Ônibus novos que iriam para Brazlândia amanhã serão realocados porque
GDF não conseguiu tirar velhas empresas da rua
Uma hora e meia em um ônibus
separa Brazlândia do Plano Piloto. Milhares de moradores da cidade que
enfrentam essa viagem diariamente em coletivos velhos e, muitas vezes, em
condições mecânicas precárias estavam animados com a chegada da moderna
frota da Expresso São José, marcada para amanhã. Mas tudo mudou e agora eles
não têm como saber quando irão embarcar em veículos novos, com bancos
acolchoados e ar condicionado - pois nem o governo sabe.
Para acalmar motoristas e cobradores, que, com medo de perder seus empregos com a migração para o novo sistema, chegaram a
fechar a Rodoviária do Plano
Piloto em pleno horário de pico há duas semanas, o GDF garantiu que as
empresas que substituíssem as que estavam saindo os contrataria. ...Para acalmar motoristas e cobradores, que, com medo de perder seus empregos com a migração para o novo sistema, chegaram a
Cientes do compromisso, os empresários que controlam o transporte há décadas no DF se aproveitaram da situação e se recusam a demitir os rodoviários.
Com isso, a primeira vencedora da licitação para a troca da frota não teve quem contratar para trabalhar em Brazlândia.
Ginástica
Para não ver uma das principais bandeiras do governo desacreditada pela manobra, as autoridades resolveram mudar o cronograma de entrega dos novos ônibus.
Enquanto uma solução não é encontrada, os coletivos vão para a rua em cidades como o Recanto das Emas, onde a São José já atua e só precisará colocar os velhos funcionários em veículos novos.
Wagner Canhedo, presidente do sindicato das empresas e dono da Viplan, uma das viações que atuam em Brazlândia, não respondeu aos telefones do Metro.
Por Raphael Veleda
Fonte:
Jornal Metro Brasília - 12/07/2013