Veículos
partiram do aeroporto JK e seguiram até o Estádio Nacional. PM estima que 300 veículos tenham participado do protesto.
Taxistas
do Distrito
Federal fizeram na manhã desta segunda-feira (29) uma carreata
entre o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e Estádio Nacional Mané
Garrincha em protesto contra o transporte pirata e o aplicativo Uber. Os
responsáveis pelo app disseram que o serviço é legalizado no país.
"A
Uber defende que os usuários têm o direito de escolher o modo que desejam se
movimentar pela cidade, e com mais opções de transporte, maior o número de
pessoas que optam por deixar seus carros em casa. A Uber também cria
oportunidades de geração de renda para seus parceiros no mundo todo. Nossa
principal missão
é transformar o carro de um problema em uma solução,
garantindo o direito de escolha por mais opções de mobilidade", disse em
nota.
O
trânsito na região ficou bastante complicado por volta das 9h, mesmo não
havendo veto ao acesso ao aeroporto. De acordo com a PM, havia 300 veículos
participando da manifestação. Eles ocuparam uma faixa do Eixão.
A
frota da capital federal conta com 3,4 mil veículos e 5 mil taxistas, segundo o
sindicato da categoria. Em funcionamento desde novembro de 2014 em Brasília,
o Uber é um programa que pode ser baixado de graça em smartphones e funciona
como uma ponte entre usuários e motoristas que prestam corridas, como os táxis.
Na
cidade, a única modalidade disponível é a "UberBlack", que presta o
serviço em carros pretos de luxo com atendimento especial. Segundo o app, todos
os veículos têm menos de três anos de uso, banco de couro e ar-condicionado
sempre ligado. Os motoristas são treinados para abrir a porta para o
passageiro, disponibilizar água e perguntar qual a rádio de preferência.
Não
são feitos pagamentos em dinheiro ou com cartão de crédito dentro do veiculo. O
valor da corrida é descontado do cartão indicado pelo cliente no momento do
cadastro no aplicativo.
A
tarifa base na capital é de R$ 4, R$ 0,25 por minuto mais R$ 1,75 por quilômetro.
O valor é cerca de 5% mais caro do que os táxis comuns.
O
Uber não é regulamentado pela Secretaria de Mobilidade Urbana e é considerado
transporte ilegal pelo governo. Quem for pego oferecendo viagens por meio do
serviço pode ser multado em R$ 2 mil. Em caso de reincidência, a multa pode
chegar a R$ 5 mil.
Fonte: Correio Braziliense