quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sob nova gestão, 08 Restaurantes Comunitários fecham até dia 02-01-2012


Nova empresa vai instalar equipamentos e treinar novos funcionários.
Atendimento será normal em Sobradinho, Gama, Brazlândia e Itapoã.

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) assinou nesta segunda-feira (26) os contratos de gestão dos Restaurantes Comunitários de Samambaia, Recanto das Emas, Paranoá, São Sebastião, Santa Maria, Ceilândia, Estrutural e Planaltina.
Com a mudança na administração, eles vão ficar fechados a partir de quinta (29) e voltam a funcionar no dia 2 de janeiro. De acordo com a Sedest, esse prazo será dado para a empresa montar equipamentos e treinar funcionários.
Os contratos emergenciais dos restaurantes vencem na quarta (28), e a nova empresa foi contratada após licitação. O GDF estima que a contratação por meio de concorrência pública vai trazer uma economia de R$ 10 milhões por ano.
Os restaurantes de Sobradinho II, Gama, Brazlândia e Itapoã vão funcionar normalmente nesta semana, fechando apenas no sábado (31). De acordo com estimativa do GDF, cada unidade serve 3.500 refeições por dia.

Garoto do DF é internado em coma alcoólico durante véspera de Natal

De acordo com a família, menino recebeu, na rua, bebida de um conhecido.

Polícia diz que adultos de uma casa vizinha deram álcool ao garoto.

Paranoá, região a 25 quilômetros de Brasília. Segundo a família, o garoto foi encontrado bêbado após sair de casa para visitar uma vizinha, pouco antes da hora da ceia. No laudo médico do Hospital do Paranoá, o diagnóstico foi de coma alcoólico.
A mãe da criança, que preferiu não ser identificada, descreve o estado em que o menino chegou ao hospital. “Chegou desacordado, vomitou bastante. Ele estava bem grogue até a 1h [do domingo]. Teve que tomar muito soro para conseguir se recuperar”, contou.
Segundo a mãe, a bebida estaria com um conhecido do garoto, na rua, e não na casa da vizinha. O menino teria bebido escondido. “Ele confirmou que foi curiosidade”, disse a mãe.
A Polícia Militar tem outra versão. Ao sargento da PM, o menino teria contado no hospital que a bebida foi oferecida dentro da casa da vizinha por adultos que estavam na festa.
“De qualquer forma, na vizinha ou não, há responsabilidade de alguém. Se tiver sido na casa da vizinha, é responsabilidade da vizinha. Se ficar constado que ele bebeu na rua, a responsabilidade é da mãe”, informou o sargento Marcos Souto, da Polícia Militar.
O menino ainda está se recuperando e não corre risco de morte. A delegacia do Paranoá investiga o caso. “Oferecer bebida a menor de 18 anos é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Dá uma pena de até quatro anos de prisão”, informa a delegada Isabela Ribeiro.

Mulher é suspeita de matar filha recém-nascida com dez facadas

Após o crime, ela teria escondido corpo do bebê em um cesto de roupa suja.

Mulher confessou em depoimento que escondeu a gravidez, diz polícia.

Uma mulher, de 30 anos, é suspeita de matar a filha com dez facadas logo depois do parto. De acordo com a polícia, após o ataque de fúria, a mulher escondeu o corpo do bebê em um cesto de roupa suja. O crime ocorreu no Gama, região administrativa a 30 quilômetros do centro de Brasília. Segundo a polícia, ela confessou em depoimento que escondeu a gravidez da família e afirmou que não queria a criança, por isso teria cometido o crime.

A polícia informou que a mulher começou a sentir as contrações após a ceia de Natal, na madrugada deste domingo (25). Ela teria feito o parto sozinha em casa. O marido dela dormia no momento do assassinato.

A mulher só revelou o crime após ser levada para o Hospital Regional do Gama com um forte sangramento, cerca de oito horas após ter matado a filha. O marido dela contou que não suspeitou da gravidez porque a mulher sempre alegava que estava acima do peso.
A acusada está internada no hospital em observação. De acordo com a polícia, assim que ela tiver alta será encaminhada para o presídio feminino. Ela deve responder por infanticídio e pode pegar de 2 a 6 anos de prisão. A polícia informou que ela também vai responder por ocultação de cadáver.

Alagamentos causados por obra inacabada ameaçam casas no Engenho das Lajes

Os moradores do Engenho das Lajes, no Gama, continuam convivendo com os constantes alagamentos na região. Pelo menos cinco famílias tiveram que deixar as casas construídas ao redor da rodovia BR-060 para morar com parentes ou em locais emprestados por amigos e outras 10 estão ameaçadas. Elas sofrem com a obra inacabada da pista que liga Brasília a Goiânia (GO). A construção do viaduto começou há dois anos com a promessa de melhorias no tráfego da região, mas, em dezembro de 2010, as manilhas de escoamento de água foram fechadas com brita. E os donos dos imóveis ao redor delas começaram a sofrer as consequências. Em novembro deste ano, 25 famílias foram prejudicadas por uma forte chuva. Há exatos 30 dias, 80 pessoas fizeram uma manifestação para pedir providências.

O pedreiro Ivonilson Araújo Almeida, 43 anos, mora de favor há quase dois meses. A residência dele foi uma das mais afetadas. Pai de cinco filhos, ele saiu de casa em meados de novembro para morar, inicialmente, em uma igreja, localizada a cerca de um quilômetro de onde vivia. Agora, depende da caridade de amigos. “Estou aqui na casa do primo de um amigo. É tudo improvisado. Não tem água, luz, nada. Meus filhos tomam banho na casa de parentes. Está difícil. Graças a Deus, temos amigos”, disse. Ivonilson demorou 10 anos para juntar dinheiro e comprar seu imóvel. “Trabalhei muito. Não é fácil juntar recursos quando se ganha um salário mínimo (R$ 545) e tem cinco filhos. Mas consegui erguer minha casa. Tenho esperança de voltar”, afirmou.

Ele perdeu geladeira, cinco armários, eletrodomésticos, colchões, sofá e ainda terá que trocar o piso que descolou e rachou por causa da água acumulada. Quase todos os dias, Ivonilson ou um dos filhos vão até o local para resgatar algo que ficou para trás ou checar a situação da residência. “Desde abril, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) promete fazer o sistema de escoamento, mas até agora não vi nada. No início, pensamos que a obra seria boa para a comunidade, mas depois que fecharam o escoamento de água não temos mais sossego”, complementou.

Morador da região desde 1997, Lindomar Galeno Pereira, 39 anos, não consegue mais ter noites de sono tranquilas. “Pareço um peixe. Durmo praticamente de olhos abertos, com medo do que pode acontecer”, lamentou. Segundo Lindomar, que já é aposentado, todas as vezes que o céu fecha, ele levanta as mãos para o céu e começa a rezar. “Sei que não é culpa da natureza, mas peço para Deus mandar menos chuva.” Caso a situação não seja resolvida, os moradores ameaçam fazer nova manifestação e fechar a BR-060. “É a única forma de sermos vistos”, ressaltou Lindomar.

Reparos

As previsões do órgão responsável pelo término das construções não são nada animadoras. O Dnit informou que as obras do viaduto e a duplicação da BR-060 faziam parte de um convênio com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que não foi cumprido. Como o órgão não concluiu a reforma, o contrato foi suspenso e uma licitação, aberta para que o projeto seja finalizado. A assessoria de imprensa do Dnit não soube precisar quando todo o procedimento deve ser concluído, mas informou que não pode começar a construção de um bueiro em um período chuvoso. Ou seja, somente em março, os reparos devem começar a ser feitos.

O DER se exime da culpa. A assessoria de imprensa do órgão informou que o departamento foi apenas o executor da obra. “A obra do viaduto na BR-060 é de responsabilidade do Dnit, por tratar-se de uma rodovia federal”, diz nota encaminhada pelo DER. O certo é que os moradores não serão ressarcidos pelos prejuízos decorrentes da obra inacabada. 

Metro quadrado pode chegar a R$ 25 mil nas áreas mais nobres de Brasília

O valor dos imóveis em Brasília avançará em ritmo mais lento nos próximos anos, mas certamente chegará a 2022 bem mais caro do que é hoje. Os últimos terrenos livres do Plano Piloto, como as Quadras 500 do Sudoeste e o Setor Noroeste, deverão estar ocupados. Para morar no centro do Distrito Federal, os brasilienses terão de encarar preços ainda mais altos. A classe média estará espalhada por condomínios horizontais de luxo. Cidades como Samambaia, Gama e Ceilândia, além dos municípios do Entorno, abrigarão centenas de prédios residenciais e comerciais. Dessa forma, o local de trabalho estará mais perto das casas.

Em 10 anos, o cenário atual, de demanda aquecida e crédito imobiliário farto, não deve alterar tanto. Os governos continuarão a investir em programas habitacionais do estilo do Minha Casa, Minha Vida, o que ajudará a impulsionar o mercado voltado para as classes C e D, em constante ascensão. A infraestrutura urbana do DF precisará acompanhar o ritmo das empreiteiras. Haverá uma demanda cada vez maior por obras de transporte e de saneamento, e o crescimento populacional forçará a construção de mais escolas e hospitais, por exemplo.

Os empreendimentos residenciais apostarão em imóveis menores, seguindo a tendência de jovens solteiros saírem de casa mais cedo e de famílias com poucos filhos. Apartamentos de três ou mais quartos se restringirão ao mercado de luxo. Construtoras vão priorizar ainda mais os projetos que envolvam aspectos de segurança e lazer. O conceito de condomínios-clubes fortalecerá a ideia de que os moradores não precisam se deslocar para se divertir.

Com o Plano Piloto tombado, não há outra saída: para suprir o deficit habitacional e acompanhar o avanço demográfico, Brasília crescerá para todos os lados. Ainda há muito espaço a ser ocupado em Samambaia, em Ceilândia e no Gama. Ao longo da Via Interbairros, prometida para ligar o Setor Policial Sul à Samambaia, surgirão conjuntos habitacionais. As regiões de Sobradinho e de Planaltina não se desenvolverão no mesmo ritmo, por conta das áreas de proteção ambiental.

As asas Sul e Norte, o Sudoeste, o Noroeste, o Cruzeiro e a Área Octogonal Sul serão lugares disputadíssimos, mas insuficientes para atender a demanda das classes A e B. Como em outras regiões metropolitanas do país e do mundo, famílias de renda mais alta ocuparão condomínios horizontais regularizados, sobretudo na saída para Unaí (MG), pela DF-140. Com a frota de carros crescendo em números exponenciais, mais helicópteros sobrevoarão o céu de Brasília. Em terra, são esperados congestionamentos.

Valorização

Quem quiser permanecer no Plano Piloto terá de pagar o preço da “água no deserto”. Passou a fase das valorizações exorbitantes, mas o mercado não dá sinais de que, em 2022, os valores dos imóveis terão retraído. O presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Adalberto Valadão, acredita em avanço de crescimento na casa dos dois dígitos. “A nossa economia também vai crescer. O número absoluto pode assustar, mas é isso”, afirma.

Caso a previsão se confirme, o preço do metro quadrado pode alcançar R$ 25 mil em áreas mais nobres de Brasília. “Espanta, mas a gente vai se acostumando. Se 10 anos atrás falassem em metro quadrado a R$ 10 mil, ninguém acreditaria”, comenta o presidente do Sindicato da Habitação do DF (Secovi-DF), Carlos Hiram. “O que temos hoje no mercado imobiliário de Brasília é apenas o início de um processo, estamos engatinhando”, acrescenta.

A valorização dos imóveis é esperada pelo mercado e pelos investidores. A família do aposentado Flávio Carneiro, 55 anos, comprou apartamentos no Noroeste, de olho no futuro. “Em 2022, o bairro estará quase todo pronto e será modelo para o país”, aposta. Em 10 anos, ele pretende estar faturando com o aluguel ou com a venda dos bens. “Existe a hora de plantar e a de colher. Agora, estou plantando”, diz, usando a analogia bíblica.

O diretor da Associação Brasileira de Mercado Imobiliário
(Abmi), Pedro Fernandes, sustenta: “O preço dos imóveis em Brasília não vai cair, principalmente na região tombada.” Já a partir de 2012, completa ele, as cidades do DF se consolidarão ainda mais, por meio de um boom de empreendimentos comerciais. “As regiões administrativas vão acontecer sozinhas. Como em grandes centros urbanos, as pessoas farão questão de morar e de trabalhar em lugares próximos”, analisa.

A maior preocupação do mercado é em relação à infraestrutura urbana, considerada um gargalo. O presidente do Sindicato da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), Júlio Cesar Peres, se diz temeroso com o futuro. “Brasília precisará de uma continuidade de gestão, independentemente de quem esteja no poder”, defende, antes de comentar, ainda, o receio de que os entraves administrativos atrapalhem a aprovação de projetos. Em 2011, o problema atrasou mais de 900 empreendimentos.

Mercado amadurecido

Os mercados imobiliário e da construção civil na capital do país estarão, em 2022, concentrados nas mãos de poucos grupos. A atração de novas empresas, marca dos últimos anos, terá perdido força. “Gente que não é do ramo e fez parcerias para se dar bem não vai conseguir permanecer de pé. O mercado virou coisa de profissional e, em 10 anos, isso estará ainda mais acentuado”, prevê o presidente do Sinduscon-DF, Júlio Cesar Peres.

Como na Europa e nos Estados Unidos, avalia o presidente do Secovi-DF, Carlos Hiram, as imobiliárias se reunirão em redes. “O mercado estará mais maduro”, afirma. “Ou as empresas crescem e fazem parcerias, ou vão quebrar”, emenda Pedro Fernandes, diretor da ABMI. Para o presidente da Ademi-DF, as mudanças mais bruscas no mercado já aconteceram entre 2008 e 2011. “A tendência é que haja uma certa acomodação.” (DA)

Solução

A Via Interbairros tentará desafogar o trânsito na parte sul do DF. A nova pista será construída paralelamente à Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e à Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Custará cerca de R$ 500 milhões, dinheiro de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da venda de terrenos às margens da via.

''Espanta, mas a gente vai se acostumando.
Se 10 anos atrás falassem em metro quadrado a R$ 10 mil, ninguém acreditaria'', Carlos Hiram, presidente do Sindicato da Habitação do DF