sexta-feira, 4 de maio de 2012

Olha ai a resposta do Ex -Governador Garotinho sobre o vídeo


Juiz não mandou tirar do blog, vídeos e fotos das farras de Cabral




Mais uma vez o Globo induz seus leitores ao erro. Vocês se recordam que desde o início das postagens das imagens sobre a farra de Cabral na Europa tratei o assunto Jordana Cavendish com o maior respeito. Expliquei que não fiz qualquer edição nas fotos e nos vídeos para que não pairasse nenhuma dúvida sobre a autenticidade, a veracidade das imagens ridículas de Sérgio Cabral e da “Gangue dos Guardanapos” apresentada ao Brasil. Na quarta-feira mesmo para desfazer uma dúvida a respeito de quem teria entregue as imagens, cheguei dizer que o material foi entregue por uma pessoa que amava e admirava muito Jordana. Disse mais, conforme podem ler no blog, que se a família de Jordana pedisse, eu retiraria suas imagens. 

Como poderão ler na decisão judicial (reproduzida abaixo), o juiz Wilson Marcelo Kozlowski Junior da 49ª Vara Cível do Rio de Janeiro não proibiu, como o Globo deu a entender, a exibição de vídeos e fotos. Apenas mandou retirar as imagens a Jordana. O juiz afirma textualmente na decisão: “não se trata de cercear a salutar divergência política entre o ex-governador e o atual, mas sim restringir a discussão a quem interessa”. E acrescenta: ” a pretensão da parte autora se limita à exclusão da imagem da sua filha, o que pode ser obtido por edição de imagem ou qualquer outro meio eletrônico que afaste a veiculação da imagem da filha do autor”. 

A decisão do juiz Wilson Marcelo Kozlowski é clara e não determina a retirada das fotos e dos vídeos, apenas que as imagens sejam editadas para que seja preservada a imagem de Jordana. Ainda não chegou a citação judicial, mas assim mesmo já estamos providenciando antecipadamente a edição do material. 

Mas aproveito para antecipar que mais tarde vou divulgar os manuscritos do doleiro pego na Operação Castelo de Areia, feita pela Polícia Federal, que mostram que o secretário de Governo de Cabral, Wilson Carlos, um dos integrantes da “Gangue dos Guardanapos” recebeu 5% dos 40 milhões pagos a uma empreiteira. Aguardem. 


Processo No 0172722-18.2012.8.19.0001 

Decisão 

1. Cuida-se de pedido de antecipação dos efeitos da tutela. 2. A parte autora discute a vinculação de imagens de sua filha em publicações realizadas pela parte ré em sua página na internet sem autorização para tal ato. 3. A verossimilhança das alegações exigida pelo legislador processual encontra-se presente, uma vez que a imagem da filha da parte autora vem sendo utilizada pelo réu em seu blog contra a vontade de seus familiares. Não se trata de cercear a salutar divergência política entre o ex-governador e o atual, mas sim de restringir a discussão a quem interessa e não a pessoas falecidas e sem qualquer vinculação com os fatos políticos. 4. Há inequívoco risco de dano irreparável ou de difícil reparação, dado que a imagem da filha falecida da parte autora encontra-se exposta sem o consentimento dos legitimados (artigo 20, pú do CCB), o que não se pode admitir em uma sociedade que encontra na dignidade da pessoa um de seus baldrames republicanos (artigo 1º, III da CRFB/88), valorizando a pessoa e a sua memória. 5. Como já asseverado, a pretensão da parte autora se limita à exclusão da imagem da sua filha, o que pode ser obtido por edição de imagem ou qualquer outro meio eletrônico que afaste a veiculação da imagem da filha do autor. Nada há que se tratar do teor das alegações contidas no referido blog sobre suas denúncias decorrentes de sua atividade parlamentar. 6. Desta feita, estando presentes os requisitos legais pertinentes (artigo 273 do CPC), DEFIRO A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA para que a parte ré se abstenha de utilizar em seu blog as imagens da filha do autor (JORDANA KFURI), bem como retire as já veiculadas ou as edite de forma a que não apareça a identificação da pessoa de JORDANA KFURI, em até 48 horas da intimação, sob pena de bloqueio online na razão de R$ 500.000,00 (quinhentos mil Reais), na forma do artigo 461, §5º do CPC. Registre-se que a sanção ora estipulada, acaso efetivada, não será repassada ao autor, servindo apenas como meio de compelir a parte ré ao cumprimento da decisão judicial, sendo imediatamente liberada em favor do réu quando do comprovado cumprimento da decisão. 7. Cite-se e intime-se. Comunique-se ao gabinete do Excelentíssimo senhor Deputado Federal via fax o deferimento da antecipação dos efeitos da tutela. 


Parlamentares serão vigiados ao consultar documentos da CPMI do Cachoeira


Desde os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, em 2005, nenhuma outra comissão investigativa do Congresso teve cuidado tão rigoroso com a preservação do sigilo de documentos encaminhados pela Justiça quanto a CPMI do Cachoeira. As medidas incluem acesso restrito aos integrantes da comissão, que serão monitorados e gravados nas consultas e não poderão portar celulares ou outros aparelhos que capturem imagem.

Os deputados e senadores integrantes da CPMI poderão consultar os inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, já digitalizados, por meio de três terminais de computadores. O trabalho será realizado numa pequena sala com menos de 10 metros quadrados e os parlamentares não poderão estar acompanhados por assessores.

O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), destacou em ofício enviado à Subsecretaria de Apoio às Comissões Especiais e Parlamentares de Inquérito, encarregada da guarda dos documentos, que as medidas de segurança obedecem às orientações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. O ofício recomenda que "o exame das cópias enviadas fique restrito à CPMI, que deverá adotar rígidas providências para que seu conteúdo não seja indevidamente divulgado".

Além disso, a Polícia do Senado e a Secretaria Especial de Informática (Prodasen) foram encarregadas por Vital do Rêgo de coordenarem a implantação das medidas.

Ao contrário do que aconteceu na comissão parlamentar de inquérito dos Correios, os parlamentares não poderão tirar cópias dos documentos resguardados pelo segredo de Justiça e que descreveriam o funcionamento e ramificações do suposto esquema de corrupção e exploração de jogos ilícitos comandado pelo empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Ficou decidido também que os integrantes da CPMI do Cachoeira serão gravados e monitorados enquanto estiverem na sala da Subsecretaria de Apoio às Comissões Especiais e Parlamentares de Inquérito na qual os documentos serão consultados.

O parlamentar terá à sua disposição, nessa sala, apenas canetas esferográficas e papel em branco para as anotações que considerar pertinentes. Ao mesmo tempo, por determinação do presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo, os deputados e senadores terão que deixar aos cuidados dos servidores encarregados de proteger a sala aparelhos celulares ou qualquer outro equipamento que disponha de câmara fotográfica ou filmadora capaz de reproduzir imagens

Outra norma de segurança adotada foi o lacre de todas as entradas do tipo USB dos computadores. Essas entradas permitiriam a gravação dos documentos por meio eletrônico, conhecido como pendrive. Os terminais também estarão desconectados da internet.

Será que ele quer ser adotado?


Diego Ramalho, do movimento Adote um Distrital, esteve agora há pouco (ontem 03) no 12º andar do Anexo do Palácio do Buriti.

Lá, durante reunião do grupo de trabalho que prepara a criação do Conselho de Transparência do DF, caprichou nos elogios à política de transparência de Agnelo Queiroz.

Ocorre que, dias atrás, diante das TVs, ele pediu o impeachment de Agnelo na Câmara Legislativa.

O que mudou de lá para cá mesmo?


Fonte: Blog da Lilian Tahan / Blog do Edson Sombra - 04/05/2012

Senador abrigou no seu gabinete servidora demitida por Peluso


O então presidente do STF exonerou assessora em 2010 após suspeita de desrespeitar a súmula que veda o nepotismo

Envolvido com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) não negligenciou suas relações com a cúpula do Poder Judiciário, mais especificamente o Supremo Tribunal Federal (STF), onde possui foro e será julgado criminalmente. Depois de ver o então presidente do STF, Cezar Peluso, constrangido a demitir a assessora Márcia Maria Rosado de um cargo de confiança no tribunal, o senador a contratou para outro cargo comissionado no Senado. ...

Peluso havia nomeado Márcia Maria Rosado e o marido dela – José Fernando Nunes Martinez – para postos de confiança logo depois de assumir a presidência do Supremo. A contratação de ambos, que não tinham vínculo com o STF, desrespeitaria a súmula aprovada pelo próprio STF, que vedou a prática do nepotismo. Por isso, Peluso foi obrigado a exonerá-la em julho de 2010.

Meses depois, Maria Rosado foi nomeada assistente parlamentar com lotação no gabinete de Demóstenes. Quando eleito líder do DEM na Casa, o senador levou Maria Rosado para a liderança da legenda, onde ela permanece mesmo após a renúncia do senador à liderança.

Peluso afirmou que ele não pediu a Demóstenes que contratasse Maria Rosado. “Como também não sabia que ela tinha ido pra lá”, afirmou o ministro.

Argumento
NOTA ADVOGADOS DO SENADOR DEMÓSTENES TORRES (EX-DEM) - "O senador recebeu o currículo da senhora Márcia Maria Rosado, tendo este se destacado pela qualidade”

Por meio da assessoria do DEM, Maria Rosado afirmou que no passado levou seu currículo para ser avaliado e Demóste-nes teria decidido contratá-la por causa de sua experiência profissional. Ela negou qualquer relação entre sua saída do STF e a nomeação no Senado.

Contatos. Com esse tipo de ação e por ter sido presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Demóstenes montou uma rede de contatos no Judiciário. Nas gravações feitas pela Polícia Federal, o senador ressalta que é importante para ele e Cachoeira manter relações próximas com integrantes dos tribunais superiores.

Demóstenes tentaria usar esses contatos a favor dos interesses do esquema. Na época das gravações, comentou um ministro do tribunal, não era possível imaginar que Demóstenes usaria a porta aberta com integrantes da Corte para auxiliar a atuação de Cachoeira.

A defesa do senador informou, em nota ao Estado, que recebeu o currículo de Maria Rosado, “dentre tantos outros diariamente recebidos em seu gabinete, tendo este se destacado pela qualidade”. Afirma ainda que o parlamentar “jamais empregou alguém a pedido de qualquer Ministro” e que ela “correspondeu plenamente às expectativas”.

Por Felipe Recondo


Fonte: Jornal O Estado de São Paulo - 04/05/2012

CPI fará nova ofensiva para convocar procurador-geral


Com apoio do Palácio do Planalto, os deputados e senadores governistas da CPI do Cachoeira farão nova ofensiva na tentativa de levar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao palco da investigação parlamentar.
Desta vez, porém, integrantes da comissão estão prontos para convocá-lo, o que deve ocorrer em breve. Segundo a Folha apurou, a operação conta com o aval do governo que, assim como o PT, reprova a conduta do procurador.
Nos bastidores, ministros e petistas questionam o fato de Roberto Gurgel não ter aberto nenhum procedimento contra o senador Demóstenes Torres (GO) em 2009, ano em que recebeu o inquérito da operação Vegas da Polícia Federal. Ocorre que o procurador não fez a denúncia nem pediu novas diligências à PF para elucidar a participação do senador.
A operação Monte Carlo, que desmantelou o esquema Cachoeira no início deste ano e prendeu 34 envolvidos, é justamente um desdobramento da Vegas.
Anteontem, Gurgel recusou um convite para falar do caso na CPI. Disse estar impedido de prestar depoimento na comissão porque não pode se tornar testemunha no processo. Sobre não ter tocado o processo contra Demóstenes, alega que, em 2009, não havia elementos suficientes para levar o caso adiante.
Ontem, Gurgel buscou apoio de parlamentares da oposição para tentar barrar a pressão da bancada governista. Pela manhã, recebeu em seu gabinete os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Álvaro Dias, líder tucano no Senado, durante cerca de uma hora.
À tarde, já no Senado, numa demonstração de que o apelo surtiu efeito, Álvaro Dias combateu a pressão pela presença de Gurgel na CPI, defendendo que isso poderia prejudicar as funções do procurador.
Segundo a assessoria técnica da CPI, mesmo que convocado, Gurgel pode recorrer ao Supremo para não ter de comparecer à comissão.
O procurador-geral, conforme a Folha apurou, teme o que classifica como estratégia do PT de usar a CPI como instrumento para tentar constrangê-lo. Seria uma retaliação contra a atuação dele no processo do mensalão, que deve ser julgado neste ano pelo STF (Supremo Tribunal Federal).


Fonte: Folha 04/05/2012