segunda-feira, 18 de abril de 2016

Delator diz que Gim tinha 'missão' de arrecadar R$ 5 mi de cada empreiteira

Segundo Camargo, o ex-senador Gim Argello (PTB) preso na terça-feira (12/4) na operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava Jato, cobrou R$ 5 milhões de cada empresa para livrá-las das CPIs.

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Em novo depoimento aos investigadores da Lava-Jato o lobista e delator Júlio Camargo indicou que o esquema de propinas para evitar a convocação de empreiteiros em duas CPIs da Petrobras em 2014 teria sido muito maior do que o revelado até agora pela Lava-Jato. Segundo Camargo, o ex-senador Gim Argello (PTB) preso na terça-feira, 12, na operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava Jato, cobrou R$ 5 milhões de cada empresa para livrá-las das CPIs.

O novo depoimento de Julio Camargo ocorreu na quinta-feira, 14, em Curitiba, base da Lava-Jato.

Ele é o delator que em 2015 revelou ter sido pressionado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), por uma propina de US$ 5 milhões. O relato do lobista teve peso decisivo na denúncia que a Procuradoria-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal contra o parlamentar, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Até aqui a Lava Jato identificou R$ 5,3 milhões que teriam sido pagos a Gim Argello. Uma parte repassada pela UTC (R$ 5 milhões) destinada aos quatro partidos da Coligação União e Força, nas eleições de 2014 - o Ministério Público Federal destaca que não há informação de que as legendas soubessem da origem ilícita dos valores.

Outra parte foi depositada pela OAS (R$ 350 mil) na conta da Paróquia São Pedro, de Taguatinga - cidade satélite de Brasília -, frequentada pelo ex-senador.

Em troca desses repasses os empresários Ricardo Pessoa, da UTC, e Léo Pinheiro, da OAS, não foram chamados para dar explicações às duas CPIs. Em nenhuma das duas comissões houve convocação dos empresários para

Mendes diz que processo de impeachment foi 'quase todo regulado' pelo STF

Mendes lembrou que, em uma única sessão, o STF discutiu o rito do impeachment por quase dez horas.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira, 18, que o governo federal poderá devolver à Corte questionamentos sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas muitos dos eventuais pontos a serem debatidos já foram analisados pelos onze ministros. Mendes lembrou que, em uma única sessão, o STF discutiu o rito do impeachment por quase dez horas.

Após a aprovação do prosseguimento do impeachment na Câmara, neste domingo, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, sugeriu que o governo voltará a recorrer ao STF para frear o processo contra Dilma Rousseff. Mendes destacou que o Supremo pode se pronunciar sobre eventuais incidentes que venham a ocorrer no Senado. "Algumas das questões acredito que já foram balizadas nesse último

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Deputados debatem pedido de impeachment; acompanhe ao vivo

O Supremo validou a forma e a ordem definidas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para a votação





O processo de impeachment contra a presidente Dilma começa a ser discutido, nesta sexta-feira (15/4), no plenário da Câmara dos Deputados. O Supremo Tribunal Federal (STF) validou nesta quinta-feira (14) a forma e a ordem definidas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a votação. Com a decisão, foi mantida a alternância na votação entre bancadas estaduais, começando por uma da região Norte, seguida por outra do Sul, e vice-versa.


Fonte: Correio Braziliense

Cunha nega pedido de AGU para a presidente Dilma apresentar nova defesa

A previsão é de que o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), leia em plenário o parecer favorável ao afastamento da presidente na tarde deste domingo


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou nesta sexta-feira, 15, que negou o pedido do Advogado Geral da República, José Eduardo Cardozo, para realizar uma nova defesa da presidente Dilma Rousseff, após a apresentação do relatório do impeachment no plenário da Câmara.

A previsão é de que o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), leia em plenário o parecer favorável ao afastamento da presidente na tarde deste domingo.
"Não houve no impeachment do presidente Collor essa previsão (de nova realização da defesa de Dilma). Não foi feito desse jeito e vamos fazer igual. Já respondemos esse ofício por escrito. E entendemos que nesse momento

'Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez essa crise', diz Lula

O ex-presidente também anuncia que a partir de segunda-feira (18/4) independente de cargos, estará empenhado, junto com a presidente Dilma, para que o Brasil tenha um novo modo de governar



Determinado a mudar a opinião de deputados em relação à votação do impeachment na Câmara, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelou para o convencimento em um discurso gravado em Brasília e divulgado nas redes sociais. “Os deputados têm de pensar com muita serenidade”, aconselhou o presidente.

 “Todo esse esforço pode ser jogado fora por um passo errado, um passo impensado, no próximo domingo. Uma coisa é divergir do governo, criticar os erros e cobrar mais diálogo e participação. Este é o papel do legislativo, que deve ser e será respeitado. Outra coisa é embarcar em aventuras, acreditando no canto de sereia dos que se sentam na cadeira antes da hora”, atacou.

Sem mencionar nomes, o ex-presidente criticou a postura do vice-presidente Michel Temer de tentar dar uma rasteira na presidente Dilma Rousseff. “ Quem trai um compromisso selado nas urnas não vai sustentar acordos feitos nas sombras. Eu estou convencido de que o golpe do impeachment não passará. Derrubar um governo eleito democraticamente sem que haja um crime de responsabilidade não vai consertar nada. Só vai agravar a crise”, continuou.

“Ninguém conseguirá governar um país de 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, se não tiver a legitimidade do voto popular. Ninguém será respeitado como governante se não respeitar, primeiro, a constituição