Em discurso,
Paulinho da Força diz que Centrão vai enxugar a PEC da Previdência para não
reeleger Jair Bolsonaro em 2022. Integrantes do governo criticam opinião, mas
polêmica mostra que deputados exigem mais diálogo por parte do Palácio do
Planalto
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Deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança diz que posição do presidente do Solidariedade reforça a necessidade de discutir reforma política(foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados - 13/3/17) |
As manifestações do Dia do
Trabalho viraram ato político contra a reforma da Previdência e o governo. Os
ataques não foram disparados apenas pela oposição, em palanques montados pelas
centrais sindicais. O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força
(SP), ligado à Força Sindical, externou uma articulação interna do Centrão de
enxugar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 para não reeleger o
presidente Jair Bolsonaro.
O diálogo sobre a desidratação da reforma da Previdência sob a ótica política de confronto ao governo era algo tratado na alta cúpula do Centrão, nos bastidores. Os caciques não gostam da articulação adotada pelo governo. Para as lideranças, é fechada, de pouco diálogo. As principais críticas recaem sobre as dificuldades em emplacar indicados políticos em postos de segundo e terceiro escalões nas administrações públicas federais direta e indireta.
O Solidariedade é um dos partidos que compõem o bloco político que dá as cartas e comanda as principais votações na Câmara, como a da reforma da Previdência, que se encontra em tramitação na Comissão Especial. O Centrão é formado, também, pelo PP, PR, MDB, PSD, DEM, PTB e Podemos. Ainda orbitam em torno desses oito partidos o PSDB e metade do PSL — partido de Bolsonaro — ligado ao líder da legenda, Delegado Waldir (GO).