domingo, 24 de julho de 2011

Joaquim Roriz tem mais desgaste que prestígio

Os defensores da candidatura de Joaquim Roriz (PSL) a prefeito de Luziânia avaliam o bônus de ter um ex-governador na política local, mas não calculam o ônus que a presença de Roriz representa para qualquer grupo político. Esquecem, por exemplo, que Roriz renunciou ao mandato de senador em 2007, para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética que poderia cassar seu mandato e torná-lo inelegível até 2022. No ano passado renunciou de novo, dessa vez da candidatura a governador do DF, para não ser pego pela Lei da Ficha Limpa. E ele ainda está sujeito a impedimentos futuros, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral definiu que políticos que renunciaram ao mandato para escapar de cassação ficariam impedidos de se candidatar pelos próximos oito anos. Além disso, o Ministério Público do DF denunciou o ex-governador como chefe de um esquema de corrupção no Banco de Brasília (BRB). Há quem diga que Roriz pretende voltar a ter cargo eletivo justamente para ter foro privilegiado no julgamento desses processos. Roriz vem para o Entorno com todo seu desgaste. Politicamente, a avaliação que se faz é que Roriz poderia impedir o crescimento do PT no Entorno, que estaria minando o poder do governador Marconi Perillo (PSDB) na região. Mas ele foi derrotado pelo PT na última eleição e a população do Entorno, e especialmente de Luziânia, que sofre uma influência grande de Brasília, acompanhou a recente trajetória de Roriz.

Marconi Perillo ofereceu o PSDB para Roriz disputar a eleição e o prefeito de Luziânia, Célio Silveira (PSDB), apoia a ideia. O vice-prefeito, Eliseu Melo (PMDB), que até então era o candidato de Célio Silveira, afirma que Roriz só será candidato se se filiar ao PSDB. “Roriz já conversou com Fernando Henrique Cardoso para que o ex-presidente esteja presente na filiação”, conta Eliseu Melo, que aceita ser vice de novo. Roriz, caso não saia candidato, teria se comprometido a apoiar a candidatura de Eliseu a prefeito. Segundo o vice-prefeito, Roriz em mais prestígio que desgaste.

Winehouse teria comprado diversas drogas na véspera de morte, diz jornal

O jornal inglês Mail Daily divulgou neste domingo (24/7) que a cantora britânica Amy Winehouse comprou drogas na noite de sexta-feira. Ela teria comprado cocaína, ecstasy e ketamina (analgésico de uso veterinário) de um traficante em Camden. No entanto, a informação não foi confirmada. A polícia inglesa considerou as especulações sobre a morte “inadequadas” e pediu respeito à família e aos amigos da vítima.

Hoje, a família da artista divulgou uma nota lamentando a morte da cantora. "Ela deixa uma lacuna em nossas vidas", diz o texto, que se refere a Amy como "sobrinha, irmã e filha maravilhosa”. “Estamos nos reunindo para nos lembrar dela e gostaríamos de privacidade e espaço neste momento terrível”, diz o comunicado.

Durante toda a manhã, fãs emocionados acenderam velas e depositaram flores e até garrafas de bebida em frente à casa da cantora, em Londres.

Milhares de 'indignados' atravessam Espanha a pé para protestar em Madri

 MADRID - A pé, sob sol forte, carregando durante dias carrinhos com bagagens, milhares de "indignados" atravessaram a Espanha para uma nova manifestação contra o desemprego e a crise econômica neste domingo, em Madri.

"A princípio não sabíamos o que iria acontecer. Na segunda cidade vimos que a ideia era genial", conta José, um estudante de cinema de 19 anos que saiu de Valência, sudeste do país, no dia 20 de junho.

"As pessoas queriam fazer parte do movimento. Davam tudo o que podiam como colaboração", revelou com entusiasmo.

No mesmo grupo, Raquel, uma manifestante de 29 anos que ficou desempregada exatamente uma semana antes da saída dos manifestantes, lembra que "em outra parada, quatro avós fizeram um gaspacho" e que "comemos com a prefeita".

"Foi muito emocionante, nos recebiam com bandas de música", disse Miguel Angel Ruiz Gallego, que saiu de Málaga no dia 25 de junho levando em sua pequena carroça "água, bebidas e medicamentos".

"Tinha vezes que dormíamos em barracas, nos parques ou praças, outras em ginásios, já que pela lei, os municípios têm a obrigação de abri-los", explicou.

O operário de 33 anos, que calça sandálias destruídas por 600 km de caminhada, explica que fizeram "caminhadas de 12 a 42 km". "Foi muito difícil, pelo calor, chegou a fazer 42° num dos dias de estrada. Eu não pensava que iria chegar, e cheguei".

No sábado, as seis colunas vindas de toda Espanha chegaram à praça da Puerta del Sol, epicentro do movimento dos "indignados" que denuncia o desemprego recorde (21,29%), dos jovens principalmente (45,4%), os excessos do liberalismo e a "corrupção" dos políticos.

Simbolicamente, voltaram a tomar a praça madrilena no final de semana, ocupada durante quase um mês, de 17 de maio a 12 de junho, por manifestantes acampados que fizeram da praça o coração do movimento.

Na noite de domingo, reforçados pelos moradores de Madri e por outros manifestantes que chegaram à capital de ônibus, os andarilhos desfilaram pelo centro da capital, da estação de Atocha até a Puerta del Sol.

"Por esta crise não pagamos", gritaram os manifestantes na Puerta del Sol, antes de seguir para o Parlamento, que foi isolado pelas forças policiais.

O último grande dia de mobilização de "indignados", no dia 19 de junho, reuniu mais de 200 mil pessoas em todas as cidades da Espanha.

O movimento dos "indignados" começou em meados de maio com um agravamento da crise e das consequências sociais, reuniu jovens, desempregados e aposentados e recebeu o apoio da opinião pública, se espalhando por todo o país.

"Havia gente de todas as idades, dos 10 anos até os 67 anos. Tinha um pai com o filho que estão quase sendo despejados de casa por terem que escolher entre comer ou pagar a hipoteca", relata Héctor, de 33 anos, que foi de Valência à Madri e aromou sua barraca no gramado do Paseo del Prado esperando a hora da manifestação.

O despejo de proprietários endividados, uma das consequências mais explicitas da crise, se tornou uma das causas mais comuns dos "indignados" que agora costumam se reunir para evitar que essas famílias fiquem desabrigadas.

"Estava cansado de ver as pessoas se queixando de não conseguirem chegar no fim do mês", afirma Ruben Rodenas Moran, desempregado de 26 anos. "Fui nas assembleias e me apaixonei pelo movimento", e decidiu "desligar a TV, ir às ruas e protestar".

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Acusado de matar taxista é preso e confessa crime para comprar drogas

A polícia prendeu nesta quinta-feira (21/7) o acusado de assassinar o taxista Sebastião Pereira Chagas, 63 anos, na noite do último sábado (16/7) durante um assalto. Após denuncias anônimas e com a descrição física do autor do crime feita por testemunhas, Thiago Castro de Moraes, 27, foi encontrado na casa de um tio em Valparaíso. Fingindo ser passageiro, Thiago entrou no táxi de Sebastião no Aeroporto JK e anunciou o assalto no Lago Sul, onde também cometeu o homicídio.

Segundo o delegado Adval de Matos, chefe da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), Thiago não reagiu à prisão e confessou o crime. "Chegamos até o acusado a partir de suas descrições físicas e após encontrarmos o carro, incendiado e abandonado, em Valparaíso", contou. Ainda de acordo com o titular, Thiago apenas abandonou o carro, que em seguida foi saqueado e queimado. "Ele (Thiago) contou que usou os R$ 1.000 roubados em drogas", completou.

Na delegacia, Thiago confessou à imprensa ter atirado em Sebastião, mas negou ter tido a intenção de matá-lo. Ele contou ainda que o tiro só aconteceu porque o taxista reagiu ao assalto com uma faca. " Eu queria apenas pegar o dinheiro para comprar drogas e que não pretendia ficar com o carro ou agredir a vítima", disse. Segundo o delegado, o crime não foi premeditado. "Ele escolheu o taxista mais velho para assaltar", afirmou o titular.

Um taxista do mesmo ponto em que Sebastião trabalhava reconheceu o acusado como autor de um roubo a outro táxi no ano passado. De acordo com o delegado, Thiago de Moraes já tinha passagens pela polícia por furto e estelionato.
Crime
Sebastião foi morto com um único tiro no pescoço durante uma tentativa de assalto na noite de sábado (16/7), por volta das 22h. O assaltante entrou no táxi como se fosse um cliente. Quando chegaram à QL 2 do Lago Sul, o motorista teria reagido ao assalto e foi baleado.

Conforme depoimentos de testemunhas, o carro ziguezagueou pela pista, o que pode indicar que houve luta corporal entre Sebastião e o assassino. Testemunhas disseram também que a vítima tentou retornar com o carro, mas não conseguiu. O criminoso deixou o corpo do taxista na rua e fugiu do local dirigindo o carro.

Imagens da movimentação no aeroporto cedidas pela Infraero mostram um homem entrando no táxi (placa JIG-1697) pela porta de trás com uma bolsa em mãos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

MPF move ação contra pedágio na BR-324

Imperfeições no pavimento, buracos no acostamento e na rodovia, canais de drenagem obstruídos com lixo, passarelas sem coberturas e meio fio deteriorado. Problemas como esses na BR-324, que deveriam ter sido sanados com a realização de trabalhos iniciais antes da cobrança do pedágio, levaram o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) a ingressar com uma ação civil pública contra a Concessionária Viabahia e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A ação foi ajuizada na Justiça Federal em Feira de Santana no último dia 7. O MPF pede que a Justiça Federal conceda liminar determinando que a concessionária conclua as obras previstas para os trabalhos inicias, conforme estipulado no contrato de concessão, no prazo máximo de 30 dias, sob pena de fixação de multa diária de 50 mil reais ou a suspensão da cobrança do pedágio até a conclusão dos trabalhos.

Os trabalhos iniciais – obras e serviços emergenciais nas pistas e demais elementos do Sistema Rodoviário – estão previstos no contrato de concessão da rodovia, celebrado entre a União e a Viabahia em setembro de 2009. De acordo com o contrato, a tarifa de pedágio somente poderia ser cobrada em todas as praças de pedágio após a conclusão desses trabalhos no Sistema Rodoviário, condicionada à aceitação e autorização de início de cobrança pela ANTT.

O MPF concluiu que, embora a ANTT tenha aprovado os trabalhos iniciais e autorizado a cobrança do pedágio, as irregularidades evidenciadas pela perícia técnica demonstraram o não cumprimento contratual da concessionária.

Perícias – A ação baseia-se em uma perícia realizada pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e em um relatório de vistoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que apontaram uma série de problemas na BR-324, boa parte deles também noticiados pela imprensa local e por usuários da rodovia. A perícia técnica do MPF foi realizada entre os dias 20 e 23 de setembro do ano passado, 30 dias após a última vistoria realizada pela ANTT que antecedeu a autorização para o início da arrecadação na Praça de Pedágio P2, localizada nas imediações do município de Amélia Rodrigues (BA).

Em vistoria realizada em 1º de junho último, a pedido do MPF, a PRF confirmou a existência de diversas imperfeições no pavimento, além de presença de defensas danificadas, passarelas sem cobertura e vegetação invadindo o acostamento, entre outras irregularidades.

Já o laudo pericial do MPF identificou que alguns serviços não atingiram parâmetros de desempenho mínimos, previstos para o recebimento dos trabalhos iniciais. Segundo o documento, em virtude de ausência de balança rodoviária, diversos veículos transitavam com possível excesso de peso, ocasionando deterioração da pavimentação, além disso foram observados pontos críticos na rodovia, que potencializavam riscos de colisões frontais severas.

As procuradoras que assinam a ação – Melina Castro Montoya Flores e Vanessa Gomes Previtera – afirmam que a etapa dos trabalhos iniciais prevista no contrato de concessão não poderia ter sido aprovada pela ANTT, com a consequente liberação para a cobrança do pedágio pela Viabahia. "É forçoso reconhecer que a ANTT agiu com evidente desapego técnico, falta de cuidado mínimo ou mesmo precipitação ao receber os trabalhos iniciais contratualmente exigidos para dar início à cobrança de pedágio, tendo em vista as múltiplas falhas contrapostas e evidenciadas por perito do MPF, alguns dias após a vistoria estatal", afirmam na ação.

Número da ação para consulta processual: 0006049-88.2011.4.01.3304 (Subseção Judiciária de Feira de Santana).