quarta-feira, 3 de abril de 2019

Justiça pede relatório médico de jovem que morreu em hospital de Ceilândia


Adolescente morreu após tomar medicamento em unidade de saúde. Polícia Civil aguarda laudo do IML para determinar a causa morte da paciente
Adolescente reclamava de dores na barriga
(foto: Facebook/Reprodução) 
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) deu um prazo de 48 horas para que a administração do Hospital Regional de Ceilândia apresente o relatório de atendimento médico da adolescente Alice Mourão, 15 anos. Ela morreu após ser medicada, na última quarta-feira (27/3). 

A ação atende a um pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que abriu processo de investigação a respeito da morte da paciente na última sexta-feira (29/3). A promotoria requisitou à unidade de saúde o prontuário da paciente e todas as informações registradas referente ao atendimento da adolescente no pronto-socorro. 

A adolescente, que estava acompanhada dos familiares, procurou o hospital queixando-se de dores abdominais. Ela recebeu um medicamento analgésico intravenoso e cerca de uma hora depois, Alice teve uma parda cardiorrespiratória que foi fatal.

De acordo com Alessandra Morato, promotora de Justiça que acompanha o caso, ainda é prematuro afirmar que houve erro da equipe médica, uma vez que a causa da morte não está determinada. "Essa analise será feita pelo Instituto
Médico Legal (IML) e o laudo deve levar, no mínimo, 30 dias para ficar pronto”, explica.

A promotoria pretende ouvir a família da paciente, além dos funcionários do hospital que estiveram envolvidos diretamente com o atendimento à garota. A expectativa é a de que eles sejam ouvidos ainda nesta semana. 

A promotora acredita que em duas semanas essa fase do procedimento seja cocluída, mas diz que só após o recebimento do laudo do IML será possível definir se haverá responsabilização criminal dos profissionais de saúde ou se o procedimento será arquivado, se for comprovado que não houve crime.

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que abriu procedimento administrativo disciplinar para apurar as circunstâncias da morte. Até a última atualização desta reportagem, a pasta não havia se manifestado a respeito do pedido do MPDFT.

Fonte: Correio Braziliense