Em reação às especulações de que é carta fora do baralho no jogo da política, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) programa uma agenda com jeitão de campanha. Começou ontem, durante almoço em que reuniu as filhas deputadas Liliane (distrital) e Jaqueline (federal), a mulher, Weslian; amigos e assessores em uma galeteria da cidade. Durante o encontro, o ex-governador fez pose para foto e planos para o futuro, como uma possível mudança de partido.
Desde o ano passado, Roriz faz diálise todos os dias. O tratamento é uma espécie de filtragem do sangue para corrigir insuficiência renal, que, no caso do ex-governador, é agravada pela diabetes. O problema de saúde foi um dos motivos que o afastou do cenário político depois que seu grupo perdeu as eleições em 2010. No ano passado, ele chegou a anunciar que concorreria às eleições municipais em Luziânia. Mas acabou desistindo. Uma ponderação entre seu estado físico à época e os dividendos políticos da competição no Entorno.
A desistência da disputa em Luziânia reforçou entre os adversários de Roriz a convicção de que o ex-governador não teria condições de enfrentar uma nova campanha. Mas o político que dirigiu o DF por 14 anos tem demonstrado disposição entre pessoas próximas, embora com limitações. Com a dieta menos restrita em função da diálise, Roriz engordou 5kg que estão lhe pesando na coluna, outro ponto nevrálgico do ex-governador que se submeteu a uma operação no ano passado.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Roriz se prepara para voltar à cena política da capital federal em 2012
Dilma deve negociar com PMs
O governo federal terá de se envolver numa solução nacional para a reivindicação das diversas polícias militares da Federação. Se fugir do problema, ele voltará a assombrar o país em momento ainda mais inoportuno do que na véspera do Carnaval.
Foram corretas e necessárias as palavras da presidente Dilma Rousseff ao descartar a possibilidade de anistia a servidores públicos armados que aterrorizaram a população. Isso separa o joio do trigo.
Mas não resolve o ponto fundamental: é justa a reivindicação dos policiais por melhores salários. Em seus 32 anos de história, o PT deu apoio a essa causa.
A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) número 300, que prevê um piso salarial nacional para policiais militares e bombeiros, foi votada em primeiro turno na Câmara. O Congresso gerou uma expectativa concreta. Agora, com apoio do Palácio do Planalto, tenta fugir do monstro que alimentou.
Portanto, têm razão os policiais ao cobrar uma solução do governo, do PT, do Congresso e dos governadores. Certamente, não é um piso nacional, porque não dá para um policial do Amazonas ganhar o mesmo que um colega de Brasília. São realidades e orçamentos diferentes. Mas um fundo nacional que ajude os Estados talvez possa ser criado. O que não dá é fingir que se trata apenas de uma orquestração nacional de policiais criminosos.
O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que já foi deputado federal, está fazendo cara de paisagem. No entanto, ele deveria ser o coordenador de um acordo que atendesse à reivindicação sem desequilíbrio das contas públicas. É difícil, mas boa parte da tarefa cabe a ele. O então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, teve força e sabedoria para melhorar muito a Polícia Federal.
Ministro ficar dando entrevista dizendo que há homens do Exército e da Força Nacional para socorrer Estados que venham a sofrer com novas greves ajuda, mas não resolve. Esse contingente só funciona se usado excepcional e temporariamente. Ou o Exército e a Força Nacional policiarão o Rio até as Olimpíadas de 2016?
O primeiro passo é separar a reivindicação salarial da forma de pressão truculenta exercida por uma parte dos policiais e de maus representantes sindicais. O que se viu na Bahia foi crime puro. Não é justo enxergar todos os policiais como se fossem Priscos e Daciolos. O segundo passo é começar algum tipo de negociação nacional que não seja para inglês ver.
Menino de quatro anos morre atingido por tiro acidental dado por tia de 12 anos
Adolescente manuseava uma garrucha e acionou o gatilho indevidamente
Um menino de quatro anos morreu atingido na cabeça por um tiro de garrucha disparado acidentalmente por sua tia, de apenas 12 anos, na manhã da última quinta-feira (9), no bairro Parque Califórnia, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
Segundo a polícia, a adolescente manuseava a arma e acabou acionando indevidamente o gatilho. A garrucha pertencia ao avô da garota.
O menino atingido ainda chegou a ser levado para um hospital da cidade, mas não resisitu aos ferimentos.
Vaticano nega complô para matar papa Bento 16
Cardeal teria informado que pontífice seria morto em 12 meses e poderia ter como sucessor arcebispo de Milão, segundo jornal
O Vaticano negou nesta sexta-feira as informações sobre um suposto complô para matar o papa Bento 16, cujos detalhes foram publicados pelo jornal italiano Il Fatto Quotidiano. "Trata-se, evidentemente, de delírios que não são levados a sério de maneira nenhuma", disse o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Em suas páginas internas, o jornal reproduz um trecho do documento e publica uma tradução para o italiano de toda a mensagem. "Seguro de si mesmo, como se soubesse com precisão, o cardeal Romeo anunciou que ao Santo Padre restam apenas 12 meses de vida", diz a tradução do documento descrito como "estritamente confidencial".
"O cardeal Romeo se sentia seguro e não podia imaginar que as conversas feitas em reuniões secretas fossem depois informadas por terceiros ao Vaticano", continua a mensagem. Após inteirar-se das conversas, o colombiano Castrillón decidiu escrever em 30 de dezembro ao papa, que recebeu a mensagem alguns dias depois, segundo a publicação.
Em uma nota, porém, Romeo desmentiu a declaração e afirmou que nada publicado pelo jornal "tem fundamento". "É tão fora da realidade que não deve ser levado em consideração", disse o cardeal. Ele também explicou que a viagem a Pequim foi realizada em caráter "privado" e durou "exatamente cinco dias", período em que se dedicou a cumprir tarefas da Santa Sé.
Ministro diz que greve dos policiais militares na Bahia deve terminar hoje
Quanto à paralisação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Cardozo disse que a situação é de "uma greve não muito mobilizada". Tanto é que, até agora, o governador Sérgio Cabral não manifestou qualquer necessidade de tropas federais, segundo o ministro.
Ele disse que "há uma certa tranquilidade" no caso do Rio. Para o ministro, os policiais percebem que não podem se associar a um movimento que foi desencadeado com a perspectiva de levar insegurança para a população, com atos criminosos e de vandalismo.
O ministro fez as declarações no Palácio do Planalto, logo depois da posse da nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci. Além da presidenta Dilma Rousseff, participaram da solenidade quase todos os ministros de Estado, parlamentares e representantes da sociedade civil.