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Foto: Reprodução da internet |
Um
crime silencioso, que deixa marcas profundas abandonou os matagais, locais
ermos e servidões escuras para ocorrer, muitas vezes, no seio familiar. Casos
de estupro registrados no Distrito Federal, em fevereiro, tornaram-se alvo de
uma estudo inédito elaborado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito
Federal. O levantamento apontou que das 76 vítimas, 80% foram atacadas quando
estavam em casa. Entre os inquéritos policiais estão 53 menores, que
representam 70% de todos os estupros ocorrido no DF durante o mês passado.
Durante o período de análise, nove casos foram registrados em via pública.
A análise criminal revela, ainda, com base nos relatos das
ocorrências, que em 85,5% dos estupros os autores têm vínculos com as vítimas.
O final de semana foi o período da semana de maior incidência de estupros, com
23,4% dos casos. O período da
manhã de 06h às 11h59 concentra 34,4% dos casos.
"O estudo serve de alerta para a população e também para incentivar o
número de denúncias, pois é um crime que depende desse procedimento da vítima
para que a polícia seja acionada. A aplicação do policiamento ostensivo pode
coibir o estupro clássico, aquele que a vítima esta na rua e pode ser arrastada
para algum lugar escuro. No entanto, quando o crime ocorre no seio familiar, as
autoridades precisam ser avisadas", aponta o Scretário de Segurança,
Sandro Avelar.
O mapeamento identiticou um dos principais motivos que transforma
o estupro, tanto de vítimas adultas, quanto de vulneráveis – quando crianças e
adolescentes são atacadas – em uma natureza criminal tão difícil de ser
combatida. Boa parte dos casos demoram meses, ou até anos, para serem
denunciados às autoridades. Em apenas 38% dos casos de estupro a ocorrência
policial foi feita no mesmo dia do fato e 16% delas foram registradas um ano
depois do crime.
O perfil das vítimas mostrado no estudo permite que sejam
elaboradas estratégias de combate e prevenção do delito. A divisão por faixa
etária que mostra que 76,3% têm até 17 anos de idade, sendo que na faixa dos
quatro a oito anos estão 34,2% dos casos.
Em fevereiro deste ano foram registradas 64 ocorrências de estupro
no DF, contra 69 do mesmo período do ano anterior, o que representa uma
diminuição de 7,2%, distribuídas ao longo do mês e das Regiões Administrativas.
As regiões com maior incidência do crime foram Ceilândia, São Sebastião,
Sobradinho, Planaltina e Samambaia, que concentraram 50% dos casos.
Em 32,9% dos casos de estupro há relatos de atos diversos à
conjunção carnal, nos demais casos, 39,5% houve conjunção carnal. Em 27,6% não
foi informado o tipo de agressão.
Fonte: Guardian Noticias