quinta-feira, 4 de abril de 2019

Presidente da OAB rebate ministro do TCU e defende transparência


Presidente da Ordem garante que entidade não se furta a dar informações sobre contas
Presidente da OAB, Felipe Santa Cruz(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

 
“Nós, de maneira nenhuma, nos recusamos a qualquer tipo de discussão sobre contas, prestação de contas à classe.” Quem afirma é o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, em resposta às declarações do ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, a respeito da transparência financeira da entidade. Segundo o ministro, a entidade arrecada R$ 1 bilhão ao ano, e com imunidade tributária, deve ser mais clara quanto à receita, aplicações e gastos.

As declarações de Santa Cruz foram dadas após uma sessão solene no Supremo Tribunal Federal (STF). A OAB integrou uma rede de instituições que lançaram um manifesto em defesa do STF. O presidente da OAB disse, ainda, que já existem políticas para garantir a transparência na entidade, mas garantiu que essas ferramentas serão ampliadas em sua gestão. “Todas as instituições do Brasil trabalham para ter mais transparência. Tenha certeza de que, na minha gestão, vamos trabalhar para uma revolução na transparência da entidade. Já é uma entidade que trabalha com esse objetivo e com o controle da própria advocacia”, argumentou.

Bolsonaro se reúne hoje com Centrão para pedir apoio à Previdência


O debate central será norteado pela reforma da Previdência

Presidente do DEM, ACM Neto nega intenção de pedir cargos no governo(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

De volta ao Brasil após visita a Israel, o presidente Jair Bolsonaro chama hoje para si a articulação política. Ciente das dificuldades no diálogo com o Congresso, o chefe do Palácio do Planalto se reúne, hoje, com os seis presidentes nacionais do chamado Centrão, bloco dos partidos majoritários no parlamento. A ideia é apresentar com clareza as pautas prioritárias e pedir apoio para a votação e a aprovação da agenda governista. O debate central será norteado pela reforma da Previdência.

A agenda começa às 8h30 em reuniões separadas. Pela manhã, serão recebidos os presidentes do PRB, o deputado federal Marcos Pereira (SP); do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab; do PSDB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin; e do PP, o senador Ciro Nogueira (PI). No início da tarde, Bolsonaro almoçará com o presidente do DEM, ACM Neto, prefeito de Salvador. Depois, se reunirá com o presidente do MDB, o ex-senador Romero Jucá (RR).

Outras reuniões estão agendadas. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável por essa articulação, disse que, entre terça e quarta-feira da semana que vem, Bolsonaro receberá outros cinco presidentes nacionais. O do PSL, deputado Luciano Bivar (PE); o do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP); o do PR, o ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo Tadeu Candelária; e o do Podemos, deputada Renata Abreu (SP).

UnB apura denúncia de assédio moral a funcionárias terceirizadas


Comunidade acadêmica se mobiliza em defesa de mulheres que trabalham como porteiras dos quatro câmpus da universidade pública. Elas reclamam de perseguição, principalmente daquelas que engravidam ou voltam de licença-maternidade

.

Trabalhadoras de uma empresa terceirizada da Universidade de Brasília (UnB) denunciam ter sofrido assédio moral de um dos supervisores da firma. Elas são contratadas pela SS. Empreendimentos e Serviços Eireli, conhecida como Servite, e prestam serviço de portaria em cada um dos quatro câmpus da instituição pública. Todas são subordinadas a um chefe da firma privada, chamado de preposto, acusado de persegui-las.

Em fevereiro, elas fizeram uma representação no Decanato de Gestão de Pessoas Terceirizadas (DGPT) da UnB. Antes, em dezembro, denunciaram o caso à Superintendência Regional do Trabalho (SRT-DF), que passou a fiscalizar a empresa. Algumas das supostas vítimas tiveram apoio psicológico oferecido pela universidade. Elas também  contam com apoio de estudantes e de centrais sindicais. Há cartazes anexados nas paredes de prédio da UnB contra o supervisor. Eles denunciam casos de assédio moral, perseguição e demissões injustas. Em negrito e em letras garrafais, consta o pedido: “Fora o preposto da Servite”.

Saiba como a Previdência pode impactar na relação de Paulo Guedes com Maia


A relação entre Guedes e Maia é bem afinada. Líderes partidários brincam que é um casamento em lua de mel. A dúvida é até quando esse relacionamento se manterá sustentável

O presidente da Câmara está insatisfeito com a proposta de capitalização(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

O alinhamento na articulação política entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pode entrar em conflito. Declarações do parlamentar nos últimos dois dias vêm ecoando dentro da equipe econômica, que ainda faz a leitura dos impactos disso para o relacionamento entre os dois. Na quarta-feira, o demista disse que, do jeito que a proposta de capitalização está colocada, “não vai passar”. Ontem, sinalizou a aliados e a interlocutores que a reforma tributária a ser conduzida no Parlamento é a do economista Bernard Appy, e não a que vem sendo elaborada pelo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, homem de confiança de Guedes.

A relação entre Guedes e Maia é bem afinada. Líderes partidários brincam que é um casamento em lua de mel. A dúvida é até quando esse relacionamento se manterá sustentável. Fontes do corpo técnico da equipe econômica dizem que os dois são amigos de longa data, mas admitem que um possível conflito entre ambos não está descartado. Quem acompanha o ministro nas reuniões sobre a reforma da Previdência sabe que a capitalização é um ponto inegociável.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Justiça pede relatório médico de jovem que morreu em hospital de Ceilândia


Adolescente morreu após tomar medicamento em unidade de saúde. Polícia Civil aguarda laudo do IML para determinar a causa morte da paciente
Adolescente reclamava de dores na barriga
(foto: Facebook/Reprodução) 
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) deu um prazo de 48 horas para que a administração do Hospital Regional de Ceilândia apresente o relatório de atendimento médico da adolescente Alice Mourão, 15 anos. Ela morreu após ser medicada, na última quarta-feira (27/3). 

A ação atende a um pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que abriu processo de investigação a respeito da morte da paciente na última sexta-feira (29/3). A promotoria requisitou à unidade de saúde o prontuário da paciente e todas as informações registradas referente ao atendimento da adolescente no pronto-socorro. 

A adolescente, que estava acompanhada dos familiares, procurou o hospital queixando-se de dores abdominais. Ela recebeu um medicamento analgésico intravenoso e cerca de uma hora depois, Alice teve uma parda cardiorrespiratória que foi fatal.

De acordo com Alessandra Morato, promotora de Justiça que acompanha o caso, ainda é prematuro afirmar que houve erro da equipe médica, uma vez que a causa da morte não está determinada. "Essa analise será feita pelo Instituto

Ministro Sérgio Moro defende uso de snipers para abater criminosos


Perguntado sobre a intenção do governador do Rio de usar atiradores de elite para abater criminosos, ministro afirma que policial 'não precisa esperar levar tiro de fuzil para reagir'

Sérgio Moro na feira de segurança pública, no Rio(foto: Mauro Pimentel/AFP)

Rio de Janeiro – O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, demonstrou não ser contrário ao uso de atiradores de elite para abater criminosos portando fuzis em vias públicas, como deseja o governador fluminense, Wilson Witzel. Nessa terça-feira (2/4), no Rio, logo após dar palestra fechada na 12ª Laad Defence & Security – a mais importante feira de defesa e segurança pública da América Latina –, Moro não afirmou que é favor do uso desses atiradores (snipers), mas também não fez qualquer objeção à medida. 

“Precisaria saber melhor a que o governador está se referindo. O fato é que um policial não precisa esperar levar um tiro de fuzil para reagir. Mas é preciso averiguar em quais circunstâncias ocorreria essa autorização para o disparo a distância”, disse, admitindo não estar familiarizado com as ordens emitidas pelo chefe do Executivo estadual. Moro também afirmou no evento que a tecnologia pode ajudar a combater o crime organizado e demonstrou confiança na aprovação do seu pacote e do projeto da nova Previdência.

A atuação do crime organizado preocupa o ministro, que encara o problema com uma necessidade de ações intersetoriais. “Não há nenhuma dúvida de que milícias e traficantes são integrantes de organizações criminosas. Para mim, Comando Vermelho, PCC e milícias são a mesma coisa. Muda um pouco o perfil do criminoso, mas constituem uma criminalidade grave e que tem de ser combatida”, afirma. De acordo com ele, há bolsões de pobreza e comunidades em que isso se agrava devido à ausência do Estado. 

“Em locais como o Rio de Janeiro há dificultadores, como o domínio territorial desses grupos. É um desafio grande que não começou de hoje. Já foram tentadas no passado algumas soluções. Para mim, parece óbvio

Brasiliense acusa Alexandre Frota de calote em festa gay e quer indenização


Empresária alega ter contratado o parlamentar para fazer um show na Festa do Orgulho Gay de Brasília. Frota teria recebido R$ 2 mil reais adiantados, mas faltado ao evento

(foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Uma empresária que organiza festas gays em Brasília tenta bloquear na Justiça parte do salário do deputado Alexandre Frota (PSL-SP) por suposto calote em evento de 2006. Nice Pereira alega ter contratado o parlamentar, que, à época, atuava como ator pornô, para fazer um show na Festa do Orgulho Gay de Brasília. Segundo a empresária, Frota recebeu R$ 2 mil reais adiantados, mas não apareceu no compromisso.

As informações são do colunista Guilherme Amado, da Revista Época, e foram confirmadas pelo Correio com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que enviou ofício à Câmara no mês passado pedindo informações sobre o salário de Frota como parlamentar. Nem o deputado nem qualquer

Mulher desaparecida há dois dias é encontrada dentro de buraco no DF


Ela foi retirada com vida de dentro de um buraco na área rural do Gama. De acordo com os bombeiros, a mulher, que tem aparentemente 50 anos, estava agitada, desorientada e fez relatos de perseguição

Ainda não há informações sobre o que aconteceu para a mulher ficar presa no buraco
(foto: PMDF/Divulgação)

Policiais militares encontraram, na manhã desta quarta-feira (3/4), uma mulher que, segundo a corporação, estava desaparecida havia dois dias. Ela foi retirada com vida de dentro de um buraco, em uma área rural do Gama, próximo a DF-290.
O buraco tem cerca de 3 metros de profundidade, segundo o sargento Aurélio, do 9º Batalhão da Polícia Militar. Ela estava seminua. Usava apenas camiseta azul com a imagem de Jesus da Divina Misericórdia, e teria

Mapa revela cidades que abrigam barragens sem estabilidade atestada em MG


Lista da Agência Nacional de Mineração inclui represas de rejeitos que tiveram declaração de segurança negada por auditores e aquelas cuja documentação não foi enviada no prazo

Barragem de Forquilha, em Ouro Preto(foto: Leandro Couri/Estado de Minas)

O cenário de risco no entorno das barragens de mineração em Minas Gerais aumenta na medida em que cresce também a população ameaçada por novas enxurradas de lama. A Vale, investigada pela tragédia em Brumadinho, responde pela maioria dos barramentos sem garantia de estabilidade (18 no total). A incerteza quanto à segurança se deve ao fato de declarações de estabilidade terem sido negadas por auditores ou simplesmente não terem sido entregues à Agência Nacional de Mineração. Com mais de 30 empreendimentos no estado na corda bamba e pouca ou nenhuma informação fornecida pelas mineradoras responsáveis, o real perigo das estruturas se torna um mistério. 

Na segunda-feira, a Vale informou que 17 represas da companhia ficaram sem a Declaração de Controle de Estabilidade (DCE), das quais sete que já haviam tido fatores de segurança agravado e exigiram evacuações das chamadas zonas de autossalvamento, as mais ameaçadas. Esse número ganhou o acréscimo de outra barragem de rejeitos e chegou a 18, de acordo com levantamento

Líder do PSL critica reforma da Previdência dos militares e cobra mudanças


"Nós só queremos fazer a adequação para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras que têm esse papel de defesa, de segurança e que não têm os mesmos requisitos trazidos nas reformas dos militares%u201D, defende o parlamentar

(foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), voltou a criticar a reforma da Previdência dos militares. Após reunião nesta terça-feira (2/4) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele defendeu a equiparação de mudanças propostas aos militares das Forças Armadas com o de carreiras semelhantes, como as forças auxiliares de segurança pública. "Nós só queremos fazer a adequação para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras que têm esse papel de defesa, de segurança e que não têm os mesmos requisitos trazidos nas reformas dos militares”, disse. 

Enquadram-se nas forças auxiliares de segurança policiais e bombeiros militares. Entretanto, Waldir também defende nesse âmbito a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Guarda Municipal. "Não é a reestruturação de carreira, mas um regime de Previdência mais adequado ao dos militares", explicou o parlamentar. Uma das propostas do deputado é rever a

Secretaria de Saúde confirma sétima morte por dengue este ano no DF


Para combater a doença, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), solicitou ajuda do Exército Brasileiro


(foto: André Borges/Agencia Brasília)

Após o preocupante aumento de pessoas diagnosticadas com dengue no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde confirmou a sétima morte por causa da enfermidade apenas este ano. O caso aconteceu no Núcleo Bandeirante, em 23 de março de 2019. Em igual período do ano passado, apenas uma morte por causa da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti foi registrada nas unidades de saúde da capital.  

De acordo com o último boletim, divulgado pela pasta na segunda-feira (1°/4), 5.759 casos foram notificados desde janeiro. Desses, 788 foram descartados e 4.981 são considerados prováveis. A capital está em estado de alerta para a doença, mas o órgão garante que a incidências não configura epidemia. O último

Ao deixar Israel, Bolsonaro diz que jogará 'pesado na Previdência'


Presidente também disse que o Congresso é soberano e que dificilmente a proposta passará sem alterações

Presidente da República, Jair Bolsonaro durante partida de Israel(foto: Alan Santos/PR)

Jerusalém, Israel - Após concluir a viagem a Israel, o presidente da República, Jair Bolsonaro, embarcou de volta ao Brasil, nesta quarta-feira (3/4). Antes da partida, ele atendeu a imprensa ainda no hotel e falou sobre o foco no retorno ao país, principalmente em torno da reforma da Previdência. A jornada de volta dura cerca de 20 horas.

O presidente negou, no entanto, que a antecipação da volta ao Brasil tenha alguma relação com a articulação. “São poucas horas. Isso não tem nada a ver. A previsão é de chegar na quinta-feira (4/4), às 6h da manhã. Não dá para conversar com ninguém nesse horário. Missão comprida aqui, tenho audiência às 8h”, afirma.

Bolsonaro disse também que conhece a maioria dos parlamentares e não tem problema em dialogar com eles. “[O foco] agora é a Previdência. Vamos jogar pesado na [reforma da] Previdência, porque é um marco. Se der certo, tem tudo para fazer o Brasil decolar”, afirma.

O chefe do Planalto também disse que o Congresso é soberano e que dificilmente a proposta passa sem alterações. “Gostaria que passasse como chegou, mas nós sabemos que terá mudanças. Não existem projetos sem mudanças, é coisa rara. O deputado, na ponta da linha, sabe onde o calo aperta. A boa Previdência é a que passa. Quem vai bater o pênalti é a Câmara e, depois, o Senado”, aponta.

Encontro com Maia

Jair Bolsonaro também afirmou que pode encontrar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar. Segundo ele, quem prepara o encontro é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em um jantar na sexta-feira (5/4).

O presidente, porém, não confirmou presença. “Estou com 64 anos, não dá para ter uma batida dessas. Complica, de repente estou

Preocupação com pagamento de salários deixa reajuste no DF em segundo plano


Com orçamento apertado e decisão judicial que tira R$ 700 milhões anuais do Distrito Federal, governador reforça, durante reunião de avaliação dos primeiros 90 dias de governo, que discussões sobre reajustes e terceira parcela serão adiadas

Ibaneis: 'Temos que tomar muito cuidado com o nosso estado. Nós não temos dinheiro sobrando. Temos condições de pagar a nossa folha e precisamos cumprir as nossas obrigações'

(foto: Renato Alves/Agência Brasília)

Em meio a dificuldades financeiras, orçamento apertado e uma derrota no Tribunal de Contas da União (TCU) que tem impacto bilionário nos cofres do DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) colocou o pagamento de salários, aposentadorias e pensões como o principal compromisso do GDF. Com isso, o chefe do Executivo local reitera que as negociações para aumentos e pagamento da terceira parcela do reajuste dos servidores ficarão para mais tarde. As declarações de Ibaneis foram feitas ontem, após reunião com o secretariado no Palácio do Buriti.

Antes de discutir qualquer aceno ao funcionalismo público, o emedebista quer pacificar a questão em torno da decisão do TCU (leia Memória). Com o reconhecimento da Corte de que os valores arrecadados com o Imposto de Renda de servidores pagos pelo Fundo Constitucional pertencem à União, o DF precisa devolver aos cofres federais R$ 10 bilhões. O impacto na arrecadação anual é de R$ 700 milhões.

Tudo isso, de acordo com Ibaneis, cria um ambiente de incerteza em que é “muito difícil” discutir aumentos e pagamento da terceira parcela. “Vou ter de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) buscar uma liminar (para rever a decisão do TCU) —  e vai ser uma liminar, que pode cair a qualquer momento. Então, eu tenho que tratar isso com toda a responsabilidade. Meu primeiro compromisso é não deixar o servidor do DF sem receber salários, aposentadorias e pensões”, justificou o governador.

A terceira parcela dos reajustes dos servidores é um impasse antigo. Estabelecido por lei no governo de Agnelo Queiroz (PT), o pagamento foi suspenso no início do mandato de Rodrigo Rollemberg (PSB) sob a alegação de que faltavam recursos para quitar a dívida e de que o acréscimo não estava previsto

Renato Vieira: 'O objetivo é de concessão automática de benefícios'


O presidente do INSS defende a migração da forma de trabalho do analógico para o digital no instituto. Diz que não existe expectativa de concurso para o órgão. Atualmente, são pagos R$ 43 bilhões em benefícios, por mês, a 35 milhões de usuários

(foto: Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)

Há pouco mais de 70 dias à frente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Renato Vieira disse que a maior autarquia do país precisa passar por uma ampla mudança cultural e digital. Um dos principais entraves, o excesso de procedimentos analógicos atrapalha a concessão de benefícios e criou, ao longo dos últimos anos, um prejuízo social grande, na avaliação dele. Para isso, o órgão criou a Medida Provisória nº 781, que estabelece uma espécie de força-tarefa para análise de processos. Haverá empenho tanto para verificar irregularidades em benefícios quanto requerimentos que estão em análise, que, juntos, somam  5 milhões de processos. Os servidores do INSS terão um bônus de desempenho que será pago até o fim deste estoque. Apesar disso, não há expectativa de concursos públicos, já que ele pretende adotar uma agenda de digitalização dos processos, incluindo a concessão automática de benefícios previdenciários. Hoje, há 27 mil servidores, 1,7 mil agências da Previdência Social e 35 milhões de beneficiários. Por mês, são pagos R$ 43 bilhões aos segurados. Sobre as novas regras para a concessão de empréstimo consignado a aposentados e pensionistas, que entraram em vigor nesta semana, Renato Vieira ressaltou que a ação é fundamental para diminuir o assédio dos bancos sobre os segurados. O presidente do INSS recebeu o Correio no seu gabinete, na sede da autarquia, em Brasília. A seguir, leia a entrevista:

O que tem sido feito desde o início da gestão? 
Nesses 60 dias, temos tentado estabelecer um plano de ação, um planejamento para enfrentar os nossos principais problemas. O INSS é um mundo. A maior autarquia do Brasil. E o fato de ser a maior de todas nos traz também uma série de outras dificuldades. O INSS é uma locomotiva, e muitas vezes ela leva um tempo maior para ganhar velocidade. Mas tenho certeza de que, depois que as rotinas e os procedimentos forem bem estabelecidos, essa locomotiva conseguirá manter uma velocidade constante e estabelecer um padrão de atuação adequado.



Ainda não está adequado?
Não, não está. O INSS, em população atendida, é o quarto país da América. Só não é maior que EUA, o próprio Brasil e México. Estamos falando de 90 milhões de brasileiros diretamente atendidos pelo INSS. São 35 milhões de beneficiários e 55 milhões de segurados da Previdência. Se for considerar apenas a folha do INSS, é o Canadá inteiro.


Quais são os principais problemas? 
A judicialização é um deles. Do total que o INSS paga, R$ 92 bilhões, por ano, são por determinação judicial. É um outro problema que a gente tem, o excesso de judicialização da Previdência. É preciso identificar quais são as principais razões para uma judicialização desproporcionalmente desmedida, como essa.


O que tem sido estudado para isso?
Um dos grandes problemas da judicialização da Previdência, no fim das contas, é o espaço que a legislação deixa para diversas interpretações. E, dentro desse espaço, o principal problema é a pouca rigidez de critérios probatórios da condição de segurado da Previdência ou do preenchimento dos requisitos para acesso ao benefício. Temos alguns desafios. O principal deles é mexer em algumas regras, tanto legais quanto infralegais. Sobretudo infralegais, normativas, que estabeleçam

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Governador Ibaneis Rocha, quer retirar a experiencia da lei, para candidatura ao cargo de Conselheiro Tutelar do DF

O Governador do Distrito Federal encaminha para a CLDF um projeto de lei que se for aprovada modifica o texto da lei 5.294/2014, com essa atitude, tenta colocar pessoas desqualificadas para se candidatar ao cargo de conselheiro tutelar.

                                                                          Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal
                                                                                                                               Foto: Fátima Meira/Futura Press / Futura Press

Foi encaminhado para a CLDF uma PL 166/2019 de autoria do poder executivo no qual o governador Ibanes Rocha tenta modificar a lei 5.294/2014, essa lei dispõe sobre os conselhos tutelares, contudo os artigos no qual o governador quer alterar, é um retrocesso, pois o mesmo quer retirar da lei a experiência para ser candidato ao cargo de conselheiro tutelar, com isso tira o inciso mais importante para o ingresso ao cargo, vejamos na integra;

PROJET0 DE LEI Nº 166/2019
(Autoria: Poder Executivo)

Altera a Lei no 5.294, de 13 de fevereiro de 2014, que dispõe sobre os Conselhos Tutelares do
Distrito Federal.

A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:

Art. 1º Fica revogado o inciso VI, do art. 45, da Lei nº 5.294, de 13 de fevereiro de 2014.
Art. 2º O § 1º, do art. 49. da Lei nº 5.294, de 13 de fevereiro de 2014, para a vigorar com a seguinte redução:
"Art. 49...
§  1º O eleitor pode votar em apenas um candidato a Conselheiro Tutelar (NR)
§ 2º...”
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

O art. 1º desse projeto de lei é o que revoga a exigência da experiência para uma pessoa se candidatar ao cargo de conselheiro tutelar, vejamos na lei;

Lei 5.294/2014, Art. 45. Pode candidatar-se ao cargo de conselheiro tutelar o cidadão do Distrito Federal que atenda às condições de elegibilidade previstas na legislação eleitoral, com exceção de filiação partidária, observados os seguintes requisitos:
VI – comprovação de experiência na área da criança e do adolescente de no mínimo três anos.”


Já não bastasse os conselheiros tutelares do Distrito Federal, não ser adequadamente equipado, agora o governador quer colocar candidatos que nem tem experiência para lidar com criança e adolescente. Nossa Constituição Federal é taxativa no seu art. 227 quando menciona no texto da constitucional como prioridade absoluta as crianças e os adolescentes vejamos;

Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

O governador com essa atitude tenta de forma cruel colocar conselheiros sem total experiência para o cargo de conselheiro tutelar, desrespeitando uma categoria de conselheiros tutelares que vem ao longo de anos defendendo os direitos das crianças e adolescente, e a função do cargo de conselheiro tutelar.

Se a intenção partiu de alguns seguimentos organizados de emplacar pessoas que não tem o mínimo de experiência, NÃO VAI PASSAR, os ex e os atuais Conselheiros Tutelares se mobilizam como pode para tentar barrar essa atrocidade.

E nessa luta já contamos com alguns Deputados Distritais que comprou a briga na defesa de um conselho tutelar sem intervenção de seguimentos que querem tornar o conselho tutelar um cabide de emprego eleitoreiro.

Dois Deputados já enviou emendas a PL sendo eles o Deputado Reginaldo Sardinha e o Deputado Robério Negreiros.

O Deputado Reginaldo Sardinha encaminhou EMENDA SUPRESSIVA Nº 01/2019 no qual pede que se retire da PL166/2019 o art. 1º que revoga a experiência , EMENDA 1 - CAS (Emenda Supressiva - REGINALDO SARDINHA).

Da mesma forma o Deputado Robério Negreiros encaminhou EMENDA SUPRESSIVA Nº 02/2019 no qual pede que altere o art. 1º do projeto de lei nº 166/2019, tornando a experiência que na lei nº 5.294/2014 no seu art. 45, inciso VI é de 03 anos,  passando para 02 anos. EMENDA 2 - CAS (Emenda Modificativa - ROBÉRIO NEGREIROS).

O Deputado Robério Negreiros aproveitou e encaminhou a EMENDA SUPRESUPRESSIVA nº 3 alterando o art. 2º da PL que pede a alteração do art. 49, § 1º da lei 5.294/2014, em que cada eleitor possa votar em 1 candidato, modificando para "cada eleitor poderá escolher votar em até 3 candidatos"EMENDA 3 - CAS (Emenda Modificativa - ROBÉRIO NEGREIROS).

Esperamos que o governador retire a PL do Poder Legislativo, ou mande uma mensagem a Câmara Legislativa do Distrito Federal, retirando ao menos o art. 1º da PL 166/2019, deixando assim a experiência para a candidatura ao cargo de conselheiro tutelar obrigatória.




Fonte: A Redação