Vara da Infância diz estimular
reflexão em interessados no procedimento. Bebê de 2 anos que é tetraplégico e
tem deficiência cognitiva está na lista.
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Fachada da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1) |
Dados da Vara da Infância e
da Juventude apontam haver cinco famílias cadastradas para cada criança e
adolescente disponível para adoção no Distrito Federal. Os processos só não
são concluídos por falta de compatibilidade entre os perfis: a maior parte dos
pretendentes procura meninos e meninas de até 2 anos, saudáveis, de cor clara e
sem irmãos. Atualmente há apenas um bebê na faixa etária, que é tetraplégico e
tem comprometimento cognitivo irreversível.
"Quanto mais restritos a
idade, sexo ou saúde, maior é o tempo de espera de uma família por uma
criança", explica a psicóloga e membro do setor de Adoção Nacional, Paula
Freire. "É por isso que a gente sempre vê mais gente interessada, mas a
conta nunca fecha. Ainda se tem esse desejo pelo 'perfil clássico'."
De acordo com o órgão, 89
garotos e garotas aguardavam até o mês passado por adoção em 17 abrigos no DF.
Além do bebê tetraplégico, há 22 crianças que têm entre 3 anos e 9 anos e 66
meninos e meninas com idades entre 10 e 17 anos. O levantamento mostra ainda
que 80% das crianças e adolescentes disponíveis para adoção têm de um a cinco
irmãos.
Paralelamente, 478 famílias
estão inscritas e autorizadas pela Justiça a seguir o processo. Todas passaram
por preparação – com uma palestra e três