quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Goiás: IML adere à greve dos agentes da PC

Manifestação de policiais civis na tarde de terça-feira, em Goiânia (foto: O Popular)
Os servidores da Polícia Civil que trabalham nos Institutos Médicos Legais (IMLs) de Goiásaderiram à greve dos agentes e escrivães, iniciada há 29 dias. Eles iniciaram uma operação padrão, nesta última quarta-feira, 16, prevista para durar 72 horas.

Auxiliares de autópsia, papiloscopistas, auxiliares de laboratório, identificadores, classificadores, fotógrafos e desenhistas criminais devem trabalhar, nessas 72 horas, sem acumular função ou trabalhar além do horário.  "O nosso baixo efetivo já nos remete a  uma situação de greve. Nós já trabalhamos com um número que é
basicamente os 30% do necessário para prestar um serviço com celeridade à população", disse ao auxiliar de autópsia Stella Maris de Almeida, diretora do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol).

Stella Maris diz que a principal reivindicação é o aumento salarial, mas ressalta: "Não podemos deixar de evidenciar a questão do baixo efetivo".

Os trabalhadores devem reunir em assembleia na próxima sexta-feira, 18.  Segundo o presidente do Sinpol, Silveira Alves, se o governo não sinalizar negociação de aumento salarial, será colocada em votação uma paralisação mais radical no IML.

Os médicos legista e peritos criminais, no entanto, não vão aderir à greve.   "Nós estivemos reunidos com o governador Marconi Perillo no início de outubro. Ele disse que está sensível à nossa causa e pediu um prazo até o ano que vem para negociarmos um aumento. Decidimos dar um voto de confiança a ele", explicou o vice-presidente do Sindiperícias, Rony Marques Castilho.

Manifestação: A adesão dos trabalhadores do IML foi decida em assembleia na tarde desta última terça-feira, 15. O grupo reforçou a manifestação de agentes e escrivães em frente à Assembleia Legislativa de Goiás, quando a categoria colocou 500 cruzes de madeira no gramado da Casa.

Na porta da Assembleia, os policiais queimaram um ofício enviado pelo governo, propondo o pagamento do bônus por produtividade, uma das reivindicações dos grevistas. "Isso não é proposta, porque não fala em aumento salarial", disse Silveira Alves.


De lá, os manifestantes saíram em passeata pela Avenida Assis Chateaubriand e fizeram um ato de protesto em frente ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), no Setor Oeste.

Greve: A greve dos escrivães e agentes da Polícia Civil começou no dia 17 de setembro. Segundo o presidente do Sinpol, a categoria pede piso salarial de R$ 7.250 e o pagamento do bônus de resultados, assim come é pago aos delegados desde julho do ano passado.

O diretor jurídico do Sinpol, Rainel Mascarenhas, explicou que no fim da última greve ficou acordado entre o sindicato e o governo o aumento do piso salarial, parcelado em dois anos, além do bônus por produtividade. Como esse acordo não foi cumprido, a categoria iniciou o movimento de paralisação.

Em 29 dias de greve, mais de 30 mil ocorrências deixaram de ser registradas nas delegacias do estado, segundo o sindicato.


Fonte: G1