terça-feira, 12 de abril de 2011

Celina Leão visita Hospital de Samambaia

A presidente da Comissão de Direitos Humanos e Ética da Câmara Legislativa, deputada distrital Celina Leão (PMN) visita hoje, às 10h, o Hospital Regional de Samambaia. O intuito é verificar, in loco, denúncias que foram recebidas na comissão sobre mal atendimento, filas e falta de médicos na unidade de saúde

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A voz mais forte da oposição

No centro de várias polêmicas no cenário da política local de Brasília, a deputada distrital Celina Leão (PMN) falou com exclusividade ao Jornal Alô Brasília sobre as denúncias contra ela na Câmara Legislativa e sobre o escândalo envolvendo a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), de quem foi chefe de gabinete, coordenadora de campanha e amiga. Uma das três mulheres da oposição ao governo de Agnelo Queiroz (PT), Celina chama as denúncias contra ela de “tentativa de desmoralização”, para tirar o foco do Executivo. Confira a entrevista completa no portal Alô Brasília.


É possível ser oposição hoje Câmara Legislativa?
É uma tarefa árdua e para quem tem coragem e força.
Quando analisamos o quadro da política nacional, vemos que o PSDB, quando perdeu o poder,  teve enorme dificuldade para ser oposição. Esta síndrome de quem é governo não saber ser oposição é o que afeta, hoje, os aliados do seu campo político?
O poder é tentador, vem com um aparato que se quando está na oposição não se pode contar com ele. O deputado de oposição tem que saber que representa as pessoas que não estão satisfeitas e que não acreditaram em um determinado projeto político. Ele não pode representar apenas a base dele. Tomei a decisão de estar, realmente, na oposição. Brasília precisava de alguém que tivesse coragem de apontar os defeitos e que estivesse disposta a dar as mãos quando o projeto fosse positivo para a cidade. Nós tivemos 400 mil pessoas que não votaram neste projeto político e outras 500 mil que nem foram as urnas por que não acreditavam em nenhum projeto. Essas pessoas tinham que ser representadas.
Não é complicado ser oposição sozinha? Na votação da última quinta-feira, por exemplo, tivemos a volta do rolo compressor...
A oposição sou eu, a deputada Eliana Pedrosa (DEM), que não estava na votação, e a deputada Liliane Roriz (PRTB). A Liliane ainda está aprendendo um pouco da política. A oposição tem determinados momentos que tem que marcar opinião. O projeto é bom para a cidade? Mas existem muitos outros que são bons que não estão sendo votados. Um exemplo é o meu projeto, do IPVA, que atinge diretamente o bolso do contribuinte e não é votado. Se a gente não se der o respeito, não vamos ser respeitados dentro daquela Casa. Nem como oposição, nem como nada.
O Executivo ainda quer a aprovação de sete projetos. Como vocês pretendem conciliar estas demandas do Executivo, com as do Legislativo?
Aconteceu algo muito ruim nesta votação de quinta-feira. Por que, quando nós votamos, tem que ter acordo de líderes. A pauta está trancada por vetos e só com acordo do colégio de líderes é que poderíamos votar outra pauta. Mas, como já estávamos na extraordinária, mesmo sem acordo os projetos foram votados. Estamos fazendo um requerimento à Mesa, perguntando se o regimento não foi quebrado, porque a Casa está trabalhando a necessidade do Executivo.
A Câmara estaria tirando o próprio poder agindo desta forma?
Não acho que seja a Casa, mas que o Executivo força uma posição para que a Câmara se coloque neste sentido. Existe também uma coisa diferente neste governo, eles estão testando um novo modelo de liderança, que é a liderança dividida. Não se sabe quem é o interlocutor do governo.
O que a senhora acha do presidente da Casa?
Ele assumiu em um governo muito difícil, que é subdividido, com uma aliança difícil. Que tem rupturas o tempo todo, tanto do PT quanto do PMDB. O Patrício, além de ser o presidente teve o papel de tentar ajeitar as coisas, então ficou dividido. Mas nós estamos cobrando mais dele, dizendo que ele precisa estar mais presente, por que se o presidente da Casa fica mais no Executivo, nós não vamos ter identidade. E, de todos do PT, acredito que ele seria o melhor.
Dentro da base aliada existe a base  A e a base  B. Quem é quem?
A base A eu acredito que sejam somente os petistas. A base do B são os outros deputados, do PMDB, da coligação e partidos mais progressistas.
Estes deputados não estão sendo atendidos pelo governo? É isso que está criando uma crise?
Não posso falar por eles, mas acho que o Agnelo fez muitas promessas para os deputados e que está com dificuldades de cumprir. Muitos dos deputados que estão na base fizeram acordos e não estão sendo atendidos e isto cria, sim, uma dificuldade. Temos 100 dias de governo, que são 100 dias de nada. Este governo ainda não achou a forma de lidar com o parlamento. No primeiro mês os deputados reclamavam que nem eram atendidos pelos secretários de Estado, depois ficou um pouco melhor. O governo vai sentir que precisa da Casa e vai começar a atender os pedidos.
O mensalão acabou ou a prática pode voltar?
Acho que esta Câmara, apesar de tudo, está madura para ver que isso não funciona. Ainda estamos vendo resíduos desse mensalão. Isso é uma questão cultural que tem que mudar. Acho que está Casa está disposta, não posso falar por todos os deputados, mas tem muita gente de bem que quer a melhoria.
Vamos falar das denúncias contra a senhora...
Quando você não tem nada para falar da pessoas você inventa. Eu nunca ouvi falar de denunciante anônimo. A minha mãe trabalhou, sim, na estrutura da casa e não é irregularidade nenhuma, pois eu não era deputada. Minha mãe é uma ex-secretária de Estado, abriu quase 200 diretórios do PMDB em Goiás, uma mulher supercompetente. Então, as denúncias foram da época que eu era chefe de gabinete da Jaqueline Roriz, diferente de alguns deputados, hoje, que têm parentes empregados no governo, sim.
Um exemplo?
O deputado Chico Vigilante. E a desculpa é de que os irmãos são competentes. Nem duvido disso, mas acho hipocrisia fazer um julgamento pretérito de quando eu não era deputada. O que eu percebi foi que, quando aconteceu o problema da deputada Jaqueline, o que foi divulgado não foi o que o Ministério Público achou de verdade, mas um dossiê apócrifo. Isso qualquer um pode fazer.
Como ficou a sua relação com o veículo que divulgou as informações, que, segundo a senhora, não são verdadeiras?
Nunca me neguei a responder. Quando a gente não tem culpa, não tem medo. Mas, em alguns momentos, mesmo dando minha versão, existiu uma tentativa de me desmoralizar.  Como o veículo divulga isso sem ser notificado pelo Ministério Público? Como ficou sabendo? Tem algumas perguntas que não se consegue responder.
Essa foi uma “pauta recomendada” ao veículo?
Sim, eu diria que sim, com certeza.
O PT também estaria no meio das denúncias?
Não só o PT, mas ex-funcionários da Jaqueline, que têm interesse no mandato dela. Da forma como foi feito, tudo foi bem pensado, e eu não era o alvo. Eu sou o brinde do PT. Um amigo meu, inclusive, comentou comigo assim: o que o PT não esperava era sua reação. Eles acreditavam que você fosse ser desmoralizada, que aceitasse a mentira como verdade.
E depois da representação enviada à Mesa Diretora pelo deputado Chico Vigilante (PT), como ficou a relação dos senhores? 
O deputado, apesar do tempo de Casa, precisa amadurecer um pouco. Eu sou nobre e sempre o cumprimento, discuto questões com ele. Eu sou educada com todos, mas não admito que venha com falta de educação, agressão gratuita. Em um determinado momento o deputado quis mostrar que era capaz e pensou que a agressão dele comigo fosse conseguir este espaço. No início disse que eu não tinha autoridade moral para falar do Governo Agnelo, um discurso altamente preconceituoso. Para você falar que uma pessoa não tem autoridade tem que ter justificativa.
A representação contra Vigilante, feita pela senhora, foi um troco?
Não. Eu nunca recebi tanto telefonema como agora, depois que essa briga minha e do Chico ficou pública. As pessoas começaram a ligar e reclamar. Você percebe que a pessoa tem o gênio forte e que arruma inimigos naturais. Eu parei para pensar e vi que tenho que perdoar, por que o problema dele não é comigo. É com Brasília toda, com o PT, com pessoas que trabalharam na campanha dele. O próprio PT tem dificuldade com ele, sendo líder do partido.
A senhora sabia que a campanha de Jaqueline Roriz era abastecida com recursos não oficiais?
Não. Eu era secretária de Juventude. Não sabia, não cuidava da parte financeira.
Foi um choque?
Sim, foi. Gosto muito da deputada e foi muito triste ver aquilo. E ajudei ela a construir o mandato dela, ajudei na parte política, então é muito ruim.
Mas a relação da senhora com a deputada Jaqueline se rompeu...
Eu tive problemas de campanha com a deputada. Eu estava bem afastada dela desde o pós-campanha. Mas, o problema que tenho com ela não é pessoal, é política.
Mas que problema político. A figura do Manoel Neto?
Eu acho que da vida particular dela não devemos falar. Ele tinha vontade de ser deputado, temos as nossas diferenças, batemos muitas vezes de frente.
A senhora acredita que o financiamento público de campanha pode mudar essa situação?
Vai acabar em parte com a corrupção. Em qualquer lugar, classe ou segmento, que faz a diferença é a pessoa. Precisamos mais transparência, diminuir o desvio e que o dinheiro público que vai para campanha possa ser legal e o cidadão saiba para onde está indo.

domingo, 10 de abril de 2011

Wellington procurou instrutor de tiro antes de ataque a escola

Na casa em que viveu nos últimos oito meses, Wellington passou a maior parte do tempo se preparando para o ataque.

Na casa em que viveu nos últimos oito meses, Wellington passou a maior parte do tempo se preparando para o ataque à escola.

Em novembro do ano passado, ele quer aprender a atirar. Wellington faz contato - por computador - com um dos instrutores de tiro mais experientes do Rio de Janeiro e que é credenciado pela Polícia Federal para dar aulas sobre o uso de armas de fogo.

Wilson Saldanha guardou os e-mails. No primeiro contato, Wellington diz que usaria a arma apenas para defesa pessoal, mas que enquanto não tem uma gostaria de ir treinando para saber efetuar disparos com segurança. Na resposta, o instrutor explica que nenhum clube de tiro empresta armas, mas que ele poderia fazer um curso para aprender a atirar.


De: Wellington
Enviada em: quinta-feira, 4 de novembro de 2010 17:52
Para: Wilson Saldanha
Assunto: treinamentos

Gostaria de saber se o stand é apenas para associados ou para os civis também, pois eu sou civil e pretendo adquirir uma arma para defesa pessoal quando eu completar 25 anos, tenho 23 anos, por isso gostaria de enquanto isso ir treinando, para quando eu adquirir a arma eu já saber efetuar disparos e manusear a arma com segurança, se possível, gostaria de receber a tabela de custos e as documentações necessárias, pois não encontrei opções no site oficial, me ajudaria muito, obrigado.

De: Wilson Saldanha
Enviada em: quinta-feira, 4 de novembro de 2010 22:05
Para: Wellington
Assunto: res: treinamentos

Wellington boa noite,
Vc está correto em querer treinar para quando comprar saber usar. Mas infelizmente no Rio de Janeiro você não terá clube para lhe emprestar arma. O estande da vila como outros no Rio são para todos que se associarem, mas no seu caso estaria pagando para não usar. Caso queira pode sim fazer um curso de tiro e depois do curso marcar com instrutor reciclagem, assim poderá aprender a manusear. Isso acho é sua melhor opção. Acredito que queira saber os custos. Curso de tiro hoje com pistola calibre 380 ou revolver 38, custa 550,00. O curso envolve normas de segurança, aula teórica e aula prática com 100 tiros.
No e-mail seguinte, Wellington diz que gostaria de fazer o curso de tiro com um revólver calibre .38. E que deseja pagar à vista.

O instrutor responde que é preciso passar os dados para um cadastro. Mas Wellington se torna arredio. Alega que o computador está com vírus, e diz não achar seguro enviar esses dados pela internet. Prefere apresentar pessoalmente os documentos e termina escrevendo: "segurança em primeiro lugar, tudo bem?"

De: Wellington
Enviada em: quarta-feira, 10 de novembro de 2010 10:17
Para: Wilson Saldanha
Assunto: res: treinamentos

Bom dia, eu gostaria de fazer esse curso de tiro sim, no caso para revólver calibre .38, poderia me enviar o endereço de qual setor eu devo ir e quais documentações deverei apresentar? Não sei se existe parcelamento, mas tenho interesse de efetuar o pagamento a vista. Eu já fui aí por perto por algumas vezes, freqüentava muito o museu aeroespacial que é próximo, mas não sei o nome da rua ao certo nem o setor ou número do local onde se ensina a atirar, quando eu chegar aí eu me informo melhor quanto a data exata do início do curso. Mas no momento o problema para mim é como endereço, agradeço a atenção.


De: Wilson Saldanha
Enviada em: quarta-feira, 10 de novembro de 2010 19:14
Para: Wellington
Assunto: res: treinamentos

Wellington boa tarde estou em Brasília em uma demonstração de armamentos. Volto na sexta, se for bom para vc podemos marcar para domingo, caso seja possível envio um mapa da sua casa até o local, através do google maps. Por favor, confirmando o curso no domingo necessito que me envie nome completo, endereço completo e qual arma vc quer comprar. Pois o laudo eu tenho que levar pronto especificando a arma. Me mande também seus telefones.

De: Wellington
Enviada em: sexta-feira, 12 de novembro de 2010 23:06
Para: Wilson Saldanha
Assunto: res: treinamentos

Acontece que meu computador está com vírus, não acho seguro eu enviar esse tipo de dados pela internet no estado que meu computador está, prefiro apresentar pessoalmente esses documentos, segurança em primeiro lugar, tudo bem?
Em novo e-mail. o instrutor reforça a necessidade dos documentos e diz que não haveria problema em passar os dados por email. E termina: aguardo o envio.

De: Wilson Saldanha
Enviada em: sexta-feira, 12 de novembro de 2010 23:18
Para: Wellington
Assunto: res: treinamentos

Wellington, necessito dos dados, todos os alunos solicito a ficha criminal. Por isso antes de levar alguém para o estande faço esses procedimentos. Enviar cpf, identidade e profissão pelo computador não há nenhum problema. Falsificação não é feita com dados passados por e-mail.
Aguardo o envio.
Wellington não voltou a escrever.

O que mais chamou a atenção do instrutor foi o tipo de arma que escolhido pelo jovem.
“Hoje em dia, o que todo mundo pede é aprender a usar pistola; 38 quase ninguém pede, é muito raro”, comenta. “Eu posso presumir que seja mais fácil de comprar no câmbio negro um 38. Ele não estava comprando pelos métodos legais, fazendo prova, fazendo avaliação psicológica. É muito mais fácil e muito mais barato, uma pistola deve custar no câmbio negro mais de R$ 1 mil e um revólver, uns R$ 200, R$ 300”.

O instrutor diz - pelas imagens que viu - ser pouco provável que Wellington tenha feito treinamento com um profissional. E que o uso do speedloader - o mecanismo que permite recarregar a arma mais rapidamente - pode ter sido aprendido facilmente.

“Municiar um revólver não requer um treinamento mais específico”.

Na mesma época em que procurou o instrutor de tiro, Wellington também estava em busca de uma arma para comprar. Charleston de Lucena, que trabalha como chaveiro, e o vigia Izaías de Souza confessaram ter intermediado a venda de um dos revólveres usados no crime.

Em depoimento gravado à polícia os dois contaram como foi a negociação.

“Uns três ou quatro meses atrás, deu algum problema na porta dele, ele me chamou pra fazer o serviço pra ele. Fiz o serviço pra ele normalmente, ele me pagou normal, ai perguntou se eu sabia quem tinha uma arma pra vender”, conta Charleston.

Charleston entrou em contato com Izaías, que conhecia um terceiro homem que tinha um revólver calibre .32 para vender.

A arma tinha sido roubada há 18 anos do último proprietário legal, que já morreu. Charleston e Izaías entregaram o revólver na casa de Wellington. Ele pagou R$ 260. Os dois homens presos receberam R$ 30 de comissão, cada um.

Para esconder o verdadeiro interesse pela arma, Wellington mentiu.

“Ele falou que queria uma arma porque ele morava ali há pouco tempo, não conhecia ninguém, tinha medo de ficar ali à noite, sem conhecer ninguém. E seria pra segurança dele”, diz Charleston.

Informações de vizinhos e material apreendido na casa de Wellington mostram que ele usava muito a internet, mas quando esteve na casa a polícia descobriu que na rotina do assassino não estava apenas o computador. O jovem também passava muito tempo numa espécie de oficina que mantinha num dos cômodos.

Na oficina, os investigadores encontraram fogos de artifício desmontados. E acreditam que Wellington tenha modificado ali o cinturão em que levou vários speedloaders carregados de munição para a escola.

Ele adaptou pedaços de cano de PVC no cinto para facilitar a retirada dos carregadores. As roupas escolhidas para o dia do ataque também são consideradas indícios de que Wellington preparou cuidadosamente cada detalhe do crime. Além do cinturão estava usando luvas e botas tipo coturno. Carregava uma mochila com uma bomba caseira e textos religiosos que falam de inferno, alma, espírito, morte e ressurreição.

Após chacina, especialistas voltam a defender debate sobre desarmamento

Circuito interno da escola mostra o assassino com um dos revólveres: desarmamento em discussão
A trágica morte de 12 crianças no massacre ocorrido na última quinta-feira na Escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, reabriu a discussão sobre o porte de armas por civis. As duas campanhas de desarmamento realizadas nos últimos anos recolheram cerca de 550 mil revólveres, pistolas e espingardas em todo o país e, embora eficientes, não chegaram a abalar de forma significativa a quantidade desses materiais. Dados da Polícia Federal apontam a existência de 15,9 milhões de armas no Brasil — apenas 8,3 milhões delas são legais. A maior parte (87%) está nas mãos da população civil.

Esses dados, aliados ao fato de o Brasil ser campeão mundial em números absolutos por morte com arma de fogo, com uma média de 34,3 mil homicídios por ano, preocupam os especialistas em segurança. O ex-subsecretário nacional de Segurança Pública Guaracy Mingardi, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, defende o início imediato da conscientização da população para a entrega de armas à polícia. “É bem provável que, neste momento, possa haver um apelo mais emotivo e ter um efeito mais positivo.”

Mingardi explica que a finalidade maior das campanhas de desarmamento não é recolher todas as armas existentes, mas restringir o acesso a elas. “Sabe-se que não vai ser retirada a arma de um criminoso profissional. O controle sobre os armamentos foi perdido. Por isso, a necessidade da campanha, para fazer com que a arma irregular que esteja na mão de um não criminoso não retorne para o crime.”

Campanha
A ideia de antecipar a terceira campanha de desarmamento no Brasil foi colocada em pauta pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no dia da barbárie. Mas para o professor Renato Antônio Alves, do Núcleo de Estudos da Violência (NUV) da Universidade de São Paulo (USP), é preciso pensar no combate em todas as frentes. “É necessária uma campanha de desarmamento forte, mas também um reforço no controle de fronteiras, na emissão de portes de armas e na fiscalização”, ressalta.

O pesquisador critica o controle das armas no Brasil realizado em duas frentes: o Exército toma conta dos equipamentos militares legais, enquanto a Polícia Federal cuida das armas registradas de civis. “O acesso está facilitado demais. Significa que o controle não é efetivo”, avalia. Uma pesquisa da ONG Viva Rio, realizada a partir da análise de mais de 300 mil armas apreendidas e rastreadas em todo o país nos últimos 20 anos, comprova a alegação do professor. Apesar de se vincular o crime à arma ilegal, cerca de 30% dos revólveres e pistolas apreendidos em situação ilegal foram legalmente comprados.

Em 23 de outubro de 2005, um referendo foi realizado para saber se a população concordava com a proibição da comercialização de armas. O resultado final foi de 59,1 milhões de votos (63,94%) rejeitando a proposta e 33,3 milhões (36,06%) a favor do desarmamento total.


PARA LULA, CRIME FOI “UMA BARBARIDADE”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva qualificou como barbaridade o massacre ocorrido em Realengo. Para Lula, o responsável pela morte de 12 crianças, Wellington Menezes de Oliveira, seria “psicopata”, porque o crime foi ato premeditado. “Isso é uma coisa impensável. Não posso imaginar que um ser humano tenha coragem de sair de casa e praticar uma barbaridade dessas”, comentou Lula, após participar da missa de sétimo dia pela morte do ex-vice-presidente José Alencar, na Catedral da Sé, centro de São Paulo.

sábado, 9 de abril de 2011

Verdades e mentiras da política do DF

1 – Administrador que trabalha termina sendo demitido pelo governo petista.

2 – O vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB-DF) já trabalha de olho em 2014.

3 – Petistas já trabalham para tirar o deputado distrital Chico Vigilante do “jogo do poder”. Ele estaria atrapalhando os supostos negócios pouco republicanos.

4 – O PT-DF acaba de adotar a política de São Francisco de Assis, tipo é dando que se recebe.

5 – Especula-se que haverá a Operação Caixa de Pandora II.

6 – Uma CPI do Pro-DF iria alcançar alguns deputados distritais.

7 – O senador Gim Argello (PTB-DF) continua tendo muita influência no GDF?

8 – O  chamado “núcelo de poder do GDF” é composto por inúmeros delegados de polícia que trabalharam muito na campanha eleitoral. Há informações de que guardam “grandes segredos”

9 – O ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF) prepara as baterias para ser oposição ao governo de Agnelo Queiroz.

10 – O ex-governador cassado José Roberto Arruda estaria pressionando alguns deputados distritais para não votar as suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do DF.

11 – O grupo de 14 distritais rebeldes teria conseguido a adesão de mais quatro colegas.

12 – O ex-senador Luiz Estevão de Oliveira teria sido sondado para trabalhar na organização do PSD no DF.

13 – O PTB estaria pressionando o PT para desistir do processo contra o senador Gim Argello.

14 – Supostas irregularidades na FAP podem arranhar a imagem de um deputado distrital.

15 – Um ex integrante do governo de José Roberto Arruda estaria dando as cartas nas obras da Copa no DF.

16 – A namorada do filho de um senador está  trabalhando na Câmara Legislativa. Vai trabalhar todos os dias ao contrário do que ocorria no Senado. Já tem gente vigiando.

17 – O presidente da Câmara Legislativa, Patrício, já começou a articulação para aprovar a emenda que permite a sua reeleição. O ex-presidente Alírio Neto tentou e não conseguiu.

18 – A nova logomarca do GDF parece ter sido inspirada 
em um dos vídeos de Durval Barbosa.

19 – Um deputado distrital espera o retorno de Alírio Neto a Câmara Legislativa para protocolar uma representação no Conselho de Ética.

20 – Um doleiro se transformou em um verdadeiro pesadelo para alguns integrantes do GDF