Enquanto 70 professores permanecem acampados na sede do
governo local, 99% da categoria decidiu manter a greve. A decisão foi tomada em
nova assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (27/4). A paralisação já
dura 47 dias e, desde a quinta-feira (19/4), quando o desembargador do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) ordenou que 80% dos
docentes retornassem às atividades, o Sindicato dos Professores (Sindpro/DF)
está submetido a uma multa de R$ 45 mil por dia enquanto mantiver a greve.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Lula exige do PT que faça da ‘Veja’ alvo na CPI
Depois de insuflar no PT o ânimo que levou o
partido a aderir à CPI do Cachoeira, Lula opera para direcionar a ação do
petismo na investigação iniciada nesta semana. Sua principal obsessão é a de
converter a ‘Veja’ em alvo.
Lula cobra de congressistas e dirigentes do PT que levem a revista à alça de mira. Declara-se convencido de que a publicação associou-se ao aparato de espionagem de Carlinhos Cachoeira para produzir reportagens contra o governo dele. ...
Cita, entre outras passagens, a filmagem que pilhou um funcionário dos Correios recebendo propina e levou Roberto Jefferson (PTB-RJ) a denunciar a existência do mensalão, cujo processo o STF está prestes a julgar.
Lula também menciona o grampo que captou conversa do senador Demóstenes Torres com o ministro Gilmar Mendes, do STF. Atribuída à Abin, a escuta clandestina forçou-o a afastar da direção da agência de inteligência o delegado federal Paulo Lacerda.
O diálogo veio à luz apenas em versão impressa. Demóstenes e Gilmar confirmaram o conteúdo. Mas o áudio jamais apareceu. Agora, Lula instila a suspeita de que é “a turma do Cachoeira” que está por trás da trama, não a Abin.
Nesta semana, Lula discutiu o assunto em reuniões com pelo menos duas lideranças do PT. Falou de ‘Veja’ como uma ideia fixa. Mesmo sem dispor de provas, disse não “engolir” a versão segundo a qual a revista serviu-se de Cachoeira e seus espiões apenas como fontes de informações.
Na versão do ex-soberano, ‘Veja’ teria ultrapassado as fronteiras da ética jornalística, ajudando a preparar as ações de espionagem. Uma versão que a revista já negou e que os grampos da Operação Monte Carlo veiculados até aqui desautorizaram.
Numa das escutas telefônicas captadas pela PF na investigação que levou Cachoeira à cadeia em 29 de fevereiro, o contraventor conversa com Jairo Martins, ex-espião da Abin.
No diálogo, diferentemente do que sustenta Lula, o jornalista que chefia a sucursal de ‘Veja’ em Brasília, Policarpo Júnior, é citado como personagem no qual a quadrilha não pode confiar. Recorde-se, por eloquente, um trecho:
- Cachoeira – O Policarpo, você conhece muito bem ele. Ele não faz favor pra ninguém e muito menos pra você. Não se iluda, não […] Os grandes furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz […] Ele não vai fazer nada procê.
- Jairo - É, não, isso é verdade aí.
- Cachoeira - Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho por Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz? E tudo via Policarpo. Agora, não é bom você falar isso com o Policarpo, não, sabe? Você tem que afastar dele e a barriga dele doer, sabe? Tem que ter a troca, ô Jairo. Nunca cobramos a troca.
- Jairo - Isso é verdade.
Cachoeira - E fala pra ele […]: eu ganho algum centavo seu, Policarpo? Não ganho. […] Nós temos de ter jornalista na mão, ô Jairo! Nós temos que ter jornalista. O Policarpo nunca vai ser nosso…
Jairo - É, não tem não, não tem não. Ele não tem mesmo não. Ele é foda!
Nesta quinta (26), os congressistas que representam o PT na CPI reuniram-se com a bancada de deputados do partido. Debateu-se no encontro a estratégia a ser seguida pelo petismo.
Concluiu-se o óbvio: no caso de ‘Veja’ e dos outros alvos do PT, a conversão dos desejos em prática depende da existência de provas –indícios pelo menos— que justifiquem a ação partidária na CPI.
Optou-se por priorizar a análise dos volumes e dos CDs colecionados pela Polícia Federal nas duas operações abertas contra Cachoeira e sua quadrilha: Vegas, concluída em 2009, e Monte Carlos, de 2012. Requisitados na quarta (25), os autos ainda não chegaram à CPI.
Também ficou decidido que o PT vai mover suas engrenagens para arrastar o procurador-geral da República Roberto Gurgel até o banco da CPI. Deseja-se constrangê-lo numa inquirição.
O partido de Lula acusa Gurgel de ter retardado deliberadamente a parte da investigação que envolveu Demóstenes Torres. O petismo escora a acusação num fato, do qual extrai ilações que levam à suspeição.
O fato: O inquérito da Operação Vegas, a primeira aberta contra Cachoeira, chegou à Procuradoria-Geral da República em 2009. Iniciada em Goiás, a investigação subiu a Brasília porque a voz de Demóstenes começou a soar nos grampos.
Gurgel tinha duas providências a adotar: ou considerava o inquérito frágil e o mandava ao arquivo ou enxergava consistência no papelório e requisitava a abertura de investigação contra Demóstenes no STF.
Não ocorreu nem uma coisa nem outra. O caso Vegas dormitou nas gavetas da Procuradoria por arrastados três anos. Gurgel só levou Demóstenes à grelha do Supremo no mês passado, quando o envolvimento do senador com Cachoeira já se encontrava pendurado nas manchetes.
As ilações: os petistas difundem a suspeita de que a inação de Gurgel atendeu a interesses alheios às suas atribuições de chefe do Ministério Público Federal. O céu é o limite das insinuações que fazem ferver o partido.
Oficialmente, Gurgel já informou que reteve a Operação Vegas à espera da conclusão da segunda operação da PF, a Monte Carlo. Munido de informações que dizem ter recolhido no governo, os petistas descrêem.
Sustentam que ocorreu o contrário: a segunda investigação teria sido aberta pela PF em reação ao engavetamento da primeira. Nessa versão, Gurgel só agiu depois que os grampos, vazados em catadupas, tornaram o pedido de providências ao STF incontornável.
O advogado Antonio Carlos de Almeida ‘Kakay’ Castro, defensor de Demóstenes, desenvolve um raciocínio que distancia Gurgel das teorias conspiratórias do PT. Avalia que o procurador-geral demorou a acordar para a Operação Vegas por “desorganização” do Ministério Público.
Kakay recorda que, quando já ecoavam no noticiário as escutas da Operação Monte Carlo, um repórter da TV Bandeirantes lhe telefonou para indagar sobre o inquérito Vegas. O advogado diz ter procurado Demóstenes, que declarou desconhecer a investigação. Dirigiu-se, então, à Procuradoria. Foi informado de que “não havia nada”.
Súbito, a informação de que a Operação Vegas acumulava pó na Procuradoria desde 2009 virou notícia. “No dia seguinte, o inquérito apareceu”, diz Kakay. Um detalhe o leva a atribuir o sumiço à “desorganização”: Gurgel não tinha razões para proteger Demóstenes. Ao contrário, o senador é desafeto do procurador-geral.
No ano passado, Gurgel mandara ao arquivo uma representação na qual senadores oposicionistas pediam que apurasse o enriquecimento do então ministro Antonio Palocci (Casa Civil), que multiplicara por cinco seu patrimônio prestando “consultorias”.
Um dos signatários da petição, Demóstenes chamara Gurgel de covarde. Dissera que o procurador-geral protegera Palocci de olho na recondução ao cargo de procurador-geral, que seria confirmada por Dilma Rousseff. Assim, sustenta Kakay, a acusação de que Gurgel sentou sobre o processo para beneficiar Demóstenes não faz nexo.
Seja como for, o PT acha que Gurgel deve explicações. Na quarta (25), durante a sessão inaugural da CPI, o senador Fernando Collor (PTB-AL) propôs que fosse votado um requerimento de convocação de Gurgel.
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) tentou convencer Collor a retirar o requerimento. Não que estivesse contra. Apenas achava que não era hora. Jilmar Tatto (SP), líder do PT, desaconselhou a votação. E o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), absteve-se de levar o requerimento a voto.
Antes de convocar, o PT deseja “convidar” Gurgel a comparecer à CPI. Se ele recusar o “convite”, será convocado. A bancada do governo congrega 65% dos votos da CPI. Imagina-se que os não-petistas também desejarão ouvir Gurgel. A ver.
Lula cobra de congressistas e dirigentes do PT que levem a revista à alça de mira. Declara-se convencido de que a publicação associou-se ao aparato de espionagem de Carlinhos Cachoeira para produzir reportagens contra o governo dele. ...
Cita, entre outras passagens, a filmagem que pilhou um funcionário dos Correios recebendo propina e levou Roberto Jefferson (PTB-RJ) a denunciar a existência do mensalão, cujo processo o STF está prestes a julgar.
Lula também menciona o grampo que captou conversa do senador Demóstenes Torres com o ministro Gilmar Mendes, do STF. Atribuída à Abin, a escuta clandestina forçou-o a afastar da direção da agência de inteligência o delegado federal Paulo Lacerda.
O diálogo veio à luz apenas em versão impressa. Demóstenes e Gilmar confirmaram o conteúdo. Mas o áudio jamais apareceu. Agora, Lula instila a suspeita de que é “a turma do Cachoeira” que está por trás da trama, não a Abin.
Nesta semana, Lula discutiu o assunto em reuniões com pelo menos duas lideranças do PT. Falou de ‘Veja’ como uma ideia fixa. Mesmo sem dispor de provas, disse não “engolir” a versão segundo a qual a revista serviu-se de Cachoeira e seus espiões apenas como fontes de informações.
Na versão do ex-soberano, ‘Veja’ teria ultrapassado as fronteiras da ética jornalística, ajudando a preparar as ações de espionagem. Uma versão que a revista já negou e que os grampos da Operação Monte Carlo veiculados até aqui desautorizaram.
Numa das escutas telefônicas captadas pela PF na investigação que levou Cachoeira à cadeia em 29 de fevereiro, o contraventor conversa com Jairo Martins, ex-espião da Abin.
No diálogo, diferentemente do que sustenta Lula, o jornalista que chefia a sucursal de ‘Veja’ em Brasília, Policarpo Júnior, é citado como personagem no qual a quadrilha não pode confiar. Recorde-se, por eloquente, um trecho:
- Cachoeira – O Policarpo, você conhece muito bem ele. Ele não faz favor pra ninguém e muito menos pra você. Não se iluda, não […] Os grandes furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz […] Ele não vai fazer nada procê.
- Jairo - É, não, isso é verdade aí.
- Cachoeira - Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho por Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz? E tudo via Policarpo. Agora, não é bom você falar isso com o Policarpo, não, sabe? Você tem que afastar dele e a barriga dele doer, sabe? Tem que ter a troca, ô Jairo. Nunca cobramos a troca.
- Jairo - Isso é verdade.
Cachoeira - E fala pra ele […]: eu ganho algum centavo seu, Policarpo? Não ganho. […] Nós temos de ter jornalista na mão, ô Jairo! Nós temos que ter jornalista. O Policarpo nunca vai ser nosso…
Jairo - É, não tem não, não tem não. Ele não tem mesmo não. Ele é foda!
Nesta quinta (26), os congressistas que representam o PT na CPI reuniram-se com a bancada de deputados do partido. Debateu-se no encontro a estratégia a ser seguida pelo petismo.
Concluiu-se o óbvio: no caso de ‘Veja’ e dos outros alvos do PT, a conversão dos desejos em prática depende da existência de provas –indícios pelo menos— que justifiquem a ação partidária na CPI.
Optou-se por priorizar a análise dos volumes e dos CDs colecionados pela Polícia Federal nas duas operações abertas contra Cachoeira e sua quadrilha: Vegas, concluída em 2009, e Monte Carlos, de 2012. Requisitados na quarta (25), os autos ainda não chegaram à CPI.
Também ficou decidido que o PT vai mover suas engrenagens para arrastar o procurador-geral da República Roberto Gurgel até o banco da CPI. Deseja-se constrangê-lo numa inquirição.
O partido de Lula acusa Gurgel de ter retardado deliberadamente a parte da investigação que envolveu Demóstenes Torres. O petismo escora a acusação num fato, do qual extrai ilações que levam à suspeição.
O fato: O inquérito da Operação Vegas, a primeira aberta contra Cachoeira, chegou à Procuradoria-Geral da República em 2009. Iniciada em Goiás, a investigação subiu a Brasília porque a voz de Demóstenes começou a soar nos grampos.
Gurgel tinha duas providências a adotar: ou considerava o inquérito frágil e o mandava ao arquivo ou enxergava consistência no papelório e requisitava a abertura de investigação contra Demóstenes no STF.
Não ocorreu nem uma coisa nem outra. O caso Vegas dormitou nas gavetas da Procuradoria por arrastados três anos. Gurgel só levou Demóstenes à grelha do Supremo no mês passado, quando o envolvimento do senador com Cachoeira já se encontrava pendurado nas manchetes.
As ilações: os petistas difundem a suspeita de que a inação de Gurgel atendeu a interesses alheios às suas atribuições de chefe do Ministério Público Federal. O céu é o limite das insinuações que fazem ferver o partido.
Oficialmente, Gurgel já informou que reteve a Operação Vegas à espera da conclusão da segunda operação da PF, a Monte Carlo. Munido de informações que dizem ter recolhido no governo, os petistas descrêem.
Sustentam que ocorreu o contrário: a segunda investigação teria sido aberta pela PF em reação ao engavetamento da primeira. Nessa versão, Gurgel só agiu depois que os grampos, vazados em catadupas, tornaram o pedido de providências ao STF incontornável.
O advogado Antonio Carlos de Almeida ‘Kakay’ Castro, defensor de Demóstenes, desenvolve um raciocínio que distancia Gurgel das teorias conspiratórias do PT. Avalia que o procurador-geral demorou a acordar para a Operação Vegas por “desorganização” do Ministério Público.
Kakay recorda que, quando já ecoavam no noticiário as escutas da Operação Monte Carlo, um repórter da TV Bandeirantes lhe telefonou para indagar sobre o inquérito Vegas. O advogado diz ter procurado Demóstenes, que declarou desconhecer a investigação. Dirigiu-se, então, à Procuradoria. Foi informado de que “não havia nada”.
Súbito, a informação de que a Operação Vegas acumulava pó na Procuradoria desde 2009 virou notícia. “No dia seguinte, o inquérito apareceu”, diz Kakay. Um detalhe o leva a atribuir o sumiço à “desorganização”: Gurgel não tinha razões para proteger Demóstenes. Ao contrário, o senador é desafeto do procurador-geral.
No ano passado, Gurgel mandara ao arquivo uma representação na qual senadores oposicionistas pediam que apurasse o enriquecimento do então ministro Antonio Palocci (Casa Civil), que multiplicara por cinco seu patrimônio prestando “consultorias”.
Um dos signatários da petição, Demóstenes chamara Gurgel de covarde. Dissera que o procurador-geral protegera Palocci de olho na recondução ao cargo de procurador-geral, que seria confirmada por Dilma Rousseff. Assim, sustenta Kakay, a acusação de que Gurgel sentou sobre o processo para beneficiar Demóstenes não faz nexo.
Seja como for, o PT acha que Gurgel deve explicações. Na quarta (25), durante a sessão inaugural da CPI, o senador Fernando Collor (PTB-AL) propôs que fosse votado um requerimento de convocação de Gurgel.
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) tentou convencer Collor a retirar o requerimento. Não que estivesse contra. Apenas achava que não era hora. Jilmar Tatto (SP), líder do PT, desaconselhou a votação. E o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), absteve-se de levar o requerimento a voto.
Antes de convocar, o PT deseja “convidar” Gurgel a comparecer à CPI. Se ele recusar o “convite”, será convocado. A bancada do governo congrega 65% dos votos da CPI. Imagina-se que os não-petistas também desejarão ouvir Gurgel. A ver.
Fonte:
Blog do Josias - 27/04/2012
Governador de Goiás Marconi Perillo pede a procurador que o investigue
Citado nos grampos, porém preservado pelo MP, governador
radicaliza na estratégia de defesa
Sob
suspeita nas investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o
governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), pediu ontem ao Ministério Público
que seja aberto um inquérito contra ele. O advogado de Perillo, Antônio Carlos
de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que seu cliente está sendo alvo de
vazamentos direcionados de escutas telefônicas feitas com autorização judicial.
...
E pediu que a investigação seja fiscalizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde governadores de Estado são julgados. "Lamentavelmente, para a imprensa são sempre vazados resumos distorcidos de diálogos, sem que o contexto das conversas seja explicitado para os nobres jornalistas. A imprensa e todo o País ficam na dependência da figura do tira hermeneuta, aquele policial que se dá o direito de fazer interpretações dos grampos conforme seu bel-prazer", afirmou ele, no pedido protocolado ontem na Procuradoria-Geral da República.
"Em meio a essa avalanche de escândalos e a essa triste tentativa de instrumentalizar o Estado a serviço de interesses escusos, de vazamentos criminosos de informações e dessa manipulação grotesca de informações, o requerente se posta serenamente e humildemente na condição de investigado, disposto a esclarecer tudo o que esteja a seu alcance e, assim, afastar toda e qualquer suspeita que paire sobre si", disse o advogado de Perillo.
Na análise que fez do inquérito até agora, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse não ter encontrado indícios suficientes para abrir uma investigação específica contra o governador de Goiás.
Provocação. Por intermédio de sua assessoria, o procurador afirmou que não precisa de provocação da defesa do governador para decidir se investigará ou não o suposto envolvimento de Perillo.
Gravações telefônicas realizadas pela PF no dia 10 de junho de 2011 flagraram o contador do empresário do jogo Carlinhos Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, informando ao chefe que estava enviando, por intermédio de assessores, uma caixa de computador "com aquele negócio" para ser entregue no Palácio das Esmeraldas, sede do Executivo local. O "negócio" mencionado na conversa seria dinheiro, conforme relatório da PF intitulado "Entrega de dinheiro no Palácio do Governo de Goiás".
No texto, os investigadores afirmam ser preciso cruzar as informações coletadas com os dados da movimentação financeira da quadrilha.
Por Felipe Recondo
E pediu que a investigação seja fiscalizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde governadores de Estado são julgados. "Lamentavelmente, para a imprensa são sempre vazados resumos distorcidos de diálogos, sem que o contexto das conversas seja explicitado para os nobres jornalistas. A imprensa e todo o País ficam na dependência da figura do tira hermeneuta, aquele policial que se dá o direito de fazer interpretações dos grampos conforme seu bel-prazer", afirmou ele, no pedido protocolado ontem na Procuradoria-Geral da República.
"Em meio a essa avalanche de escândalos e a essa triste tentativa de instrumentalizar o Estado a serviço de interesses escusos, de vazamentos criminosos de informações e dessa manipulação grotesca de informações, o requerente se posta serenamente e humildemente na condição de investigado, disposto a esclarecer tudo o que esteja a seu alcance e, assim, afastar toda e qualquer suspeita que paire sobre si", disse o advogado de Perillo.
Na análise que fez do inquérito até agora, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse não ter encontrado indícios suficientes para abrir uma investigação específica contra o governador de Goiás.
Provocação. Por intermédio de sua assessoria, o procurador afirmou que não precisa de provocação da defesa do governador para decidir se investigará ou não o suposto envolvimento de Perillo.
Gravações telefônicas realizadas pela PF no dia 10 de junho de 2011 flagraram o contador do empresário do jogo Carlinhos Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, informando ao chefe que estava enviando, por intermédio de assessores, uma caixa de computador "com aquele negócio" para ser entregue no Palácio das Esmeraldas, sede do Executivo local. O "negócio" mencionado na conversa seria dinheiro, conforme relatório da PF intitulado "Entrega de dinheiro no Palácio do Governo de Goiás".
No texto, os investigadores afirmam ser preciso cruzar as informações coletadas com os dados da movimentação financeira da quadrilha.
Por Felipe Recondo
Fonte:
Jornal O Estado de São Paulo - 27/04/2012
Homem envolvido no sequestro da filha de Luiz Estevão é preso novamente
Osmarinho Cardoso da
Silva Filho, 44 anos, conhecido pelo envolvimento no sequestro da filha do
ex-senador Luiz Estevão, foi preso por volta das 15h30 desta quinta-feira
(26/4) ao tentar realizar um saque com documentos falsos.
A tentativa de saque foi feita em uma agência do Banco do Brasil, no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN). De acordo com o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Rodrigo Bonach, a conta também foi aberta de forma clandestina. A policia encontrou no carro de Osmarinho, cheques e documentos falsos e várias máquinas da Cielo. Há suspeitas de que as máquinas serviam como chupa-cabras, utilizadas para clonagem de cartões.
Osmarinho cumpria prisão domiciliar em Taguatinga, foi preso em flagrante. Ele pode cumprir pena de dois a seis anos de reclusão pelo uso de documento falso.
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