quarta-feira, 28 de maio de 2014

GDF toma medida desesperadora para concluir obras do Estádio Nacional antes da Copa

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Há uma nítida falta de planejamento nas obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, pelo menos, é o que tem sido constatado por quem passa no local. Faltando apenas 15 dias para a estreia do mundial, muita coisa ainda precisa ser feita, e o que se ver, são poucos funcionários trabalhando ao redor da arena para colocar em ordem e finalizar o trabalho que necessita de certa urgência para receber os jogos do mundial.


A realização de uma obra em especial, tem chamado atenção de quem passa pelo local. Trata-se de um trabalho emergencial executado pela Companhia Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Segundo operários que trabalham no local, o GDF ordenou que se fizesse uma espécie de “gato”, a fim de isolar uma rede que passa por dentro do Autódromo Nelson Piquet, na região do estádio.  A rede provisória terá cerca de 800 metros de encanamento e ligará um reservatório da Caesb ao estádio Mané Garrincha.
Esta é apenas mais uma polêmica envolvendo a construção do estádio que sediará jogos da Copa do Mundo em Brasília. Para a deputada
oposicionista Eliana Pedrosa (PPS), que acompanha todos os gastos com o estádio desde o início da obra, a falta de gestão e compromisso do governo fizeram da arena a mais cara do Brasil e a que mais dá problemas. “Os gastos exorbitantes não garantiram a qualidade da obra. Goteiras foram percebidas em sua cobertura sete meses após sua inauguração. O péssimo acabamento não justifica a quantia gasta, e agora a falta de água é um temor para a Copa. O cidadão precisa saber disso”, afirmou.
Além da obra para fornecimento emergencial de água, Eliana Pedrosa ainda percebeu mudanças nos arredores da arena. A poucos dias da Copa do Mundo, máquinas não param de trabalhar para tentar camuflar uma realidade: o estádio foi entregue sem estar com as obras de infraestrutura 100% concluídas. “Não me espantaria se no dia do primeiro jogo em Brasília ainda tiver operário pintando cerca ou máquinas estacionadas nas proximidades. Está tudo atrasado e muita coisa não ficará pronta”, disse a parlamentar.

Por Jean Marcio Soares 



Fonte: Guardian Noticias