Comissão
terá como foco apurações sobre controle de zoonoses, tráfico de fauna e animais
em espetáculos
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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Em reunião nesta quinta-feira, CPI definiu o roteiro de investigações |
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de
Maus-Tratos a Animais definiu nesta quinta-feira (13) seu plano de trabalho em
três tópicos, incluindo os rodeios. O relatório final será entregue em 4 de
dezembro deste ano.
Os “três fios condutores” estabelecidos pelo
relator, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), são os de controle das zoonoses,
relativo aos animais domésticos; tráfico de fauna (animais silvestres); e
animais em espetáculos, o que inclui tanto animais exóticos, com habitat em
outros países, como domésticos.
Sobre o primeiro tópico, o deputado Geraldo Resende
(PMDB-MS) disse que o controle das zoonoses não pode ter a eutanásia como única
opção. “Existem tratamentos alternativos”, ressaltou.
No item tráfico de fauna – que vai incluir a
biopirataria e o próprio tráfico, temas já discutidos em outras CPIs –, deverão
ser marcadas audiências públicas para identificar os problemas encontrados para
um trabalho mais efetivo.
Rodeios
Já a parte de animais em espetáculos, em circos, zoológicos e rodeios causou polêmica, mas foi mantida a proposta do relator.
Já a parte de animais em espetáculos, em circos, zoológicos e rodeios causou polêmica, mas foi mantida a proposta do relator.
O deputado Capitão Augusto (PR-SP) pediu que os
rodeios ficassem fora da pauta para não retirar o foco da CPI. “Não seria bom
incluir o rodeio porque
ele sofre um estigma de quem não frequenta e não
conhece. É muito polêmico. Esta discussão vai atrapalhar o nosso trabalho”,
argumentou.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) discordou. “Por ser
polêmico e sofrer preconceito é que temos de discuti-lo. Quero perder meu
preconceito”, afirmou.
O relator
argumentou que não poderia retirar o tema do seu plano de trabalho “porque o
grosso da Câmara quer este debate. Não há como fugir dele”.
Reportagem – Roberto Stefanelli
Edição – Pierre Triboli
Edição – Pierre Triboli
Fonte: Agência Câmara Notícias