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Familiares de presos políticos pela ditadura da Venezuela visitaram o Plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira. |
Deputados defenderam nesta quinta-feira (7) que a
presidente Dilma Rousseff receba ativistas e familiares de presos pelo governo
de Nicolás Maduro, da Venezuela, que visitaram o Plenário da Câmara dos
Deputados para pedir o apoio do Brasil às suas reivindicações.
Entre outros, estiveram presentes a ativista Lilian
Tintori de López, esposa do líder de oposição Leopoldo López (preso há mais de
um ano); Mitzy Capriles de Ledezma, esposa do prefeito de Caracas, Antonio
Ledezma (também na cadeia); e Rosa Orozco, que teve uma filha assassinada
durante manifestação contra o governo em Caracas.
“O que o Brasil espera é que a presidente da
República, que foi presa política, possa recebê-las como demonstração que o
Brasil está aberto ao sofrimento dos países irmãos”, disse o líder da Minoria,
deputado
Bruno Araújo (PSDB-PE). "A presidente da República precisa se
reencontrar com a população brasileira."
Ele ressaltou que o Brasil não pode defender um
estado que não tem liberdade de expressão e que massacra sua oposição. “Essas senhoras
denunciam abusos cometidos na América Latina, e pedem apoio do povo brasileiro
para libertar seus filhos e maridos”, disse.
Comissão externa
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que está à frente da comissão externa para conhecer a situação política da Venezuela, disse que deputados e senadores devem visitar o País ainda no primeiro semestre.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que está à frente da comissão externa para conhecer a situação política da Venezuela, disse que deputados e senadores devem visitar o País ainda no primeiro semestre.
“Aguardamos a data do governo da Venezuela para que
a missão mista do Senado e da Câmara vá àquele Venezuela não para fazer
intrusão, mas para analisar o que acontece no País vizinho.” Ele falou que a
Câmara é corresponsável pela ratificação do Protocolo de Ushuaia sobre
Compromisso Democrático.
Em 3 de março, o Plenário aprovou a criação de uma
comissão externa de deputados para acompanhar como ocorreu a prisão do prefeito
de Caracas (Venezuela), Antonio Ledezma, pelo Serviço Bolivariano de
Inteligência Nacional (Sebin).
Moção
A moção de repúdio à atuação do governo da Venezuela por “quebra do princípio democrático, com ofensa às liberdades individuais e ao devido processo legal” foi aprovada pela Câmara em 22 de fevereiro. O documento cita, entre os fatos considerados violações do princípio democrático, a prisão de oposicionistas políticos, como Leopoldo López, o confisco de bens privados, a perseguição a jornalistas e a censura à imprensa.
A moção de repúdio à atuação do governo da Venezuela por “quebra do princípio democrático, com ofensa às liberdades individuais e ao devido processo legal” foi aprovada pela Câmara em 22 de fevereiro. O documento cita, entre os fatos considerados violações do princípio democrático, a prisão de oposicionistas políticos, como Leopoldo López, o confisco de bens privados, a perseguição a jornalistas e a censura à imprensa.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) saudou as
visitas e disse que, apesar das diferenças, o Brasil deve acolher a todos para
conhecer os diversos lados sobre a situação venezuelana. “No Brasil, nos
preocupamos com os Direitos Humanos, e temos de acolher essas mulheres para
ouvir o que têm a dizer sobre a situação na Venezuela”, disse.
O líder
do Pros, deputado Domingos Neto (CE), afirmou que o Brasil não se posicionou
como deveria sobre o caso da Venezuela e deve ter posição firme contra a
supressão de direitos. “Não podemos fazer de alinhamento ideológico e
partidário instrumento de Estado.”
Reportagem – Tiago Miranda e Marcello Larcher
Edição – Newton Araújo
Edição – Newton Araújo