Cardeal teria informado que pontífice seria morto em 12 meses e poderia ter como sucessor arcebispo de Milão, segundo jornal
O Vaticano negou nesta sexta-feira as informações sobre um suposto complô para matar o papa Bento 16, cujos detalhes foram publicados pelo jornal italiano Il Fatto Quotidiano. "Trata-se, evidentemente, de delírios que não são levados a sério de maneira nenhuma", disse o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Em suas páginas internas, o jornal reproduz um trecho do documento e publica uma tradução para o italiano de toda a mensagem. "Seguro de si mesmo, como se soubesse com precisão, o cardeal Romeo anunciou que ao Santo Padre restam apenas 12 meses de vida", diz a tradução do documento descrito como "estritamente confidencial".
"O cardeal Romeo se sentia seguro e não podia imaginar que as conversas feitas em reuniões secretas fossem depois informadas por terceiros ao Vaticano", continua a mensagem. Após inteirar-se das conversas, o colombiano Castrillón decidiu escrever em 30 de dezembro ao papa, que recebeu a mensagem alguns dias depois, segundo a publicação.
Em uma nota, porém, Romeo desmentiu a declaração e afirmou que nada publicado pelo jornal "tem fundamento". "É tão fora da realidade que não deve ser levado em consideração", disse o cardeal. Ele também explicou que a viagem a Pequim foi realizada em caráter "privado" e durou "exatamente cinco dias", período em que se dedicou a cumprir tarefas da Santa Sé.