quarta-feira, 18 de abril de 2012

Desabafo - Dep. Celina Leão

Em uma oposição quase que solitária enfrentei diariamente o desafio de desmascarar a farsa do ‘Novo Caminho’, tentaram me desmoralizar, me perseguiram e ameaçaram, mas não desisti. Vendo a cada semana o governo da minha cidade estampado nas capas de revistas e jornais de circulação nacional, com denúncias de corrupção, não me intimidei e protocolei denuncias nas instancias cabíveis. Agora a crise que envolve o governador Agnelo Queiroz tomou proporções insustentáveis, onde não apenas eu como oposicionista, mas toda a população do Distrito Federal quer que toda a verdade venha à tona, que a Justiça seja feita e a ordem reestabelecida. 
Desde que assumi o mandato parlamentar tenho denunciado o governo Agnelo Queiroz, e não fiz isto pelo simples fato de ser oposição, mas pela gravidade das denuncias que a mim chegavam continuadamente. Logo percebi que o governador eleito não tinha compromisso com os anseios populares e que tinha a ambição dos déspotas, onde tudo era permitido, desde que fosse feito em causa própria.  Busquei então utilizar os instrumentos que tinha ao meu alcance e percorri os caminhos da justiça. Nestes treze meses fiz peregrinação contínua no Ministério Público, Procuradoria Geral da República e Polícia Federal, levando as mais variadas denuncias que iam desde o descumprimento da constituição até a prevaricação e atos de corrupção, tudo documentado com farto material.
Vi e sofri a perseguição que aqui foi instalada pelo governo, contra a liberdade de expressão, conquista garantida na Constituição Federal. A cada voz que se levantava contra o governador imediatamente os tentáculos do poder iniciavam o processo de destruição do denunciante, numa espécie de vale tudo, como ameaças, corrupção, montagem de dossiês apócrifos, denuncias em delegacias sem consistência, escutas telefônicas sem autorização judicial, personagens mentirosos ávidos por dinheiro, compra de apoios políticos, e outros métodos tão conhecidos e usados pelo regime comunista, berço do 01 do Distrito Federal.  A declaração do chefe da Casa Militar, em defesa aos atos praticados em conjunto com o governador afirmando que “a ordem aqui é para levantarem informações sobre todas as pessoas, independentemente de quem sejam e que atentam contra a integridade do governador” demonstra e reafirma o regime policialesco e personalíssimo aos moldes do regime comunista que está sendo implantado pelo governador Agnelo na capital do país, centro das grandes decisões nacionais.
Esqueceram porem, que o povo ainda tem muito recente a lembrança dos desmandos da Ditadura Militar e não aceita qualquer outro regime de força, quer seja da direita ou da esquerda. 
A revista Veja traz à tona a tentativa de assassinato da democracia no Distrito Federal quando relata a violação de sigilos por ordem do governador. Alguns meses atrás foi denunciado um vídeo do  araponga, Coronel Rogério Leão, manuseando o ‘Guardião’, equipamento usado para grampear números telefônicos, à época ridiculamente justificado como equipamento de varredura e proteção ao poderoso governador, Agnelo Queiroz, ameaçado pela “imensa e perigosa” oposição de três mosqueteiras. Quando o conteúdo do famoso “Guardião” for conhecido pela população tenho certeza de que toda a nação se levantará em defesa da democracia brasileira.
A função para o qual Agnelo foi eleito, que é a de governar, administrar e melhorar a qualidade de vida do povo do Distrito Federal há muito ele esquecera, na corrida louca de se locupletar no poder.
Ontem, Brasília amanheceu vermelha de vergonha, ao ser conhecida nacionalmente como aparato de regime comunista, porque o governador que foi eleito pelo povo montava escondido do povo um aparato de repressão igual ao da ditadura militar.
Mais envergonhado ainda, o povo se sentiu ao assistir programa de TV onde com um sorriso cínico, sem olhar nos olhos do telespectador, balançando desordenadamente a cabeça, o governador Agnelo num ato insano disse que esta crise é de Goiás e do DEM, e que ele tem que continuar trabalhando para o Distrito Federal, Mais uma vez mentiu. Nunca trabalhou em favor do Distrito Federal e a crise tem nome, chama-se Agnelo Queiroz e boa parte de seu staff. O governador já teve que exonerar sim, inúmeros auxiliares importantes do seu governo atrelados à operação Monte Carlo, isso em pouco menos de 10% das escutas liberadas pela Polícia Federal.  Agnelo em ato de descontrole total, que beira as raias da loucura, teve ainda a coragem, a audácia de querer desqualificar o trabalho que foi feito pela valorosa Polícia Federal, que tem trabalhado continuadamente em defesa da pátria brasileira.  Na realidade é exigir demais, afinal quem está acostumado ao submundo não tem feeling para avaliar o comportamento de pessoas de bem.
 O Partido dos Trabalhadores (PT), no inicio deste ano, numa tentativa desesperada para impedir que os atos de Agnelo Queiroz pudessem atrapalhar as eleições municipais, que estão chegando, fez uma intervenção branca no governo do DF, trazendo gestores reconhecidos para iniciar o trabalho administrativo que o governador deveria ter feito e que não fez, desde 2011.
Esqueceram-se de que em caso de desequilíbrio o único caminho seria o da troca efetiva de comando, o que não foi feito, mas que agora deverá acontecer. Caída à máscara e levado ao conhecimento da população a gravidade dos fatos que estão acontecendo no governo do Distrito Federal, o PT só tem um caminho, o que a presidente Dilma escolheu tirar o apoio institucional, realinhar o partido e se justificar com o famoso “Não sabia” artifício muito usado para não ser responsabilizado pelos acontecimentos que vieram à tona.
Todos sabiam. Políticos comprometidos com a ética, jornalistas independentes e corajosos, que por vezes se arriscaram para publicar verdades. Os blogs e o twitter foram os valorosos combatentes que tivemos no Distrito Federal neste tempo todo. Fora daqui as noticias fervilhavam, o que chamou a atenção da mídia nacional, que teve importante papel na defesa da democracia e no combate à corrupção que aqui estava sendo perpetuada.
Estamos iniciando um longo caminho de recomeço, que passa pela limpeza, momento árduo e difícil, mas que teremos que enfrentar. Conclamamos todo o povo do Distrito Federal, independentemente de cor partidária, para juntos sairmos em defesa da imagem da capital do país, mudarmos os rumos que nortearam este governo, resgatar a Capital da Esperança das garras da corrupção e finalmente num brado de orgulho e confiança dizer: “Brasília, eu te amo!”.
Finalizo relembrando a atualíssima frase do filme Tropa de Elite: “01, pede para sair!”

Deputada distrital Celina Leão (PSD)

Comissão da Câmara discute no dia 24 caso de brasileiro morto na Austrália

Um mês depois do assassinato do brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, em Sydney, na Austrália, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara quer ouvir detalhes sobre as providências tomadas pelo governo do Brasil e as expectativas da família estudante – enterrado no último dia 15. A presidente da comissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), marcou para terça-feira (24/4) a discussão do caso.

Na reunião da próxima semana, serão ouvidos parentes de Curti, a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do Itamaraty, Maria Luiza Ribeiro, e a assessora internacional do Ministério da Educação Luciana Mancini, além de representantes do Ministério da Justiça.

No dia 18 de março, Curti foi morto em uma das ruas de Sydney durante uma operação policial. Segundo relatos, ele foi perseguido em uma por policiais, que desconfiaram que ele furtou biscoitos de uma loja de conveniência. O estudante foi imobilizado com armas elétricas e gás de pimenta. Na ocasião, a família de Curti reagiu, informando que houve discriminação e descaso.

Perpétua disse que na próxima terça-feira será discutido também o programa de Ciência sem Fronteiras, que pretende enviar para o exterior 100 mil pesquisadores brasileiros, em quatro anos. Uma das preocupações da comissão é garantir a preservação dos direitos e reguardar a proteção aos brasileiros que participarem do programa no exterior.

Deputada pede ao STJ prisão preventiva de Agnelo Queiroz

A deputada distrital Celina Leão (PSD) pediu ao Superior Tribunal de Justiça a decretação de prisão preventiva do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), por suposta intervenção nas investigações criminais contra ele, por meio do uso da máquina administrativa e do levantamento de informações para chantagear testemunhas.
O pedido foi encaminhado ao ministro César Asfor Rocha, relator do processo que investiga desvio de verbas no Ministério do Esporte, no período em que Agnelo era ministro.
Leão afirma que as investigações criminais "foram e podem continuar a ser deturpadas, em face da possível organização criminosa agindo no seio do governo do DF em prol dos interesses individuais do governador".
Ela sustenta que o governador estaria "apagando os vestígios da sua ação criminosa mediante levantamento clandestino de informações para chantagear testemunhas".
A deputada também cita a suposta utilização da máquina administrativa, por meio de abuso de poder de demitir e contratar servidores comissionados, bem como a liberação de vultuosas quantias para empresas ligadas a aliados políticos. "São fatos criminosos que devem ser reprimidos."
Leão lembra ainda que o portal eletrônico do governo do DF postou, no último dia 15, carta de apoio de 19 dos 24 deputados distritais.

Acusado de matar adolescente em hotel é condenado a 17 anos

O Tribunal do Júri de Ceilândia condenou, nesta segunda-feira (16/4), J.O.P., a 17 anos de reclusão pelo homicídio de uma adolescente cometido em um hotel de Ceilândia, em fevereiro do ano passado. Por vingança, a moça teria sido asfixiada com um fio de telefone celular. 

De acordo com a denúncia, "entre as 23h do dia 02 de fevereiro de 2011 e 00h14min do dia 03 de fevereiro de 2011, no Estoril Park Hotel (...), Ceilândia Norte/DF, o denunciado (...) asfixiou a adolescente R.E.M.S, causando a sua morte". Narra ainda a peça acusatória que "segundo apurado, o denunciado levou a vítima até um quarto do referido hotel, onde a asfixiou, valendo-se dentre outros instrumentos, de um fio de carregador de aparelho de telefone celular o qual foi passado em volta de seu pescoço, sendo que após matá-la evadiu-se do local". 

Para o Ministério Público, "o crime foi cometido por motivo torpe, o qual seja, vingança, visto que a vítima teria contado para seu companheiro (...) que teria tido relações sexuais com J.O.P., fazendo com que o denunciado passasse a ser mal visto pelos outros presos, sendo considerado como ?Pé de Pano?, ou seja, como aquele que pega mulher de malandro". 

A acusação apontou também a qualificadora de emprego de meio cruel, "qual seja, asfixia, visto que a vítima foi estrangulada até a morte". Outra qualificadora sustentada pelo MP foi a da prática do crime mediante dissimulação, pois o réu teria disfarçado o seu propósito homicida ao chamar a vítima para conversar e tomar bebidas alcoólicas em um bar, tendo ao final convidado-a para irem juntos ao hotel, onde a surpreendeu, estrangulando-a até a morte. 

Os jurados reconheceram as três qualificadoras e J.O.P., 20 anos, foi condenado por homicício triplamente qualificado (artigo 121, § 2º, inc. I, III e IV, do Código Penal). O réu respondeu ao processo preso e não terá direito de recorrer da sentença em liberdade. 
Nº do processo: 2011.03.1.003551-0

Cachoeira chega a Brasília e dividirá cela com mais 22 presos

O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde o dia 29 de fevereiro sob acusação de envolvimento com uma máfia de jogos ilegais e corrupção de autoridades, já está no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde dividirá cela com mais 22 presos.
Ele foi transferido da penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN) na manhã de hoje --ele veio em um voo comercial com escala em Fortaleza. O advogado que coordena sua defesa, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, está a caminho de Brasília.
Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, ele ficará no Centro de Detenção Provisória da Papuda, em uma área destinada a presos da Polícia Federal. Cachoeira ficará à disposição da Justiça por tempo indeterminado.
Segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), ele veio em um voo comercial de Fortaleza, escoltado por policiais federais. O trajeto de Mossoró à capital cearense foi feito de carro.
Investigações da PF, por meio das operações Vegas e Monte Carlo sobre jogos de azar, indicam o envolvimento de agentes públicos e privados com o empresário. Há suspeitas de que empresários e políticos receberam dinheiro de Cachoeira para promover tráfico de influência a fim de, entre outras ações, aprovar propostas, no Congresso, que beneficiasse o setor.
MOSSORÓ
No presídio de Mossoró, Cachoeira ficava 22 horas trancado em uma cela sozinho sem ver ninguém. Tinha direito a apenas duas horas de sol por dia e conversava com as visitas por meio de um interfone sem ter contato físico.
De acordo com familiares, ele emagreceu 16 kg, teve o cabelo raspado e está deprimido. Chegou a passar mal e precisou ser atendido por médicos.
Sua defesa alegou que Cachoeira não representa risco à sociedade para ficar detido em uma unidade de segurança máxima.
Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo. Segundo a investigação, o grupo de Cachoeira cometeu os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros, para sustentar uma máfia de jogos.
A Operação Monte Carlo envolve o nome de parlamentares, entre eles o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), um grupo de deputados e integrantes dos governos de Goiás e Distrito Federal. O Congresso protocolou ontem um pedido de CPI para investigar o caso.