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| Tarso Genro |
Depois do ex-governador
Olívio Dutra, outro petista gaúcho desferiu críticas aos antigos membros da
cúpula do partido que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal por
envolvimento no mensalão. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro,
afirmou discordar da forma como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu reagiu
aos desdobramentos do caso e do julgamento. As declarações foram feitas a “O
Globo”. ...
“Acho que a forma como o Dirceu está enfrentando essa questão é equivocada, porque tende a estabelecer uma identidade dos problemas que ele está
Para Tarso Genro, o PT já fez o que deveria para defender seus quadros, e precisa, agora, construir uma agenda descolada da Ação Penal 470. “O partido tem que tratar da sua vida, ele é um projeto para a sociedade, não um projeto para ficar amarrado a uma pauta, que, inclusive, foi constituída por indivíduos e dirigentes, e não por decisões do partido. A agenda PT tem que ser a da reforma política, do que eu chamo de 14-18 (projeto 2014-2018) e do sistema de alianças”.
Assim como Olívio Dutra, o governador gaúcho criticou as alianças construídas pelo PT “a qualquer preço” para garantir a governabilidade. E criticou novamente, de forma indireta, a postura de José Dirceu dentro do partido. “O fato é que toda essa situação significa que o PT tem de instituir regras muito rígidas em relação aos seus dirigentes, seus quadros e seus vínculos com as empresas privadas. É totalmente incompatível dirigente partidário continuar se apresentando como tal e sendo, ao mesmo tempo, consultor de grandes negócios”, concluiu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Genro falou a verdade, disse que “o rei está nu” e bateu duramente não só em Dirceu, mas também no ex-ministro Antonio Palocci e no atual Fernando Pimentel (Desenvolvimento), dois especialistas em consultorias fajutas, que antigamente eram conhecidas como tráfico de influência. Mas o governo do PT parece mesmo ser diferente dos demais… (C. N.)
Fonte:
Tribuna da Imprensa com Jornal O Tempo - 16/01/2013
