terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Justiça determina retorno dos metroviários a partir de amanhã

Em audiência realizada na tarde desta terça-feira (17/1), o Conselho Especial do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª região determinou, por unanimidade, o fim da greve dos metroviários, paralisados há mais de um mês.

Os desembargadores argumentaram que embora a greve não seja abusiva, os metroviários devem voltar ao trabalho. Em contrapartida, o Governo do Distrito Federal deve apresentar em 15 dias, no máximo, uma proposta para a categoria. 

Caso o governo não cumpra a decisão da Justiça, será obrigado a pagar uma multa diária de R$ 20 mil. A mesma pena vale para os metroviários que não voltarem às suas funções nesta quarta-feira (18/1).

Hoje, às 20h30, o Sindicato dos Metroviários (Sindimetro) fará mais uma assembleia, a fim de decidir o futuro do movimento.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O Retorno da deputada Arlete Sampaio (PT) para a Câmara Legislativa, Sucessora do Cabo Patrício a presidência

Nenhum distrital fala abertamente sobre o assunto, mas o retorno da deputada Arlete Sampaio (PT) para a Câmara Legislativa pode não ser com o esperado tapete vermelho. Com a força da notícia de que a petista voltaria para suceder Patrício (PT) na presidência da Casa, o Palácio do Buriti terá de começar a pensar em estratégia para acalmar os ânimos dos aliados.

Hoje, dificilmente o Partido dos Trabalhadores teria força para emplacar outro nome da legenda. Por isso, "companheiros" de conveniência trabalham cada vez mais para que um nome neutro assuma a principal cadeira do Legislativo local.

Enquanto Arlete pensa na coroação como um brinde por regressar ao parlamento para reforçar a tropa de choque mais combativa do governo Agnelo, vários distritais inflam o nome de Agaciel Maia (PTC), ex-diretor do Senado e intimamente ligado ao PMDB do vice-governador Tadeu Filippelli, para a sucessão de Patrício.

Em tempos de investigação, sabe-se como é, continuar refém do Partido dos Trabalhadores seria um tiro no escuro. Mesmo para os distritais que se dizem mais fiéis ao governador Agnelo.

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A farda vai às ruas

As promessas de campanha ainda não cumpridas pelo governador Agnelo Queiroz prometem começar a causar dores de cabeça ainda maiores. Tanto a Polícia Militar quanto o Corpo de Bombeiros já se articulam para cobrar, digamos, de forma mais incisiva para que seja honrada a palavra do chefe do Executivo local em relação aos pedidos das duas categorias militares.

Rebeliões costuradas por lideranças das duas corporações estão prontas e com sede de briga. E não é apenas para atrapalhar o governo do petista no Palácio do Buriti.

Outro nome que orbita na lista negra das corporações é do atual presidente da Câmara Legislativa, Patrício (PT), tido como o principal interlocutor entre os militares e o atual comando do GDF.

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A cova do leão

Foi como uma bomba a divulgação pela coluna Do Alto da Torre (Jornal de Brasília) de um projeto apresentado pela distrital Celina Leão que retira da Polícia Civil do DF a competência de fazer a vistoria de transferência de veículos de outras cidades para o Distrito Federal.

Primeiro, abriu-se uma crise entre a instituição e a parlamentar, já que nenhum policial chegou a ser ouvido antes da proposta ser apresentada. Agora é o Detran-DF, principal beneficiado pelo PL, que entra com tudo na briga.

Muitas pessoas ligadas ao órgão de trânsito torceram o nariz ao ler a notícia. Para elas, a Polícia Civil deu a entender que o departamento não teria competência para realizar as inspeções veiculares.

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Pão e circo?

A notícia publicada pela imprensa goiana de que o governo de Goiás gastou R$ 7,5 milhões em contratação de shows no ano passado deixou sem dormir muita gente da intimidade da residência oficial de Águas Claras.

Também, pudera.

Só na festa da virada, para ilustrar, o GDF gastou exclusivamente com cachês cerca de R$ 1 milhão. E o governo ainda conta com uma bagatela de R$ 71,94 milhões de orçamento festivo garantido para o novo ano.  Que comece la fiesta!

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O reino dá cana

Uma discussão judicial resolvida pelo Tribunal de São Paulo vai botar muita gente com as barbas de molho.

A questão, que se refere diretamente à criação de nova área residencial, vai abrir uma das maiores crises fundiárias já vividas no Distrito Federal.

E não é para menos. Ela envolve uma grande construtora nacional, políticos astutos conhecidos, lobistas, servidores da área federal e, claro, nada menos que 10 bilhões de reais. 

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Salvo-conduto chinfrim

Eis que surge uma nova moda em Brasília. Quem tem o nome divulgado pela imprensa em investigações do Ministério Público corre para o órgão e solicita uma papelada para comprovar a inocência. Fácil, fácil.

Mas o papel não representa grandes coisas. E a justificativa é simples.

Como toda investigação corre em absoluto sigilo, dificilmente o MP revelaria, ainda mais oficialmente, o conteúdo da apuração que vai de maracutaias excêntricas aos típicos desvios de conduta.

Fosse assim, ultimamente, muita gente graúda nem passaria nas redondezas do Ministério Público com medo de se esbarrar em algum promotor de Justiça.

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Fonte: Edson Sombra

Carro bate de frente com ônibus e mata três pessoas na BR-116

Três pessoas morreram em um grave acidente na manhã deste domingo (15/1) na BR-116 em Teófilo Otoni, na região mineira do Vale do Mucuri. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal da cidade, um ônibus da viação Gontijo, que vinha em direção a Belo Horizonte, bateu de frente com o Corsa placa AUR-6193, de Curitiba (PR).

Os três ocupantes, um casal e uma criança, morreram no local, mas os corpos ainda não foram retirados, pois o ônibus está sobre o veículo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, não há feridos no ônibus. Parte da pista na altura do km 265 está interditada.

TRT-RJ deve explicar a movimentação de R$ 283 milhões feita por servidor

Rio de Janeiro – São esperadas para esta segunda-feira (16) explicações sobre movimentações financeiras atípicas de R$ 282,9 milhões por um magistrado ou servidor do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro. O pedido de esclarecimento foi apresentado pela seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), na última sexta-feira (13).

"Diante das informações publicadas na imprensa sobre o relatório do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], requeremos que o tribunal informe quem é a pessoa e qual a proveniência desses recursos", disse o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous. "Entendemos que o tribunal tem como conseguir esses dados, caso não os tenha", completou.

Dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda, entregues à Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apontam que apenas uma pessoa do TRT movimentou a quantia de R$ 282,9 milhões, em 2002. O valor equivale a 94,3% das movimentações fora do normal registradas no ano (R$ 300,2 milhões), no órgão.

A expectativa da OAB-RJ é que a presidente do TRT, Maria de Lourdes Sallaberry, dê explicações sobre os números no início da semana. "Ela se encontrava de férias e retorna nesta segunda. Então, pelo o que eu soube, [ela] se manifestará na segunda-feira", revelou Damous.

No caso do TRT do Rio, se for comprovada movimentação irregular ou ilícita de servidor ou de algum juiz, a OAB-RJ espera que o Ministério Público Federal abra investigações. No entanto, para Damous, o mais importante é que magistrados "não resistam a um sistema de transparência".

"Os indícios [de irregularidades] são muitos. Se constituem crime ou conduta irregular é o que queremos saber. Os juízes, a associação dos magistrados, em vez de clamar tanto por sigilo, deveriam clamar por publicidade. Como servidores, têm a obrigação da transparência, mostrar que não têm nada a temer. Mostrar que sua movimentação, mesmo atípica, foi regular", declarou.

São consideradas transações atípicas, pelo Coaf, operações financeiras que fogem dos padrões bancários e do sistema de prevenção à lavagem de dinheiro. Entre 2000 e 2010, foram identificadas R$ 855,7 milhões de operações do tipo, feitas por juízes e servidores do Judiciário.

A corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, que recebeu os dados sobre as movimentações irregulares, encaminhou as informações ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (13).

Candidatos a uma das 246 vagas do Senado buscam melhor forma de se preparar

Faltam apenas 21 dias para o encerramento das inscrições ao concurso do Senado. Em menos de dois meses, milhares de concurseiros, espalhados pelas capitais dos 26 estados mais o Distrito Federal, farão as provas da primeira fase. Cada um tem sua história e seu modo de preparação, mas todos almejam a estabilidade oferecida pelo serviço público e os altos salários ofertados pela Casa — R$ 13.833,64 para as 25 vagas de policial e as 79 de técnico; R$ 18.440,64 destinados às 133 oportunidades de analista; e R$ 23.826,57 ofertados a quem se tornar consultor, cargo com nove chances.

Luis Felipe Miranda, 29 anos, é um dos interessados nos benefícios do Legislativo. Ele pretende ocupar o posto de técnico, na especialidade administração. Depois de trabalhar durante cinco anos como vendedor em uma rede de varejo, o brasiliense pediu demissão, no meio de 2011, a fim de se dedicar exclusivamente à preparação ao Senado. Sua rotina não é fácil: passa manhãs, tardes e noites estudando. Banca cursinho, compra apostilas e pagará a alta taxa de inscrição com o dinheiro de direitos trabalhistas. Tanto esforço tem suas razões. “Quero garantir um bom futuro para meu filho, de 7 anos, e meu sonho é fazer faculdade de direito. Estou desempregado, aposto tudo nesse concurso”, afirma.

 Para que tanto empenho não seja em vão, o conselho de especialistas é adequar o estudo ao tempo que resta. Wilson Granjeiro, presidente do preparatório Gran Cursos, recomenda organização aos candidatos. “O certame do Senado exige uma preparação afiada. Assistam a aulas e reservem de duas a três horas por dia para ler resumos e resolver de 30 a 50 exercícios de provas antigas da FGV (Fundação Getulio Vargas, banca examinadora da seleção)”, ressalta. Como a carga de escrita é grande, especialmente para consultores, Granjeiro observa a importância da leitura e da prática do escrever. “Leiam e interpretem textos. Façam e revisem uma ou duas redações por semana”, sugere o especialista.

Ler e escrever são as paixões do publicitário Pedro Rafael Barbosa, 26 anos, que tenta uma das vagas para analista, na especialidade redação e revisão de textos. Apesar de não frequentar cursos preparatórios, o brasiliense segue algumas das dicas de Granjeiro, como fazer provas da FGV e ter a leitura como hábito. “Estudo seis horas por dia em casa. De manhã, vejo português, inglês e a parte de conhecimentos específicos. À tarde, estudo mais nosso idioma, leio os direitos e resolvo exercícios de provas anteriores”, esquematiza. 

Pedro Rafael não está há muito tempo estudando para o Senado: começou dois meses atrás. Se depender de seu aproveitamento em concursos, entretanto, irá bem. “Me formei há pouco mais de um ano e, até agora, só prestei um certame, o de analista, na função de publicidade, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Passei em quarto lugar e estou na espera para ser empossado. Claro que, se conseguir passar no Senado, que oferece um salário muito maior e me dá a oportunidade de estar mais próximo ao poder, trabalhando no Congresso Nacional, posso fazer uma mudança de ares”, brinca. 

Quem já está lá
O consultor legislativo Rafael Silveira, 37, estudou por conta própria e começou a preparação quase simultaneamente ao lançamento do edital. Isso foi em 2001, quando o concurso do Senado foi organizado pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe). “Eu não estava estudando muito, porque já era servidor público e tinha conhecimento de direitos administrativo e constitucional, além de ser competente em português. Fui atrás dos livros, peguei cada item do conteúdo programático e me preparei por apostilas. Até li, mas baseei meu estudo em uma intensa resolução de exercícios e provas anteriores. Acho que isso é o principal na reta final”, acredita. 

Silveira alerta os que forem fazer a prova de consultor para a nota de corte e lembra que isso reprovou vários candidatos na época. “Muitos têm uma especialização formidável e são ótimos em determinada área, mas, como o concurso é amplo e tem diversas matérias no edital, a preparação deve ser generalista. Lembro que muitas pessoas com excelente formação foram eliminadas por não se prepararem adequadamente em alguma área”, recorda.

Estratégias
Emerson Douglas é professor de regimento interno em dois cursinhos preparatórios e especialista em concursos: já foi analista do Senado e, hoje, atua no Tribunal de Contas da União (TCU). Ele diz que o estudo deve ser distinto para os candidatos que se preparam há muito tempo e os que começaram a estudar recentemente. “Aos que chegaram agora, recomendo criar uma base nas diversas áreas e identificar temas nos quais tenham mais dificuldade. Quem já tiver estudado bastante deve focar nos conhecimentos específicos”, diferencia o docente.

Annabelle Jimenez, 24 anos, é do time dos que se preparam há tempos. Há um ano, ela estuda para o cargo de consultor, na subárea direitos humanos e cidadania. A formação em direito e as avaliações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) são diferenciais na preparação. “Escolhi esse concurso pela identificação com a área, que envolve bastante história, além, claro, do salário elevado e da estabilidade oferecida pelo serviço público. A carga da OAB me ajuda nos direitos administrativo e constitucional e também pelo fato de ter suas provas organizadas pela FGV”, resume.

Apesar da longa dedicação, Annabelle não diminuiu o ritmo. Continua estudando oito horas por dia, exceto aos sábados, pois é adventista. E, até agora, a boliviana naturalizada brasileira não frequentou cursinhos. Nesta reta final, ela busca aulas on-line de português, inglês e raciocínio lógico. “Tenho de chegar afiada em todas as matérias no dia da prova. Como não achei cursos presenciais para o cargo que quero, estou procurando preparação para essas três disciplinas pela internet. Espero que seja o suficiente para passar”, finaliza.

Seleção cara
R$ 180 é o valor a ser pago pelos candidatos às vagas de policial ou técnico, que exigem nível médio. Aos graduados, a taxa varia: R$ 190 para aspirantes a analista e R$ 200 a quem deseja ser consultor. 

Estudo generalizado
Cada matéria da primeira fase de consultor tem como exigência um mínimo de acertos. Em português, são ao menos oito questões de um total de 15; em conhecimentos gerais e direitos constitucional e administrativo, cinco de 10; em administração e políticas públicas, duas de cinco; em raciocínio lógico, duas de seis; em inglês, uma entre quatro; e, em conhecimentos específicos, 18 de 30.