Adolescente
morreu após tomar medicamento em unidade de saúde. Polícia Civil aguarda laudo
do IML para determinar a causa morte da paciente
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Adolescente reclamava de dores na barriga (foto: Facebook/Reprodução) |
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios (TJDFT) deu um prazo de 48 horas para que a administração do
Hospital Regional de Ceilândia apresente o relatório de atendimento médico da
adolescente Alice Mourão, 15 anos. Ela morreu após ser medicada, na última
quarta-feira (27/3).
A ação atende a um pedido do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que abriu processo de investigação a
respeito da morte da paciente na última sexta-feira (29/3). A promotoria
requisitou à unidade de saúde o prontuário da paciente e todas as informações
registradas referente ao atendimento da adolescente no pronto-socorro.
A adolescente, que estava acompanhada dos
familiares, procurou o hospital queixando-se de dores abdominais. Ela recebeu
um medicamento analgésico intravenoso e cerca de uma hora depois, Alice teve
uma parda cardiorrespiratória que foi fatal.
De acordo com Alessandra Morato, promotora de
Justiça que acompanha o caso, ainda é prematuro afirmar que houve erro da
equipe médica, uma vez que a causa da morte não está determinada. "Essa
analise será feita pelo Instituto
Médico Legal (IML) e o laudo deve levar, no
mínimo, 30 dias para ficar pronto”, explica.
A promotoria pretende ouvir a família da
paciente, além dos funcionários do hospital que estiveram envolvidos
diretamente com o atendimento à garota. A expectativa é a de que eles sejam
ouvidos ainda nesta semana.
A promotora acredita que em duas semanas essa
fase do procedimento seja cocluída, mas diz que só após o recebimento do laudo
do IML será possível definir se haverá responsabilização criminal dos
profissionais de saúde ou se o procedimento será arquivado, se for comprovado
que não houve crime.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do DF
informou que abriu procedimento administrativo disciplinar para apurar as
circunstâncias da morte. Até a última atualização desta reportagem, a pasta não
havia se manifestado a respeito do pedido do MPDFT.
Fonte: Correio Braziliense