O presidente nacional do
PT, Rui Falcão, decidiu cancelar o lançamento da sua candidatura à reeleição à
presidência da sigla, que ocorreria hoje, e, simultaneamente, ampliou a reunião
da Executiva da sigla - também prevista para esta quinta-feira - para permitir
a participação de dirigentes estaduais. O motivo são as manifestações de rua
que chacoalham a política nacional.
Falcão foi fustigado na semana passada por integrantes do partido, que condenaram a convocação que ele fez à militância petista para que saísse às ruas na última quinta-feira nas manifestações do Movimento Passe Livre (MPL). Na véspera, o prefeito de
São Paulo, Fernando Haddad, decidira abaixar a tarifa
de ônibus na capital. O PT vinha sendo hostilizado nas manifestações por
defensores do "sem partido" nos atos de rua. ...Falcão foi fustigado na semana passada por integrantes do partido, que condenaram a convocação que ele fez à militância petista para que saísse às ruas na última quinta-feira nas manifestações do Movimento Passe Livre (MPL). Na véspera, o prefeito de
O partido, contudo, até então não participava das manifestações, a não ser poucos segmentos, como a Juventude do PT, mas sem qualquer orientação da direção nacional.
Na quinta-feira, após a conclamação de Falcão, em São Paulo, petistas foram às manifestações às dezenas, em um pequeno grupo. Foram fortemente hostilizados. Alguns chegaram a ser agredidos por grupos de extrema direita. O presidente do PT paulista, Edinho Silva, criticou a direção nacional e disse que a convocação para as ruas fora "um erro".
Desde então, Rui Falcão quase sumiu de cena. Tuiteiro contumaz, quase não frequentou o microblog nos últimos dias. Quase também não apareceu em público nem concedeu entrevista coletiva. Ao jornal O Globo, disse no final de semana apenas que desmarcara o lançamento de sua candidatura por preferir "continuar concentrando minha atenção e a da militância no acompanhamento do momento política nacional".
Fonte:
Jornal Estado de São Paulo - 27/06/2013