sábado, 15 de janeiro de 2011

Ao todo, eram 22 mil comissionados

Do Correio Braziliense: Levantamento feito pelo Governo do Distrito Federal revela que o número de pessoas lotadas nos órgãos públicos locais era maior do que o esperado. No primeiro dia deste mês, foi anunciada a exoneração de todos os ocupantes de cargos comissionados, estimados em 18,5 mil servidores. Entretanto, estudo técnico realizado mostrou que, em alguns casos, uma mesma vaga era dividida em até outras cinco. Com isso, o total de pessoas exoneradas na prática foi de 22 mil. O limite para novas contratações será 50%. Segundo o governo, a reposição do quadro será lenta e a prioridade são os serviços de atendimento ao público.
Segundo a Secretaria de Comunicação do GDF, a subdivisão de cargos não é ilegal. A prática serve como uma manobra para ofertar mais empregos do que o previsto. Em um caso, por exemplo, a função com remuneração prevista de R$ 5 mil foi repartida em cinco vagas de R$ 1 mil. O esquema de multiplicação de cargos era um dos motivos do inchaço nos órgãos públicos. Para organizar a nova estrutura de comissionados, o governo formou um grupo de trabalho. A expectativa é que em até 60 dias saia o resultado de um estudo sobre concursos públicos e contratação de empresas prestadoras de serviço para funções que não são de chefia.
Segundo o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), os setores que tratam diretamente com a sociedade deverão ser formados por servidores de carreira ou terceirizados. Os cargos em comissão serão destinados apenas aos coordenadores e diretores. Enquanto as contratações não são feitas, o governo irá nomear os comissionados para áreas mais prejudicadas com as exonerações. Serviços como os dos postos da Agência do Trabalhador, da Secretaria de Trabalho, e do Procon-DF e do Na Hora, da Secretaria de Justiça, serão os primeiros atendidos pelo GDF. “Vamos minimizar qualquer contratempo gerado pela falta de comissionados”, explica a secretária de Comunicação, Samanta Sallum. Outros órgãos já foram contemplados com as recontratações mais urgentes, como no caso dos diretores de escolas da rede pública de ensino, dos delegados da Polícia Civil e de técnicos da Secretaria de Saúde.
No restante, a admissão de até 11 mil comissionados será feita de forma gradual e lenta. Para poder nomear alguém para o órgão, o gestor terá de justificar a necessidade para o governador. A medida desagrada alguns secretários, que têm pressa em aparelhar as unidades. Mas a intenção de Agnelo é justamente tentar frear as contratações a fim de superar um estigma das gestões anteriores. Segundo ele, o governo estava inchado e era preciso tomar alguma medida.
“Eu só vou recompor no que for necessário para o funcionamento dessa administração, daquela secretaria, e de alguns serviços que, infelizmente, funcionam com cargos comissionados, pela distorção”, disse o petista, em uma solenidade na Polícia Militar na quinta-feira última.
Com os cortes, o governo estima gerar uma economia de R$ 40 milhões por ano aos cofres públicos. Segundo a secretária, os demais 11 mil cargos estão fora dos planos do governo e serão extintos. De toda sorte, o governo já congelou 6 mil cargos de livre provimento. A medida impede as contratações para essas vagas. A estrutura ainda conta com outras 9 mil funções para funcionários não concursados e 7 mil comissões para servidores com vínculo.
Dificuldades
As exonerações causaram contratempos para a administração local. Postos de atendimento ao público começaram o primeiro dia útil do ano com as portas fechadas ou com o funcionamento comprometido. Por conta disso, algumas nomeações foram feitas logo no dia 4 para restabelecer os serviços. Escolas públicas também ficaram sem diretores por conta do decreto do governador. Na tentativa de reconduzir os servidores, o governo acabou traído pela falha no cadastro e publicou a nomeação de uma pessoa morta em setembro de 2009. O erro foi corrigido. De acordo com nota das secretarias de Governo e de Educação, os vice-diretores dos colégios públicos serão reconduzidos até o fim da próxima semana.
Em algumas unidades hospitalares, o atendimento foi garantido por exonerados que resolveram continuar trabalhando. No Hospital Regional do Paranoá (HRP), por exemplo, 20% do quadro eram ocupados por comissionados. Na unidade de Ceilândia (HRC), a redução do número de clínicos-gerais ocasionou a falta de atendimento aos pacientes em alguns momentos dos dias. Até a Segurança Pública foi atingida pela medida. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF), deputado distrital Wellington Luiz, os delegados foram exonerados sem nenhuma satisfação do governo, interrompendo, inclusive, andamento de inquéritos. Os delegados foram renomeados na quarta-feira.
Demanda
A assessoria da Secretaria de Trabalho garante que o atendimento nas Agências do Trabalhador será normalizado nos próximos 15 dias. As nomeações de funcionários já foram solicitadas e, a partir de terça-feira, dois servidores assumirão os postos. Das 17 agências, três estão funcionando — em Taguatinga, no Plano Piloto e em Ceilândia. Ainda de acordo com a assessoria, juntas, as três agências respondem por 73% da demanda.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

GDF explica exonerações

O GDF divulgou nesta quinta-feira (13) uma nota de esclarecimento sobre a exoneração dos vice-diretores das escolas da rede pública do Distrito Federal. A explicação é de que os diretores, vices e secretários exonerados atuavam apenas em 280 escolas em que não houvera eleição para os cargos. Nas demais, o comando da instituição ficou intocado. Assim sendo, apenas diretores e secretários dessas escolas foram renomeados para conduzir os trabalhos neste período. Os vices ficarão de fora. Confira a íntegra da nota:
“A exoneração de cerca de 18 mil comissionados do governo do Distrito Federal foi uma das primeiras medidas tomadas pelo governador Agnelo Queiroz, dentro do plano de enxugamento da máquina administrativa. O decreto, no entanto, atingiu apenas 280 das 650 escolas do DF. Estas ficaram sem diretores, vice-diretores  e sem secretários.
Para corrigir a situação, a secretária de Educação, Regina Vinhaes Gracindo, com autorização do governador Agnelo Queiroz, reconduziu todos os diretores e secretários destas escolas aos seus cargos. É importante ressaltar que 370 escolas que contavam com diretoria eleita pela comunidade não foram atingidas. Todos foram mantidos em seus cargos. Ou seja, vice-diretor algum com mandato eletivo foi exonerado. O que ocorreu de fato é que os vice-diretores, cerca de 280, sem mandato eletivo, foram exonerados e não foram reconduzidos.

A previsão do governo é realizar até o mês de junho novas eleições nas escolas para a escolha de todos os integrantes de direção das unidades de ensino. Portanto, a gestão democrática será uma realidade em breve em todas as escolas públicas do DF.”

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Celina Leão terá encontro com diretores de Escolas publicas (A Novela de diretores continua)

Diretores e vice diretores de escolas da rede pública do Distrito Federal voltam a se reunir com a deputada distrital Celina Leão (PMN) na tarde desta quarta-feira (12). O tema do encontro será mais uma vez o problema das exonerações dos responsáveis pela direção das escolas. Demitidos dos cargos no dia 1 de janeiro, no decreto que exonerou os comissionados do GDF, diretores e vice mobilizaram-se para serem excluídos do decretão, uma vez que haviam sido eleitos para o cargo, logo, não poderiam serem exonerados. Renomeados para os cargos pelo governo esta semana, eles têm novas preocupações.
Uma delas é que apenas os diretores foram renomeados. Os vices continuam fora do quadro do GDF, mesmo tendo sido eleitos da mesma forma que os diretores. Outro problema é que, como foram exonerados e depois renomeados, ficaram cerca de 10 dias oficialmente fora do governo, ainda que trabalhando normalmente nas escolas. Resultado: podem ficar sem receber um terço dos salários a que teriam direito

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Conselheiro Tutelar foi ouvido pelo novo governador

Uma comissão formada pelos conselheiros tutelares foi recebida pelo novo governador Agnelo Queiroz. Essa Comissão foi até o governador para solicitar retorno de 66 administrativos que prestavam serviço nos conselhos tutelares do distrito federal. O governador foi informado que as atividades do conselho tutelar estavam com dificulades em continuar executando em razão da exoneração dos servidores comissionados em massa, atavés do decreto 32.715 de 1º de janeiro de 2011, e para oferecer um atendimento à criança e ao adolescente precisa ser bem administrado pelos apoios administrativo. A exoneração desses servidores trouxe consequencias negativas para o funcionamento dos Conselhos Tutelares, tendo em vista que em sua maioria, a equipe de apoio administrativo era formada por servidores comissionado atingindos pelo mencionado decreto 32.715 de 2011 essa medida ainda que mesmo importante para reoganização da estrutura do Estado, tornou ainda mais precaria a prestação de serviços publicos importantes impedindo um atendimento digno à população do Distrito Federal. E à reivindicação foi atendida no dia 07 de janeiro saiu no diario oficial com o decreto assinado pelo governador voltando 02 administrativo para desafogar os trabalhos nos conselhos tutelares. veja no site http://www.buriti.df.gov.br/ftp/default_ctd.cfm. mes de janeiro dia 07 seção 02.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Candidatos pedem voz

Dezesseis candidatos a deputado distrital do PT se reuniram na manhã desta quarta-feira (5) com uma queixa comum - nenhum deles teria sido ouvido ou consultado pelo governador Agnelo Queiroz (PT) na composição de governo. Os candidatos, que juntos somariam cerca de 30 mil votos, reclamam de sequer conseguirem marcar um encontro com o novo governador que ajudaram a eleger. Depois da reunião, os petistas divulgaram uma nota oficial sobre o caso. Confira:
“Grande parte dos ex candidatos proporcionais do Partido dos Trabalhadores se reuniram na sede do partido essa manhã para reivindicar espaço no governo em consenso de que não foram  ouvidos no processo de composição;
corre que se trata de companheiros históricos do partido, alguns inclusive fundadores do PT, líderes sindicais e participantes de movimentos sociais que hoje além de não conseguir uma agenda com o governador Agnelo não têm sido ouvidos nas nomeações e divisão de secretarias e administrações e outros cargos no GDF;
Reforçamos que a promessa do Governador Agnelo é atender a todos os ex candidatos, ouvindo e respeitando seus campos de atuação;
Queremos contribuir com esse governo democrático que a dia a dia, nas ruas e por 24h na campanha eleitoral ajudamos a eleger;
Os nossos votos contribuíram para a eleição da maior bancada da Câmara Legislativa, maior bancada na Câmara Federal, dois senadores, governador e uma presidenta;
Aguardamos urgente uma agenda com o presidente do PT  e com o governador Agnelo para que a promessa de um “Novo Caminho” seja cumprida e o partido reconheça suas lideranças e forças políticas.”