quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Lula pede que Haddad considere parcerias com Alckmin



O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), recebeu na manhã desta quarta-feira a visita do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Lula permaneceu no prédio da prefeitura por cerca de uma hora e meia, dos quais 20 minutos foram reservados para um encontro a sós com o prefeito. Depois disso, por cerca de
uma hora, os dois participaram de uma reunião aberta, com a presença da vice-prefeita Nádia Campeão (PCdoB), secretários municipais, e membros do Instituto Lula, como Clara Ant e Luiz Dulci. ...

De acordo com Haddad, o único a falar depois do encontro, foi uma conversa informal que girou em torno de dois temas: as possibilidades de parcerias com os governos do Estado e da União e a participação popular na gestão da prefeitura.

Segundo o prefeito, Lula pediu para que se levasse em conta as oportunidades de parceria com o Estado, governado por Geraldo Alckmin (PSDB). "Muita coisa que o governo do Estado quer fazer depende da prefeitura e projetos da prefeitura dependem do Estado", disse Haddad.

"Ele (Lula) me ligou e pediu para nos encontrarmos. Foi uma conversa informal, não tinha uma agenda de trabalho. Trocamos impressões sobre o trabalho no município, sobre as possibilidades de parceria com o governo federal, dando exemplo de parcerias exitosas envolvendo União. Citou o caso bem sucedido do Rio, onde prefeito, governador e presidente se entenderam em torno de um plano de desenvolvimento para o Estado e o município", disse ele.

Haddad disse ainda que a decisão de deixar o aumento das tarifas de ônibus na capital paulista para junho - os reajustes costumavam acontecer no começo do ano - passou por uma conversa com o ministro da Fazenda Guido Mantega. "O que houve foi uma conversa com o ministro Mantega para descasar os aumentos que costumam acontecer no começo do ano, que penalizam a população e prejudica a gestão da política monetária", disse ele.

O prefeito rebateu as críticas do jornal britânico Financial Times, para quem a política econômica brasileira é conduzida na base do "jeitinho". "(O governo) faz uma política de gestão. Se há contratos que coincidem o reajuste, a coisa mais natural do mundo é fazer gestão no sentido de descasar os reajustes ao longo do ano para que não haja um mês em que o impacto seja muito forte", disse ele.


Fonte: Terra - 16/01/2013

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