Manifestantes se reuniram na Praça do
Relógio contra o reajuste no valor das tarifas de ônibus e metrô. O ato acabou
por volta das 20h15
Manifestantes
se reuniram na Praça do Relógio, em Taguatinga, para o terceiro protesto contra
o aumento das tarifas de ônibus e metrô no Distrito Federal. Em seguida, o
grupo fechou três faixas da Avenida Central, sentido Estádio. A Polícia Militar
controlou o trânsito na região. A corporação atuou com 38 policiais, sendo 12 a
cavalo. No entanto, outros 32 homens estavam à disposição do Batalhão de
Choque. Cerca de 50 pessoas participam do protesto, segundo a PM. Às 19h50, os
manifestantes foram para a Avenida Comercial Sul. Por volta de 20h15, o ato
acabou pacificamente, na altura da QSB 11.
Mesmo
formado em grande parte por estudantes, durante a passeata, o movimento ganhou
apoio de moradores e comerciantes da região, aplaudindo o ato. Quando os
manifestantes passavam em frente ao Alameda Shopping, munidos com gritos de
"ô motorista, ô cobrador. Me diz aí, seu salário aumentou?", ônibus
eram buzinados
enquanto cobradores colocavam a cabeça para fora da janela e
sinalizavam que não.
A
manifestante esteve, nesta quinta-feira (5/1), em uma audiência na Câmara
Legislativa, onde os movimentos sociais foram ouvidos. "Até o
momento, não senti muita abertura do governo para resolver o problema. Eles
querem uma troca, e não podemos abrir mão de benefícios para evitar um aumento
abusivo", relata.
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A estudante Ana Vaz, 22 anos, está participando do protesto pela terceira vez |
Mário
Cruz, 21 anos, é estudante de uma faculdade particular e conta que veio à
manifestação por medo de perder o cartão do Passe Livre estudantil.
"Estudo em uma faculdade particular, pois as vagas nas federais são
limitadas. Já pago caro, não tenho condições de tirar mais R$ 200 por mês da
minha renda para pagar a tarifa de ônibus", diz.
O
primeiro ato do grupo, realizado na segunda-feira (2/1), foi organizado pelas
redes sociais pelo Movimento Juntos, na Rodoviária do Plano Piloto. Os
manifestantes percorrem regiões do Plano Piloto, como Eixo Monumental e W3 Sul,
até dispersarem de forma pacífica. Na quarta-feira (4/1), no entanto, o
protesto com 250 pessoas terminou com seis presos e cinco hospitalizados. A
polícia utilizou bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispensar os
manifestantes na altura do Banco Central, no Eixo Monumental.
Aumento
A
revisão tarifária estabelece um aumento de R$ 2,25 para R$ 2,50, no caso de
linhas circulares internas; de R$ 3 para R$ 3,50, nas passagens de coletivos de
ligação curta; e de R$ 4 para R$ 5, nas viagens de longa distância e no metrô.
Esse é o segundo reajuste referente à malha metroviária durante a gestão de
Rodrigo Rollemberg (PSB). Em comparação ao início de 2015, quando o chefe do
Executivo local assumiu a gestão do DF, o valor da tarifa mais cara subiu 66%.
Fonte:
orreio Braziliense