DF-128, próximo de Planaltina. O motorista do carro, de 43 anos, morreu no local da colisão.

A polícia explicou que o condutor do carro teria tentando fazer uma conversão e acabou entrando na frente do ônibus. O motorista do ônibus informou aos policiais que não conseguiu frear a tempo de evitar a colisão, mas que ainda tentou desviar.

Segundo os bombeiros, os quatro passageiros do carro tiveram apenas escoriações pelo corpo. Eles foram levados para o Hospital Regional de Planaltina em estado estável. Os bombeiros informaram que ninguém ficou ferido no ônibus.


Fonte: G1

Para leitor, opnião pública deve atuar para não acabar em pizza CPI do Cachoeira


A CPI que foi criada para apurar as ações de Carlinhos Cachoeira em seus relacionamentos com a classe política mostra mais uma vez que há o risco de tudo terminar em pizza.

É de se condenar apenas à classe política que está encobrindo mais uma vez as ações irregulares de dois segmentos importantes como é o caso de servidores públicos que ocupam cargos de elevado nível e podem manipular procedimentos com o erário.
E o mesmo pode se dar com a situação de alguns empresários, que também não agiram com a devida lisura, uma repetição do que já aconteceu com outras investigações.
Como se pode perceber, a opinião pública não pode ficar ausente do acompanhamento dos trabalhos dessa CPI. Uma grande oportunidade de dar um basta à ação de quem efetivamente é corrupto.

PARTICIPAÇÃO

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Fonte: Folha

GDF terá que indenizar detento que perdeu a visão em briga na prisão


O Governo do Distrito Federal (GDF) foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a pagar uma indenização por danos morais de R$ 20 mil mais uma pensão vitalícia no valor de meio salário mínimo a um detento que perdeu a visão em briga na cadeia.

Na ocasião, internos do Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) estavam apreendidos de forma provisória no Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde o adolescente, que estava na prisão sob custódia, foi atingido no olho esquerdo por outros detidos e acabou perdendo a visão.

Em sentença, o desembargador relator do caso afirma que a vítima tinha bom comportamento e, por isso, possuia trânsito livre no corredor da carceragem, sendo exposto à presença de menores de alta periculosidade sem a escolta ou supervisão de nenhum agente penitenciário, caracterizando, assim a omissão específica do Estado.

O desembargador sustentou a sentença baseando-se no art. 5º da Constituição Federal, que determina que o poder público adote todas as medidas de segurança necessárias à proteção dos detentos de forma eficiente para garantir sua segurança física e moral. Para ele, o GDF "deixou de cumprir o seu dever legal de evitar o evento, já que se absteve de adotar as providências que a situação exigia, sobretudo quando o menor se encontrava a serviço da administração do presídio, sendo exposto à presença de outros detentos".

Demóstenes ajudou Cachoeira a 'nomear' prima no governo de Minas

Escutas da PF revelam que contraventor pediu cargo a senador e, 12 dias e 7 telefonemas depois, Mônica Vieira foi nomeada

Escutas telefônicas da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) intercedeu diretamente junto a seu colega  Aécio Neves (PSDB-MG) e arrumou emprego comissionado no governo de Minas Gerais para uma prima do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mônica Beatriz Silva Vieira, a prima de Carlinhos Cachoeira, assumiu em 25 de maio de 2011 o cargo de diretora regional da Secretaria de Estado de Assistência Social em Uberaba. Do pedido de Cachoeira a Demóstenes até a nomeação de Mônica bastaram apenas 12 dias e 7 telefonemas. São citados nos grampos o deputado federal Marcos Montes (PSD), ex-prefeito de Uberaba, e Danilo de Castro, articulador político de Aécio em seu Estado e o secretário de Governo da gestão Antonio Anastasia (PSDB), governador de Minas. Eles negam envolvimento na nomeação. A PF monitorou Cachoeira, a prima dele e Demóstenes na Operação Monte Carlo, que desmantelou esquema de contravenção, fez ruir a aura de paladino do senador goiano e expôs métodos supostamente ilícitos da Delta Construções para atingir a supremacia em sua área.









Professor e Doutor
Aécio não caiu no grampo, porque não é alvo da investigação. Mas ele é mencionado por Demóstenes e Cachoeira. Nos diálogos, o contraventor chama Demóstenes de ‘doutor’ e o senador lhe confere o título de ‘professor’.
O grampo que mostra a ascensão profissional da prima de Cachoeira está sob guarda do Supremo Tribunal Federal (STF), nos autos que tratam exclusivamente do conluio de Demóstenes com o contraventor.
Em 13 de maio de 2011, Aécio é citado. Cachoeira pede a Demóstenes para "não esquecer" o pedido. "É importantíssimo pra mim. Você consegue pôr ela lá com o Aécio... em Uberaba, pô, a mãe dela morreu. É irmã da minha mãe." Demóstenes: "Tranquilo. Deixa eu só ligar pro rapaz lá. Deixa eu ligar pra ele."
 A PF avalia que o caso pode caracterizar tráfico de influência. "Seguem ligações telefônicas, divididas por investigado, em ordem cronológica, que contêm indícios de possível cometimento de infração penal por parte de seus interlocutores ou pessoas referidas."
Na síntese que faz da ligação de Cachoeira a Mônica, a 26 de maio - o contato durou 3 minutos e 47 segundos -, a PF assinala: "Falam sobre a nomeação de Mônica para a Sedese/MG, conseguida por Cachoeira junto ao senador Aécio Neves por intermédio do senador Demóstenes Torres e de Danilo de Castro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.