
Para a parlamentar, a forma
como esta matéria do Executivo está sendo conduzida não é correta. “Esse
projeto é uma irresponsabilidade e está sendo apreciado no calor
das emoções do que jeito que o governo quer, sem
instrução, de forma açodada. É um tema relevante”. E relembrou que quando
estava na presidência da Casa todos os temas relevantes eram chamados para
realização de audiência pública. “Agradamos e desagradamos muita gente, mas
discutimos os projetos, eram debatidos. Por isso, vou entrar com um
mandado de segurança contra a tramitação desse projeto, porque nossa Lei
Orgânica é clara. Não podemos terceirizar entidades fins”, justificou a
parlamentar.
Celina diz que a terceirização
do órgão não é o caminho para a solução dos problemas na área. "O Estado
tem de dar condições para os servidores trabalhar. Estão sucateando para
terceirizar. A criação do instituto "cheira a dívida de campanha não
paga", avaliou.
Em seu discurso, a
parlamentar deixou registrado os argumentos que a fazem ser contrária a
instalação do instituto. “Se o serviço do hospital for terceirizado, e não
receberem o pagamento, os funcionários vão cruzar os braços e o hospital será
fechado. Sem material e equipamento como está ocorrendo, ninguém trabalha.
Enquanto que, nas mãos dos servidores públicos eles estão levando os
serviços,
mesmo com salários atrasados e até sem outros benefícios em dia e até tirando
dinheiro do próprio bolso. Eles têm compromisso porque são servidores públicos.
O caminho não é terceirizar, mas investir de verdade, na saúde pública”.
A parlamentar utilizou, como
exemplo, o Centro de Saúde no Riacho Fundo, que não tem nem telefone há mais de
um ano. São testemunhos tão malucos que tomamos conhecimento. Teve médico que,
para não deixar o paciente sem socorro, precisou comprar até linha de sutura,
correndo o risco de responder processo por conta disso. “Esse é o cenário que
estamos vivendo”.
O discurso de Celina contou
com apoio do deputado Wellington Luiz (PMDB), que seguiu a linha de rejeição na
aprovação do projeto do governo. Ele pediu cuidado na votação da proposta e
disse que criaram outro nome para o projeto das organizações sociais.
FONTE: Ascom da deputada
Celina Leão