A
necessidade da população não é o fator preponderante para que o governo do
Distrito Federal faça suas obras e implante programas sociais. Um exemplo disso
foi que o
GDF deixou de empenhar quase R$ 10 milhões para construção de creches
públicas em 2012. O DF tem apenas uma em toda sua história administrativa.
Na semana passada, pais dormiram na porta de uma creche na cidade
do Paranoá para garantir uma das 50 vagas para seu filho, como se uma vaga em
creches públicas devesse ser disputada. O GDF mais uma vez imputou a culpa a
própria população. Disse que eles não tentaram matrícula no período correto.
Existem hoje aproximadamente 130 mil crianças precisando de
instituição infantil. Não fosse as outras creches conveniadas e sustentadas por
organizações, certamente pais teriam que deixar o emprego para cuidar de suas
crianças. As conseqüências poderiam ser piores ainda: os pequenos serem
deixados à própria sorte nas ruas, expostas a todo tipo de droga.
A situação é ainda pior. No ano passado, o governo deixou de
executar quase R$ 2 milhões para ampliar e reformar unidades de educação
infantil, além de construir escolas de educação especial. Com todo o valor que
não foi empenhado na educação, R$ 21 milhões, daria para manter 6,500 crianças
nas creches por um ano.
Mas na semana passada, as obras do Estádio Nacional Mané Garrincha registraram consumo de R$ 1,3 bilhão, o dobro da previsão inicial, de R$ 700 milhões. Apenas um aditivo, publicada na quinta-feira, 10, foi de R$ 177 milhões. Com todo este valor poderia se construir creches e manter mais de um milhões de crianças nelas. “Mais cimento nas escolas do que no estádio”, sugeriu o diretor do Sinpro-DF, Washington Dourado.
Mas na semana passada, as obras do Estádio Nacional Mané Garrincha registraram consumo de R$ 1,3 bilhão, o dobro da previsão inicial, de R$ 700 milhões. Apenas um aditivo, publicada na quinta-feira, 10, foi de R$ 177 milhões. Com todo este valor poderia se construir creches e manter mais de um milhões de crianças nelas. “Mais cimento nas escolas do que no estádio”, sugeriu o diretor do Sinpro-DF, Washington Dourado.
Por Elton Santos
Fonte: Guardian Noticias
