quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Alunos da UnB ganham destaque em maratona nacional de engenharia

Dois estudantes da Universidade de Brasília (UnB) provaram que, mesmo longe do litoral, é possível vencer os desafios encontrados nas plataformas de exploração de petróleo e gás natural. No último dia 6, os alunos do curso de engenharia mecânica Paulo Marçal e Rafael Simões, ambos com 21 anos, saíram vitoriosos da Maratona Nacional Chemtech de Engenharia, que testou a habilidade dos participantes na área. Os brasilienses superaram 240 alunos de 24 instituições acadêmicas do país e colocaram o nome da UnB pela primeira vez no pódio.

Durante quatro meses de competição, os participantes operaram o software Oil and Gas Manager (OGM), um simulador de plataformas de petróleo usado por grandes empresas petrolíferas americanas. O treinamento foi dividido em cinco módulos, compostos de exercícios on-line. À medida que os alunos entregavam os trabalhos, o desempenho de cada um era avaliado por técnicos da empresa. Dos 10 estudantes da UnB que ingressaram na maratona, Paulo e Rafael, ambos moradores da Asa Norte, tiveram as melhores notas em todas as fases, o que lhes rendeu um lugar entre os finalistas do concurso.

Para participar das últimas etapas da maratona, no entanto, os estudantes precisaram viajar mais de mil quilômetros até o Rio de Janeiro, onde a disputa aconteceu em meio à Offshore Technology Conference, uma das maiores feiras mundiais do setor. “Passamos por duas provas, a semifinal e a final. Uma delas durou duas horas e a outra, três”, detalhou Rafael. Segundo ele, o desafio foi construir soluções para diminuir a emissão de gás carbônico (CO2) e o gasto de energia em duas plataformas de extração de petróleo e gás em alto-mar.

Ainda como parte integrante da etapa final da disputa, Paulo e Rafael seguiram para uma apresentação oral, quando tiveram de vencer a timidez e o nervosismo. Dentro de um prazo de 10 minutos, eles precisaram expor as ideias criadas, em inglês, para uma banca de jurados. “Foi feito um sorteio entre os grupos e acabamos sendo o primeiro grupo a apresentar. Por isso, não deu muito tempo para organizar o que iríamos falar”, contou Paulo. “No início, não estávamos confiantes, mas mantivemos a calma e isso nos ajudou.” Entre os avaliadores da dupla estavam técnicos da Chemtech, especialistas da Fundação Getulio Vargas (FGV), gestores da Secretaria de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro e desenvolvedores do software Oil and Gas Manager (OGM) vindos de Huston, nos Estados Unidos.

A dedicação e a interação entre os dois jovens facilitou o trabalho. “Passávamos dias fazendo os exercícios e, algumas vezes, as madrugadas. As atividades iniciais eram individuais, mas trocávamos experiências frequentemente. Do conteúdo à formatação de texto, tudo a gente discutia. Os integrantes de outros grupos, muitas vezes, nem sequer se conheciam”, pontuou Paulo. Rafael acrescenta que a experiência abriu portas para ambos. “Apesar de não estudarmos nada específico na área de petróleo durante o nosso curso, a participação na maratona nos fez ver que é nessa área que queremos nos profissionalizar”, completou.

Mercado
Além de entrar em contato com ferramentas e softwares profissionais, os participantes da maratona têm a oportunidade de ser absorvidos pelo mercado de trabalho. É o que explica a líder de RH da Universidade Corporativa Chemtech, Lilian Cidreira da Costa: “As universidades nos ajudam a trazer grandes talentos para a empresa. Também podemos contribuir com os desenvolvimento dos alunos. Durante a fase do curso on-line, capacitamos mais de 200 estudantes por ano, período no qual se destacam 20 deles, que participam da grande final. Dessa forma, a maratona acaba sendo uma forma de recrutamento para a Chemtech. Até 2010, já contratamos mais de 60 alunos como estagiários”.

O professor Eugênio Fortaleza, do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB, sempre confiou no potencial de Paulo e Rafael. Foi ele quem sugeriu à dupla que participasse da maratona.

“Além de professor orientador da etapa disputada pela UnB, coincidentemente, sou o orientador de iniciação científica desses dois alunos e trabalhamos com temas correlatos à exploração de petróleo”, conta.

Embora a UnB ainda esteja nos primeiros passos nesse setor, a instituição está em processo de negociação de projetos com empresas da área. “Queremos passar a ser um ator dessa economia e gerar energia, além de agregar valor. Nosso objetivo é prestar serviço à sociedade e à indústria dessa área que enfrenta grandes desafios e precisa da solução desses desafios. O mercado de petróleo tem muita oportunidade, mas também é muito exigente”, acrescenta Fortaleza.

Como prêmio, cada um dos estudantes ganhou, além de troféus, um iPad. O projeto de iniciação científica dos alunos, que estão no 8º semestre, está ligado à extração de petróleo e gás. Rafael estuda o bombeamento de reservatórios subterrâneos, e Paulo, estruturas para plataformas em alto-mar.

Conheça
A Chemtech, empresa organizadora da maratona, que se realiza desde 2004, é uma das maiores consultorias do país na área de petróleo e gás. Oferece serviços de engenharia, controle e automação, tecnologia da informação (TI) e desenvolvimento de softwares. Com sede no Rio de Janeiro, a empresa está presente em outras seis cidades — Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Vitória, Porto Alegre e Natal. Conta 1,3 mil funcionários e desenvolveu, aproximadamente, 1,7 mil projetos nos últimos três anos.

Pais têm várias opções para presentear a garotada com muita diversão no DF

Não há desculpa para deixar os pequenos em casa neste feriado do Dia das Crianças e de Nossa Senhora Aparecida. Os pais têm várias opções para presentear a garotada com muita diversão e lazer em várias regiões do DF. As opções vão desde passeios até programação de cinema voltada para os pequenos. O Conjunto Nacional realiza uma série de atividades baseadas no filme Rio, do brasileiro Carlos Saldanha. As crianças poderão brincar com simuladores de surfe e voo livre, cujos cenários lembram cenas da animação. Games, cineminha, oficinas e outras brincadeiras também estarão disponíveis. Para participar, basta trocar notas fiscais no valor de R$ 50 no balcão do evento. De 10h às 22h.

O zoológico de Brasília também está pronto para receber a criançada neste feriado. Oficinas de pegadas de animais e pintura de rosto, perna-de-pau, mímicas e show de palhaços são algumas das atividades planejadas pela equipe. A diversão não é só para as crianças. Os pais poderão ver uma exposição de carros antigos e motos. O zoo funcionará normalmente das 9h às 17h. O ingresso custa R$ 2. Crianças com até 10 anos e adultos maiores de 60 anos não pagam.

A Caixa Cultural apresenta o programa Gente Arteira, que conta com oficinas de artes cênicas, desenho, música e escultura para crianças e adolescentes. A programação é gratuita e com vagas limitadas, das 9h às 17h. O espetáculo Rabisco, um cachorro perfeito será exibido no Teatro da Caixa. A peça conta a história de um cãozinho que é abandonado por seu criador após sair do papel e ganhar vida. Rabisco passa por várias aventuras até receber carinho de um morador de rua, que o acolhe. As sessões são às 15h e às 17.

O Pátio Brasil promove um show de mágicas para a garotada, com o mágico Steiner, às 16h30. Além da apresentação, as crianças que estiverem no shopping ganharão pirulitos e balões. O restaurante Fulô do Sertão também preparou brincadeiras para a molecada. As crianças terão prato exclusivo, além de castelo inflável, pula-pula e outras brincadeiras. Das 10h às 16h.

No Brasília Shopping o dia das crianças será com a Galinha Pintadinha. A garotada pode contar com oficinas de desenho e pintura, vídeos da personagem e a própria Galinha Pintadinha, que estará no local para tirar fotos com a criançada. De 12h às 20h.

O espetáculo Biliri e o Pote Vazio, em cartaz no CCBB, exibe uma sessão especial, às 16h. Na peça, o Imperador de um reino, sem herdeiros, lança um desafio às crianças: dá uma semente para cada uma e ordena que cuidem dela com total dedicação. A criança mais esforçada seria a herdeira do trono. Biliri cuida de sua semente com muito carinho, mas ela não germina. O garoto leva o vaso vazio ao Imperador e, para a surpresa de todos, vence o desafio, cuja finalidade era testar a honestidade dos participantes.

Para quem curte O Nicolândia Center Park abre as portas mais cedo, às 9h. Há opções para todos os gostos. Além dos atrativos radicais, o parque dispõe também de inúmeros brinquedos familiares, ideais para a diversão dos pequeninos, como tapete mágico, roda gigante, carrosel e carrinhos com os personagens da Disney. Ao todo, são mais de 40 atrações. O bilhete por brinquedo custa R$5. O parque fecha as portas às 21h.

Soltos dois presos na Operação Regin, demais devem sair no fim de semana

A prisão temporária do consultor financeiro da Cooperativa dos Profissionais do Transporte Alternativo do Gama/DF (Coopatag), Adevandro Pereira da Silva, preso na semana passada com o diretor da cooperativa Josenildo Batista da Silva e José Estelito Lopes, também dirigente da entidade venceu nessa terça-feira (11/10), à meia-noite. Como a polícia não pediu a prorrogação, eles foram libertados. Os demais presos devem ser soltos no fim de semana. O delegado da Decap André Fonseca não contou os detalhes do depoimento de Júlio Urnau e Adevandro. Ontem, representantes de uma outra cooperativa, de nome não divulgado, procuraram a polícia para denunciar novos esquemas de propina. O advogado Délio Lins, defensor de Júlio Urnau, nega participação do cliente no suposto esquema e diz que o ex-secretário quer colaborar com as investigações.

O ex-secretário-adjunto de Transportes Júlio Luís Urnau foi preso ontem. Ele estava foragido desde a última sexta-feira, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Regin, que investiga esquema de suposto pagamento de propina a ex-gestores da pasta para beneficiar uma cooperativa, entre 2008 e 2009. Urnau se apresentou por volta das 14h na Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Estava acompanhado de advogados. Caso não se entregasse, o ex-secretário teria a prisão preventiva pedida pela polícia. Às 17h30, ele chegou à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), ao lado do Parque da Cidade, onde deve permanecer por pelo menos cinco dias. Urnau não falou com a imprensa. 

O ex-assessor especial do GDF José Geraldo de Oliveira Melo também tinha mandado de prisão expedido contra ele e se entregou na manhã da última segunda-feira. Ele e Urnau são acusados de concussão (extorsão praticada por funcionários públicos). Júlio Urnau deixou a Decap acompanhado de Adevandro

PropinaDe acordo com os investigadores da Decap, entre 2008 e 2009, os gestores da Secretaria de Transportes do DF, incluindo Urnau, teriam exigido R$ 800 mil para que a Coopatag pudesse operar o sistema de transporte coletivo no Distrito Federal. Destes, R$ 300 mil teriam ido para o ex-governador José Roberto Arruda, R$ 300 mil para o ex-secretário de Transportes Alberto Fraga e o restante, dividido entre Júlio Urnau e José Geraldo de Oliveira Melo. Todos negaram as acusações. Segundo os advogados de Arruda, as acusações partem de integrantes da chamada máfia das vans, que atuou no DF antes de 2007. 

Conforme a polícia, ainda em 2008, a Secretaria de Transportes teria instaurado uma sindicância fraudulenta, uma vez que, segundo os depoimentos, já era direcionada e tinha uma conclusão pré-definida: a cassação de um lote da Cooperativa Brasiliense de Transportes Autônomos, Escolares, Turismo e Especiais do DF (Coobrataete), que atua na região do Paranoá e havia ganhado a licitação. A ideia era permitir o ingresso da Coopatag no sistema. 

Os R$ 2 milhões depositados pela Coobrataete no fundo de transportes foram transferidos para a Coopatag. Os depoimentos na Decap apontam que isso só foi possível graças ao pagamento de propina ao então secretário de Transporte do DF e também delegado de polícia, Paulo César Barongino, e ao secretário-adjunto da pasta José Geraldo de Oliveira. No último dia 26, entretanto, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) anulou o ato e os créditos voltaram para a Cobrataete, que também está sob investigação.

MandadosDurante a Operação Regin, os policiais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em cidades como Santa Maria, Gama, Paranoá, Recanto das Emas, Guará, Taguatinga, Núcleo Bandeirante e Cruzeiro. Entre os endereços estavam os imóveis dos acusados e a Coopatag, no Gama. Computadores, pen drives e documentos contendo informações sobre o suposto esquema foram recolhidos pela equipe e levados para a Decap, onde passaram por perícia.

Sem negociação, bancários prometem ampliar greve

Em greve por tempo indeterminado desde o dia 27 de setembro, os bancários reivindicam reajuste de 12,8% nos salários

O número de agências bancárias fechadas em todo o país já ultrapassou 9 mil. Segundo balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), 9.090 unidades não funcionaram nesta segunda-feira, 139 a mais em relação a sexta-feira.
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf, pode ampliar o movimento caso a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresente uma nova proposta. A Fenaban é o braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) dedicado às negociações trabalhistas.
Os grevistas voltaram a cobrar resposta sobre a carta enviada no último dia 4 à Fenaban. Os sindicatos pedem a retomada do diálogo com as instituições financeiras e repudiam o silêncio dos bancos, que não apresentaram novas propostas desde o início da paralisação, em 27 de setembro.
Em greve por tempo indeterminado desde o dia 27 de setembro, os bancários reivindicam reajuste de 12,8% nos salários, o que representa 5% de aumento acima da inflação. A categoria também pede aumento nas contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes e fim de metas abusivas impostas pelos bancos. A Fenaban ofereceu reajuste de 8%, 0,56% superior à inflação, e participação nos lucros e resultados.
Os representantes dos bancos informaram que estão abertos ao diálogo. A Fenaban, no entanto, alegou que só retomará as negociações se houver garantias de que as contrapropostas não serão rejeitadas sem análise pelos sindicatos.
A greve da categoria já é a maior nos últimos 20 anos, superando o pico de 2010, quando os bancários pararam 8.278 agências em todo país. Só na região metropolitana de São Paulo, a greve paralisa 812 locais de trabalho, sendo 16 prédios administrativos de banco, abrangendo 25 mil trabalhadores, de acordo com dados do Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região.

Greve dos Correios: carteiros acatam decisão da Justiça e retornam na quinta

“Foi um movimento que nós trabalhadores nos orgulhamos. Agora, acataremos a Justiça de cabeça erguida, com o sentimento de missão cumprida. Por outro lado, a empresa não conseguiu impor todas as suas vontades”, ponderou Divisa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas dos Correios de São Paulo.


No início da noite de hoje (11), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou a greve dos servidores das empresas dos Correios, que cruzaram os braços há 28 dias, como não abusiva e determinou que a empresa conceda aumento salarial real de R$ 80 a partir deste mês e a reposição da inflação de 6,87%.

No entanto, os ministros do TST determinaram que os trabalhadores compensam os 21 dias de paralisação, aos sábados e domingos, e que outros sete dias sejam descontados dos pagamentos dos trabalhadores.
A decisão decreta o fim da greve e determina o retorno imediato ao trabalho, na quinta-feira 913), já que quarta (12) é feriado.
José Rivaldo, secretário-geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), reforçou a posição dos funcionários, que respeitarão a decisão.
O valor do aumento real estipulado pelo TST é o mesmo acordado na terça-feira (4) entre representantes do sindicato e da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), durante sessão no TST. As partes haviam concordado que seis dias de greve seriam descontados dos vencimentos e que os carteiros deveriam trabalhar durante fins de semana e feriados para entregar as cartas acumuladas. Mas, os trabalhadores rejeitaram, em assembléias, a proposta de acordo.
Para o ministro Maurício Godinho, relator do julgamento da greve, o movimento não é abusivo e respeita princípios que não prejudicam a ECT. O ministro propôs, inicialmente, que as ausências não fossem descontadas na folha de pagamento, e compensadas em esquema de plantão.
Já o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, defendeu o desconto de todos os dias parados. Ele defendeu a jurisprudência de que a legislação determina que a empresa não tem obrigação de pagar pelos dias em que os serviços não foram prestados, pois a greve implica em uma quebra de contrato entre empresa e trabalhadores.