Onze anos depois, o PSDB vive o mesmo dilema: unificar o partido e
eliminar as diferenças entre paulistas e mineiros. Em busca desta união, o
senador Aécio Neves saiu em campo para buscar o apoio dos paulistas. Ontem em
São Paulo, conversou por mais de três horas com José Serra; hoje, em
Brasília, recebeu o governador Geraldo Alckmin em seu gabinete. Ao final das
duas conversas, Aécio avaliou que não terá problemas para se eleger
presidente
nacional do PSDB – o primeiro passo para confirmar sua candidatura à
presidência da República.
Aécio disse ter mostrado a Serra pontos
que têm em comum:
- Temos espírito público e o desejo de
derrotar o projeto que está aí…
- Nós dois queremos derrotar o PT –
respondeu Serra, segundo Aécio.
Aécio disse que a conversa foi em tom
ameno e que em nenhum momento Serra falou que desejaria presidir o partido,
como relatam amigos dele.
- Vamos ter outras conversas. Saí de lá
convicto de que ele vai se incorporar ao projeto – afirmou o senador.
Depois de conversar também com Geraldo
Alckmin para superar os obstáculos à sua eleição à presidência nacional do
PSDB, Aécio vai participar de seminário que está sendo organizado pelo partido
em São Paulo. Será sua estréia em território de Serra e Alckmin. Mas Serra não
estará presente. Ele estará participando de seminário na Universidade de
Princeton – encontro que estaria em sua agenda há muito tempo.
A eleição de Aécio para a presidência do
PSDB é considerada o passo inicial para consolidar sua candidatura à
presidência. Como presidente do partido, avaliam os tucanos, ele terá mais
visibilidade em suas ações e declarações e, ainda, terá argumento para
percorrer o país neste período de um ano de pré-campanha. “A presidência do
partido dá institucionalidade para percorrer o país”, disse um defensor da
candidatura de Aécio à presidência do PSDB.
Fonte: G1 \ Cristina Lôbo