Em relatório, Comissão de Saúde da Câmara Legislativa relata caos nas
unidades hospitalares e sugere o afastamento do secretário Rafael Barbosa.
A presidente da Comissão
de Saúde da Câmara Legislativa, Liliane Roriz (PRTB), protocolou nesta
quarta-feira (08) representação no Ministério Público para denunciar o que ela
classifica como grave a situação da rede pública de saúde do Distrito Federal.
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No documento,
endereçado a procuradora-geral de Justiça do DF, Eunice Carvalhido, e aos
conselheiros do Tribunal de Contas do DF, a parlamentar relata descasos com
pacientes, falta de estrutura e o sucateamento de unidades hospitalares e
solicita o afastamento imediato do secretário de Saúde, Rafael Barbosa.
De acordo com a
representação, em visitas oficiais ocorridas no ano de 2013 em todas as
regionais de saúde, a presidente da comissão afirma ter flagrado equipamentos
novos encaixotados em hospitais enquanto aparelhos velhos e quebrados
eram
usados como justificativa para o adiamento e até cancelamento de exames e
procedimentos cirúrgicos. Enfatiza a realidade dos hospitais de
Planaltina e Ceilândia, onde, de acordo com o documento, foram constatados os
piores quadros.
A parlamentar denuncia
também a constante falta de medicamentos nas unidades, inclusive aqueles que
são considerados vitais, como para diabetes e pressão alta. “Assim, os fatos
noticiados merecem análise, o que se requer para que a presente seja recebida e
que seja instaurada a devida investigação, com vista a apurar as
responsabilidades pelo notório estado de caos da saúde pública do DF,
caracterizando crime comum ou de responsabilidade imputável dos gestores”,
consta no documento.
Além de pedir a responsabilização
do governador Agnelo Queiroz (PT) e do secretário de Saúde, Rafael Barbosa
(PT), a presidente da Comissão de Saúde sugere o afastamento preventivo dos
dirigentes da pasta a fim de retomar a estabilidade do sistema de saúde do DF.
“Temos ciência do quadro da saúde encontrado no início desta gestão, no
entanto, após três anos de mandato, o que se percebe é que a realidade está
cada dia pior na rede pública de saúde do DF, chegando ao nível de caos
absoluto e, se não houver intervenção, há o risco de um quadro praticamente
irreversível”, sustenta a distrital.
Fonte:
Comissão de Saúde da CLDF - 08/01/2014